Utilizador Discussão:Pato/Open Source = liberdade. Mais pra uns que pra outros (?).

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Fonte: Wikiversidade

Resposta da Sílvia[editar código-fonte]

Discordo do comentário do Pato, que afirma que as liberdades do software livre beneficiam os programadores, mas talvez não beneficiem o usuário leigo. Eu não sou programadora (ainda...), mas em casa uso apenas software livre há vários anos, e não uso Ubuntu :)

Existem hoje vários softwares livres super amigáveis com o usuário leigo - os melhores exemplos talvez sejam o BrOffice e o Firefox.

Essa barreira da usabilidade já caiu há muito tempo e hoje existem programas livres user friendly suficientes para que um usuário leigo possa usar apenas software livre se desejar, independente de conhecimento prévio, formação ou faixa etária. Minha mãe usa uma máquina Debian, sem nenhum problema!

Existem vários softwares livres que não devem nada aos softwares proprietários em termos de usabilidade. O que resta, na verdade, é o preconceito (e muitas vezes a má vontade) das pessoas, que resistem em aprender coisas novas. As pessoas acabam esquecendo de que também precisaram aprender a lidar com os programas proprietários no passado, e que vão precisar aprender sempre a lidar com as novas versões desses mesmos programas. Tanto isso é verdade que, depois de anos sem usar o M$Office, tenho muita dificuldade de me entender com a versão nova do Word, cuja interface mudou radicalmente.

Além da liberdade de uso/execução e de reprodução/distribuição, na minha opinião as outras liberdades também refletem na sociedade como um todo. A liberdade que os programadores têm de modificar os programas reflete em adaptação dos programas para diferentes plataformas, em compatibilidade com diferentes tipos de hardware, em traduções para diversas línguas, numa grande diversidade que beneficiará a usuários leigos no mundo todo... E ainda que boa parte das pessoas não saiba mexer no código diretamente, é lícito a qualquer pessoa contratar um programador ou uma empresa para adapatar um software livre às suas necessidades. Com software proprietário muitas vezes não há essa possibilidade.

Até mesmo a liberdade de estudo do código, que em princípio parece beneficiar apenas os programadores, também reflete na sociedade toda, por pelo menos duas razões. A primeira é que o acesso ao código permite ao usuário leigo iniciar seu aprendizado de programação, tomando contato com código que já roda e cujo funcionamento já é conhecido. Muita gente começa a aprender dessa forma, "fuçando", mexendo, quebrando e consertando coisas. Impedir o acesso ao fonte de certa forma dificulta o aprendizado dos usuários leigos e contribui para manter a divisão entre leigos e especialistas.

A segunda é a Lei de Linus (segundo Eric Raymond): "given enough eyeballs, all bugs are shallow". Código "visível" roda melhor - terá menos bugs, e dificilmente o programa terá código malicioso, como spyware ou rootkits. Isso beneficia mesmo quem não tem a mais vaga idéia de como programar.

--SílviaSS 02h31min de 22 de Agosto de 2011 (UTC)

Concordo plenamente. Quando escrevi o comentário, o que eu tinha em mente era não só uma liberdade mas uma autonomia por parte do usuário. Acho que escrevi com a ideia errada na cabeça. :D

Pato