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Utilizador Discussão:Raimundo57br/Novo Desenvolvimentismo

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Fonte: Wikiversidade

Resumo da Série de vídeos sobre Novo Desenvolvimentismo do Canal Saia da Matrix.

Obs. No início iremos linkar os conceitos e pessoas citadas a artigos da wikipedia sobre o tais conceitos e pessoas, oportunamente, esses links terão como destino outras páginas que tratem dos temas de modo mais resumido.

  1. Interpretação sobre o pensamento de José Luis Oreiro, um dos autores do texto "Macroeconomia desenvolvimentista";
  2. Série sobre inflação brasileira;
  3. Monetaristas vs Estruturalistas: Quem tem razão sobre a inflação? 18 min e 39 s;
  4. Os adeptos do novo desenvolvimentismo podem ser classificados como estruturalistas latinos;
  5. Importância da indústria de transformação para o desenvolvimento de longo prazo na economia capitalista;
  6. A competividade de preço é altamente influenciada pela taxa de câmbio;
  7. A competitividade de extra-preço depende da sofisticação tecnológica da cadeia produtiva - Hiato tecnológico;
  8. Sobrevalorização da taxa de câmbio - doença holandesa - atração de capitais especulativos para comprar títulos da dívida para manter o controle da inflação (metas de inflação);
  9. Desindustrialização e substituição da poupança doméstica pela poupança externa;
  10. Aritmética desagradável do novo desenvolvimentismo: a superação do problema da sobrevalorização do câmbio terá um forte custo político (populismo cambial), pois, no início, trará a redução do salário real dos trabalhadores;
  11. Mudança estrutural na cadeia produtiva que resulte em maior participação da indústria de transformação na composição do PIB;
  12. Isso traria crescimento econômico e ganhos de produtividade que aumentariam o salário real dos trabalhadores no longo prazo;
  13. Efeito taxa x efeito nível;
  14. Ganhos de produtividade podem gerar aumento de salários e/ou redução de preços;
  15. A redução da demanda agregada em decorrência da redução real dos salários decorrente da correção na taxa de câmbio seria compensada pela maior demanda nas exportações e nas substituições de importações;
  16. Aumento persistente da produtividade do trabalho -> melhora da qualidade de vida da população;
  17. Para os desenvolvimentistas/estruturalistas o aumento da produtividade depende do progresso técnico incorporado em máquinas (Nicholas Kaldor "A Model of Economic Growth"), economia de escala originada pela expansão da produção física da indústria de transformação (Kenneth Arrow - "The Economics Implications of Learning by Doing"); (Anthony Thirlwall - "Growth and Economic Development: Essays in Honour of A. P. Thirlwall");
  18. Hidalgo: o aumento da participação da indústria no PIB, aumenta o PIB per capita;
  19. A atração de poupança externa serviu para financiar as importações por meio da sobrevalorização cambial;
  20. Propensão a consumir a partir dos salários é maior do que a propensão a consumir a partir dos lucros;
  21. A sobrevalorização cambial também reduziu as exportações, gerou desindustrialização e reduziu a poupança doméstica (vide tabela 13 min);
  22. Teste de casualidade de granger;
  23. Deve-se rejeitar a hipótese da baixa poupança doméstica dar causa à sobrevalorização cambial;
  24. Os ganhos de produtividade são repassados aos salários com o aquecimento da economia/pleno emprego;
  25. 15 min. Populismo cambial / (metas de inflação) -> desindustrialização -> crise na balança de pagamentos compensada com atração de capital especulativo para comprar títulos da dívida pública com altos juros -> torna inócua as medidas anticíclicas, pois acabam gerando mais importações
  26. Aumento da vulnerabilidade externa da economia (dada pela percepção de que o déficit da conta de pagamentos é o prenúncio de uma crise cambial) -> quanto maior o risco maior o prêmio (juros) -> crescimento da dívida pública;
  27. Altos juros -> maior rendimentos dos rentistas -> menos investimento em produção -> maior concentração de renda/desigualdade social;
  28. Obstáculo da rigidez dos salários;
  1. Esse vídeo tem como base o livro: "Complexidade Econômica: Uma nova perspectiva para entender a antiga questão da riqueza das nações" do Professor Paulo Gala;
  2. O Atlas da Complexidade Econômica criado por César Hidalgo e Ricardo Hausmann com base em "Big Data" e no de econofísicos apresenta uma gigantesca base de dados que pode sustentar a tese estruturalista do desenvolvimento econômico;
  3. No contexto, Big Data é uma ferramenta que permitiu analisar um grande conjunto de informações sobre a pauta de exportações de diversos países a partir da década de 1960;
  4. A partir dessa análise foram detectadas conectividades entre os países tendo como base o comércio internacional;
  5. Os países que exportam produtos de maior complexidade econômica média têm maior renda per capita e maior estabilidade econômica;
  6. Correlação entre o percentual do PIB que é objeto de exportação e a complexidade econômica média dos produtos exportados;
  7. Em 1980, o Brasil exportou 20 bilhões de dólares e a China exportou 16 bilhões de dólares;
  8. Em 2017, o Brasil exportou 200 bilhões de dólares e a China exportou 2.300 bilhões de dólares;
  9. Nesse período, complexidade econômica média dos produtos exportados pelo Brasil diminuiu e a complexidade econômica média dos produtos exportados pela China aumentou absurdamente;
  10. Redes de comércio internacional: Conectividade / Hubs;
  11. Um dos fatores que eleva a conectividade entre os países é a proximidade geográfica (principalmente no caso de bens ubíquos);
  12. Maior complexidade econômica média dos produtos exportados -> menor desigualdade problemas/sociais;
  13. Maior exportação per capita <-> Maior complexidade econômica média dos produtos exportados;
  14. Critérios utilizados para aferir maior complexidade econômica média dos produtos exportados: diversidade (mais conexões), não ubiquidade (não commoditie/maior exclusividade/menor concorrência);
  15. Produção de commodities - concorrência perfeita - ganho de produtividade -> menor preço;
  16. Não ubiquidade - setores oligopolizados ganho de produtividade -> maior taxa de lucros;
  17. Exportadores de produtos não ubíquos -> mais conexões;
  18. Países pobres exportam produtos ubíquos e possuem uma pauta de exportações não diversificada;
  19. Índice de Complexidade Econômica (Economic Complexity Index - ECI) baseado na pauta de exportações;
  20. Quando há ganho de complexidade, também há ganho de diversificação;
  21. O algoritmo não mede a complexidade, mas assume a premissa de que bens que geram mais conectividade são não ubíquos e têm maior complexidade;
  22. Maior Índice de Complexidade Econômica <-> Maior renda per capita;
  23. A importância do Índice de Complexidade Econômica ajuda a sustentar a tese dos estruturalistas;
  24. O Índice de Complexidade Econômica latino-americano estagnou;
  25. O que gera a riqueza é uma maior Complexidade Econômica;
  26. Comparação entre as pautas de exportação de Singapura (exporta bens não ubíquos) e do Paquistão (exporta bens ubíquos);
  27. Países com grandes quantidades de riquezas naturais per capita: Emirados Árabes Unidos, Austrália, Qatar não necessariamente não necessitam tanto desse alto grau de complexidade;
  28. Comparação entre as pautas de exportação do Japão (maior conectividade) e da Mauritânia (menor conectividade);
  29. Exemplo das caixinhas de Lego, caixinha maior -> maior complexidade ; caixinha menor -> menor complexidade;
  30. Comunidades produtivas: para ganhar complexidade, os países formam redes, onde há maior conectividade (conexões mais densas) -> conectividade de estruturas produtivas complexas;
  31. A análise dos dados demonstra a existência de uma rede de padrão centro periferia, o que ajuda a sustentar a teoria da dependência;
  32. Curva de possibilidades de co-exportações de produtos de alta complexidade -> quanto mais complexa a economia, maiores as chances de aumento de complexidade;
  33. 18 min e 40 s Comparação entre Chile e Malásia, países de mesma renda per capita e mesmo nível de escolaridade, mas a Malásia (maior complexidade) é bem menos desigual do que o Chile;
  34. Por meio da quantidade de patentes per capita, é possível distinguir a complexidade genuína da Complexidade maquiada (México);
  35. Ricardo Hausmann sustenta que a educação deve estar direcionada à construção de uma rede complexa de produção (aumento da complexidade) (educação dirigida);
  36. Produzir habilidades específicas em produzir produtos específicos;
  37. O Brasil capacitou pessoas, mas não construiu uma rede significativa de produção de produtos de alta complexidade, desse modo, parte dessa mão de obra qualificada migrou para outros países, outra parte exerce atividades que não têm relação com essa qualificação.
  1. Textos que deram suporte ao vídeos: "A POLÍTICA ECONÔMICA DO NOVO DESENVOLVIMENTISMO" de Nelson Marconi & Marco Brancher; "DOENÇA HOLANDESA E DESINDUSTRIALIZAÇÃO" de Luiz Carlos Bresser-Pereira e Nelson Marconi; e "Taxa de câmbio, comércio exterior e desindustrialização precoce–o caso brasileiro" de Nelson Marconi, & Marcos Rocha;
  2. A demanda agregada determina o investimento e, por consequência, a renda;
  3. No Brasil, existe abundância de disponibilidade de mão de obra, o que força a queda dos salários e, em alguns casos, a redução da produtividade;
  4. Esse fenômeno diminui a demanda;
  5. Sendo a demanda interna predominantemente de baixa renda, não é viável aumentar a complexidade dos produtos com base, apenas, no mercado interno;
  6. Portanto, o mercado interno precisa ser aquecido pelas relações com o mercado externo (problema da restrição externa);
  7. Quando há um aumento da demanda agregada, ocorre um grande aumento das importações;
  8. Isso causa uma crise na balança de pagamentos, que leva a um ajuste da taxa de câmbio -> queda dos salários reais;
  9. Ciclos de valorização e desvalorização da moeda;
  10. Uma boa relação com o mercado externo é fundamental para o desenvolvimento econômico;
  11. O endividamento pode provocar uma alta de juros -> crowding out;
  12. O Brasil possui vantagens comparativas naturais para a produção de commodities, mas o aumento da produção nesses setores tendem a resultar em menores preços (demanda inelástica) e não em maiores salários;
  13. Desse modo, não há um aumento da renda média e da demanda agregada;
  14. Essa situação também gera uma sobrevalorização cambial que gera aumento das importações e déficit na balança de pagamentos, o que gera uma crise cambial e desvalorização do câmbio (isso tudo é uma armadilha, pois a desvalorização do câmbio gera pressões inflacionárias);
  15. Nossa economia tem grande vulnerabilidade externa;
  16. A doença holandesa inviabiliza a rentabilidade dos setores de maior complexidade econômica que são os setores que repassam a produtividade para os salários e são fundamentais para o desenvolvimento econômico com redução da desigualdade;
  17. Populismo cambial -> importação dos produtos de maior complexidade econômica -> impede o ganho de complexidade;
  18. Os altos juros dos título públicos são outro fator que provoca a sobrevalorização cambial, para cumprir as metas de inflação, e aumentam os custos de produção dos produtos de maior complexidade econômica, além de elevar a dívida pública;
  19. Substituição de importações -> competitividade no mercado interno;
  20. O equilíbrio fiscal é importante para manter a estabilidade da moeda;
  21. A inflação/indexação também são barreiras ao ganho de complexidade econômica;
  22. Uma sequência de déficits na balança de pagamentos, sem crescimento da indústria de transformação -> iminente processo de fugas de captais/ataques especulativos/reposicionamento do câmbio;
  23. Os déficits fiscais podem ser um bom instrumento contra-cíclico se resultarem em investimentos em infraestrutura, pesquisa, tecnologia, educação dirigida;
  24. As taxas de juros praticadas no Brasil devem ser trazidas para níveis compatíveis com outros países de semelhante estágio de desenvolvimento econômico;
  25. 13 min e 30 s Imagem de um gráfico dos componentes da demanda agregada brasileira de 1995 a 2015 a preços constantes;
  26. Uma política expansionista de crédito em uma economia aberta nem sempre aumenta demanda agregada, pois pode resultar em aumento das importações;
  27. O aumento do investimento teve como foco a construção civil residencial (Crédito governamental -> minha casa minha vida);
  28. O investimento das empresas em máquinas e equipamentos diminuiu, portanto, não houve aumento da produtividade;
  29. A desvalorização do câmbio aumenta as exportações;
  30. A taxa de câmbio de equilíbrio industrial é aquela que permite que as empresas nacionais tenham a mesma taxa de lucros média que a de suas concorrentes no mercado internacional;
  31. Aumento dos salários acima da produtividade;
  32. Em 2005, houve um pequeno saldo positivo na balança comercial de manufaturados -> portanto, havia a taxa de câmbio de equilíbrio industrial;
  33. Portanto, a partir desse parâmetro, fazendo-se os ajustes, no final de 2016, a taxa de taxa de câmbio de equilíbrio industrial seria de R$ 3,67;
  34. No segundo trimestre de 2018, superior a R$ 4,00;