Utilizador Discussão:Raimundo57br/Teoria Econômica Marxista

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Resumo da Série de vídeos sobre Teoria Econômica Marxista do Canal Saia da Matrix.

Obs. No início iremos linkar os conceitos e pessoas citadas a artigos da wikipedia sobre o tais conceitos e pessoas, oportunamente, esses links terão como destino outras páginas que tratem dos temas de modo mais resumido.

O Prof. Humberto apresenta uma visão abrangente do fenômeno, além de sua representação estática, onde capital = patrimônio.

  1. O Capital é o Princípio e o fim na economia capitalista;
  2. É o que faz a economia capitalista funcionar;
  3. Tudo na economia capitalista se relaciona com a mecânica de reprodução do Capital = circulação de bens, mercadorias e serviços, com o objetivo de gerar acumulação de riquezas;
  4. Capital é a mecânica de produção de mais-valor na economia capitalista, que é, por definição, uma economia de produção de excedentes;
  5. O Capital é o instrumento que permite esse acúmulo de excedentes (acúmulo de capital, portanto, é um fim em si mesmo);
  6. O Capital é o instrumento que permite a existência da economia capitalista;
  7. O dinheiro é o melhor representante do Capital;
  8. O Capital é o agregador do mais-valor gerado na mecânica da economia de mercado;
  9. O objetivo dos capitalistas é acumular Capital;
  10. Os capitalistas são os detentores dos meios de produção (meios de reprodução do Capital / meios materiais necessários para o estabelecimento da dinâmica que reproduz o Capital) / agentes reprodutores do Capital / burgueses;
  11. O Capital é a essência do capitalismo, pois é o reprodutor do valor na sociedade mercantil;
  12. O Capital é a dinâmica que produz e reproduz o valor na sociedade capitalista, que garante a manutenção de sua característica de produção de excedentes (lucro);
  13. O capitalismo é o modo de produção baseado no Capital;
  14. É por meio de um modo de produção que uma sociedade se organiza para produzir sustento e riqueza;
  15. O trabalho e o dinheiro são mercadorias especiais e determinantes para que aconteça a lógica de reprodução do valor na sociedade capitalista;
  16. O trabalho e o dinheiro são determinantes para que as mercadorias tenham preço e, desse modo, possam ser trocadas no mercado;
  17. É somente na dinâmica da circulação que o valor se reproduz;
  18. O valor se realiza na circulação de mercadorias, ou seja, na troca;
  19. É somente na dinâmica da circulação que o valor se reproduz;
  20. Nesse contexto, quando se considera que o valor é pressuposto para a existência do Capital, pode-se concluir que não existe Capital sem circulação de mercadorias;
  21. Sem lucro, não há reprodução do Capital;
  22. O Capital é essa estrutura organizacional que orienta o modo de produção da sociedade em direção de sua própria reprodução;
  23. As mercadorias que são negociadas para dar continuidade a essa reprodução, somente podem ser consideradas enquanto tais, se tiverem valor social dentro da lógica do mercado, ou seja, dentro dessa estrutura de reprodução do Capital;
  24. Por isso, os elementos que representam o Capital precisam ter valor;
  25. Entretanto o Capital não é material;
  26. O mais-valor (fruto da reprodução do Capital) é inerente ao modo de produção capitalista;
  27. Existem duas mercadorias que têm funções especiais na dinâmica do modo de produção capitalista: o dinheiro e o trabalho;
  28. O dinheiro é o melhor representante do Capital, pois é a mercadoria que tem a finalidade em si mesma;
  29. O objetivo da mecânica do Capital é a sua reprodução, por isso somente existe dentro do capitalismo;
  30. O Capital não é natural, mas fruto de um arranjo de produção;
  31. O capitalismo é um modo de produção que se baseia no Capital;
  32. O Capital depende da propriedade privada dos meios de produção, decorre da exploração do trabalho (extração do mais-valor);
  33. O Capital também decorre da existência de trocas comerciais;
  34. O Capital depende de tudo isso para construir mais valor social e para se reproduzir;
  35. Como a existência do Capital depende dessa lógica de reprodução;
  36. A lógica do Capital gera a acumulação de excedentes para a classe capitalista;
  37. As classes sociais são definidas pela posse ou não posse dos meios de reprodução do Capital;
  38. Desde Karl Marx não foi elaborada uma definição do Capital mais rica em determinações, portanto, tal definição é importante para a compreensão da estrutura da sociedade capitalista;
  39. As definições mais comuns de Capital tentam fazer uma equivalência entre os representantes do Capital (dinheiro, ações, bens (patrimônio)) e o próprio Capital;
  40. Definir o Capital como o lucro também é errado;
  41. O Capital é a dinâmica de reprodução do valor social na economia capitalista;
  42. É preciso compreender as mercadorias que têm funções especiais na dinâmica do modo de produção capitalista: o dinheiro e o trabalho; e como acontece essa dinâmica que tem como bases a exploração do trabalho e a propriedade privada dos meios de produção;
  1. No vídeo anterior foi dito que Capital é uma dinâmica do capitalismo que se converte em lucro;
  2. Essa dinâmica se estabelece a partir de uma relação dialética entre forças antagônicas;
  3. Essa forças antagônicas são as classes sociais: a classe capitalista (burguesia), que controla o sistema, pois detém os meios de produção e a classe trabalhadora (proletariado) que vende a sua força de trabalho para obter os meios necessários para a própria subsistência;
  4. As classes sociais têm raízes históricas, são, primordialmente, produto do contexto no qual os antepassados de seus integrantes estavam inseridos;
  5. A classe capitalista organiza a superestrutura produtiva, legislativa e moral;
  6. Essa organização pretende manter essa classe na condição dominante, por meio da legitimação da propriedade privada dos meios de produção;
  7. Essa organização também legitima a organização do trabalho para que sua exploração reproduza o Capital;
  8. Como se organiza a estrutura de reprodução do Capital;
  9. Nessa estrutura há uma dupla dependência;
  10. O proletário é condicionado a depender dos meios de produção de propriedade do capitalista;
  11. O capitalista condiciona essa mecânica porque depende da exploração do trabalho para a reprodução do Capital;
  12. Somente há Capital se houver reprodução do valor (mais-valor);
  13. Valor é o trabalho socialmente útil na economia capitalista;
  14. Somente por meio do trabalho é possível transformar a natureza para extrair dela maior utilidade social;
  15. Mas?: se o capitalista é o reprodutor (ou dirige a reprodução) do Capital; se O Capital vem do valor social; e o valor social vem do trabalho; então porque a classe trabalhadora não acumula Capital?
  16. Isso ocorre porque o mais-valor produzido pelo trabalho é apropriado pela classe capitalista;
  17. O valor somente se reproduzo na circulação, portanto, antes de circular, a mercadoria precisa ser produzida;
  18. Ou seja, o trabalho é empregado antes da reprodução do valor;
  19. O capitalista contrata aqueles que somente têm a força de trabalho para vender e, desse modo, subsistir;
  20. Portanto, não se trata de uma relação voluntária, trata-se, na verdade, de uma relação imposta por uma necessidade material;
  21. O capitalista determina o valor a ser pago aos trabalhadores;
  22. Desse modo, o trabalhador utiliza os meios de produção do capitalista para transformar a natureza (matérias primas) e/ou produtos intermediários em mercadorias;
  23. As mercadorias são vendidas por um preço superior ao preço dos insumos (matérias primas e produtos intermediários), somado ao preço dos salários;
  24. Essa diferença que é apropriada pelos capitalistas é que chamamos de mais-valor;
  25. As mercadorias são vendidas com base nos seus preços e não no seu valor, pois o valor não se expressa por meio do dinheiro que representa o Capital;
  26. Os preços são numerários baseados em unidades de conta quantificáveis em dinheiro;
  27. Os preços são necessários na economia capitalista para viabilizar as trocas, pois expressam a quantidade de dinheiro necessária pera que aconteça a troca;
  28. O dinheiro existe para viabilizar as transações, pois permite estabelecer relações de proporcionalidade entre mercadorias desiguais;
  29. Tal mecanismo facilitador (um coringa) permite que mercadorias distintas tenham o seu preço quantificável;
  30. Se o capitalismo não é um jogo de soma zero, tem que haver reprodução do Capital;
  31. O dinheiro surgiu muito antes do Capitalismo;
  32. Antes do capitalismo, o dinheiro era apenas um meio de troca;
  33. No capitalismo surge um outro tipo de troca, cujo objeto não é obter uma mercadoria diferente da que você tem, mas reproduzir o Capital;
  34. Como o dinheiro é o melhor representante do Capital, pode se apresentar como o objetivo da transação, ou de um conjunto de transações;
  35. Este tipo de troca costuma envolver a mercadoria trabalho, pois é o trabalho que transforma a natureza para dar a ela maior utilidade;
  36. Nem tudo que é resultado de trabalho é mercadoria, mas apenas o que é socialmente útil (valor social/procura (por quem pode comprar)) dentro da lógica do capitalismo;
  37. Para reproduzir o Capital, os capitalistas compram a mercadoria trabalho para que os trabalhadores possam transformar a natureza (matérias primas) utilizando os meios de produção que os capitalistas possuem em mercadorias;
  38. Nesse contexto, os capitalistas se apropriam de um montante do preço agregado (diferença entre o preço das mercadorias vendidas e o preço dos insumos (matérias primas, mercadorias intermediárias e outros insumos, tais como energia)) em valor superior (mais-valor) ao preço pago pela mercadoria trabalho, responsável pela agregação do valor no processo produtivo;
  39. A exploração da força de trabalho (extração do mais-valor no processo produtivo) é um aspecto central na dinâmica de reprodução do Capital;
  40. Não é justo que o proprietário dos meios de produção (capitalista) se aproprie do mais-valor, pois essa propriedade foi obtida de modo arbitrário pela classe capitalista para manter esse sistema;
  41. O processo inicial de acumulação de riquezas era baseado no uso da força;
  42. Os próprios capitalistas estabelecem o que é propriedade, para que eles mesmos possam lucrar com isso;
  43. Por isso é que se diz que o Estado Capitalista é o Estado Burguês;
  44. Uma vez que a classe capitalista se torna a classe dominante ela cria uma superestrutura que busca perpetua a dinâmica de reprodução do Capital;
  45. Trata-se de uma superestrutura que garanta a manutenção da propriedade privada dos meios de produção;
  46. O Capital surgiu antes do capitalismo, o capitalismo é o modo de produção baseado no acúmulo privado do Capital;
  47. O Capital depende da propriedade privada dos meios de produção, do comércio e do trabalho assalariado;
  48. Tais condições são necessárias para a acumulação primitiva do Capital;
  49. Valor de uso (utilidade social) (que determina a demanda) <> valor de troca = preço em dinheiro que é determinado pelo custo/preço de produção (que determina a oferta) e a lei da oferta e da procura (lei de mercado);
  50. Todo o valor provém do dispêndio de trabalho mas, nem todo o dispêndio de trabalho produz valor;
  51. O dispêndio de trabalho somente produz valor quando produz mercadorias com valor social, ou seja, que são objeto de procura/demanda;
  52. Então, quando se considera que somente o trabalho produz valor que é incorporado em todas as mercadorias e que o trabalho é quantificável por meio do tempo dispendido -> pode-se dizer que o valor é aferido em tempo de trabalho socialmente útil;
  53. O preço é quantificado em dinheiro / o valor é quantificável em tempo de trabalho (teoria do valor trabalho vídeo: Introdução à teoria do valor-trabalho);
  54. As mercadorias circulam com seus valores traduzidos em preços, para que, desse modo, possam ser trocadas no mercado;
  55. Os preços tendem a corresponder ao valor (tempo médio dispendido no processo produtivo);
  56. O custo de produção (que determina a oferta), costuma ser próximo ao valor (tempo médio dispendido no processo produtivo);
  57. O custo de produção abrange o custo do Capital constante (instalações, máquinas e equipamentos) (custos fixos) e o trabalho humano (Capital variável) e insumos (custos variáveis);
  58. O Capital constante é aquele que não produz Capital novo, apenas transmite o seu valor às mercadorias;
  59. O Capital variável é aquele que produz mais-valor, o que faz ampliar a quantidade de Capital;
  60. O valor social é determinado pelo tempo médio do trabalho (do conjunto da sociedade) exigido para o desenvolvimento e produção das mercadorias;
  61. As incorporações de tecnologias que geram ganhos de produtividade também alteram o valor social das mercadorias;
  1. Distinção entre meios de produção e bens de uso pessoal;
  2. O objeto do estudo são as características da economia capitalista;
  3. Por meio de um modo de produção é que determinada sociedade, em seu grau de desenvolvimento histórico, se organiza para obter seu sustento econômico e acumular riqueza;
  4. Sociedades complexas, onde existe a produção de excedentes, requerem divisão social do trabalho;
  5. A economia coletivista primitiva era de subsistência, ou seja, não havia a produção de excedentes;
  6. Meios de produção + relações de produção = modo de produção;
  7. Relações de produção = Relações existentes entre os diferentes agentes produtivos que condicionam a superestrutura da sociedade;
  8. Meios de produção = Meios e objetos de trabalho + trabalho humano;
  9. Meios de produção = meios necessários para a produção e reprodução da vida material em sociedades de modo complexo quanto à estrutura produtiva;
  10. Meios de trabalho = expedientes necessários para a realização do trabalho (infraestrutura), inclui, além do maquinário, também portos, estradas, sistema de distribuição de água/esgoto/energia elétrica/combustíveis e instalações;
  11. Objeto de trabalho = matéria primas / produtos intermediários;
  12. O trabalho humano é indispensável para a manipulação desses instrumentos para produzir os meios materiais necessários para a produção e a reprodução da vida;
  13. Meios de produção relevantes são aqueles que produzem mercadorias em escala considerável;
  14. Na produção em escala, o dono dos meios de produção contrata outras pessoas para utilizar seus meios de produção;
  1. Resenha do Capítulo 3 "O Dinheiro como Representação do Valor" do livro "A loucura da razão econômica: Marx e o Capital do Século XXI", de w:David Harvey;
  2. Não há identidade entre valor na Teoria do valor-trabalho e preço na economia capitalista;
  3. O preço não é uma representação precisa do valor -> isso tem consequências na análise do dinheiro na economia capitalista;
  4. O valor é uma relação social e como tal é imaterial, porém objetivada;
  5. O valor social se cria, na lógica do capitalismo por meio de sua rede de organização;
  6. Embora seja uma relação social imaterial, ela requer alguma materialidade;
  7. No caso do valor essa materialização ocorre por meio da representação em dinheiro;
  8. Pois o dinheiro é um instrumento que mais facilmente representa/revela o valor;
  9. O valor é a expressão mais abstrata do Capital, portanto, somente existente no sistema capitalista;
  10. O que diferencia categorias como o dinheiro, a renda e o lucro no capitalismo dessas mesmas categorias em outras formas de organização social?
  11. Segundo Marx, a qualidade particular, tanto do dinheiro quanto do crédito no modo de produção capitalista é garantir a continuidade do movimento do Capital;
  12. Ou seja, garantir a continuidade do Capital enquanto valor em movimento;
  13. A determinação dos preços incorre em fetichismos;
  14. O dinheiro é o exemplo supremo de tal fetichismo, uma vez que ele representa o "Capital que tem finalidade em si mesmo", apesar de não ter valor de uso;
  15. Desse fetichismo decorre a crença de que o dinheiro exerce um poderoso papel político sobre nós;
  16. Esse fetichismo é real, porém equivocado;
  17. Nos Manuscritos Econômicos e Filosóficos de 1844, Marx demonstra entender claramente a diferenciação entre a dinâmica de formação do valor e a dinâmica de determinação dos preços na economia capitalista;
  18. O valor é trabalho alienado explorado pelo Capital na produção, em decorrência da propriedade dos meios de produção e da troca de mercadorias em mercados nos quais os preços são determinados de acordo com a lógica do capitalismo;
  19. Dentro dessa lógica, apesar dos trabalhadores agregarem valor por meio de sua participação no processo produtivo, seus salários são inferiores a esse valor (alienação do trabalho/mais-valor), sendo que a diferença é apropriada pela classe capitalista;
  20. Capital = valor do trabalho alienado;
  21. Diferentemente do que defendia Proudhon;
  22. Não é bonificando trabalhadores ou alterando a estrutura do sistema monetário dentro do capitalismo que se atenua ou se elimina a exploração capitalista;
  23. Marx via os bancos e o sistema monetário nacional, como um sistema destinado a manter o dinheiro como capital-dinheiro;
  24. Desse modo, apesar de viver na época do padrão-ouro, ele percebe a limitação desse tipo de moeda mercadoria a partir de uma análise do Crédito na expansão da economia capitalista;
  25. O crédito (Capital portador de juros) se transforma na força motriz principal que alavanca o crescimento da economia capitalista;
  26. O sistema de crédito é alimentado pelo sistema de dívidas;
  27. O sistema créditos/dívidas é o único para a realização de pagamentos no sistema capitalista;
  28. Dentro dessa lógica, as instituições bancárias assumem preponderância;
  29. Como fica a teoria do valor trabalho em um sistema no qual os bancos reproduzem dinheiro?
  30. A atuação dos bancos ocorre apenas na esfera da circulação - produção de dinheiro fictício, portanto, descolado do valor;
  31. Crises monetárias fazem parte da natureza do capitalismo que decorrem das contradições entre a economia real e as transações monetárias;
  32. O dinheiro se tornou a peça central para a própria valorização do Capital;
  33. Cresce o poder do dinheiro enquanto crédito para a produção e para a circulação;
  34. Parece crescer o abismo entre o produto enquanto produto e o produto enquanto valor de troca;
  35. Funções do dinheiro: medida de valor, instrumento de economia, um padrão de preços, meio de circulação, unidade de conta, dinheiro de crédito, meio de produção para produzir Capital;
  36. Diversas dessas funções são incompatíveis entre si;
  37. Presença do Estado como garantidor do lastro do dinheiro;
  38. Dinheiro como construção social;
  39. Presença de diversos dinheiros na sociedade: ouro, moeda, dos bancos centrais, crédito (fictício), para transações, para investimentos, para juros, para câmbio de moedas;
  40. Para cada uma dessas situações, o dinheiro pode apresentar mais ou menos distorções em relação ao valor;
  41. O dinheiro é uma representação simbólica do valor, ou seja, é um mito;
  42. Dominância do dinheiro simbólico (moeda-fiduciária) sobre o dinheiro material (padrão-ouro);
  43. Incongruência quantitativa entre preço e grandeza de valor;
  44. Os preços propostos e realizados no mercado;
  45. Porque procurar entender o valor em vez de procurar entender apenas a dinâmica dos preços?
  46. Segundo Marx, seria importante estudar o valor para saber se os preços praticados são superiores (sobrepreços) ou inferiores ao valor (subpreços);
  47. Na época do padrão-ouro, a procura por crédito crescia muito mais rapidamente do que a capacidade dos Estados Nacionais de acumularem ouro para expandir a base monetária;
  48. Crédito -> Multiplicação da moeda (dinheiro fictício);
  49. O crédito usurpa o lugar do dinheiro e a capacidade do Estado de controlar a base monetária;
  50. O Banco Central, ancorado por suas reservas de ouro, era o pivô do sistema de crédito;
  51. Com o fim do padrão-ouro, o Capital portador de juros passou a ser o Capital condutor do desenvolvimento da economia capitalista;
  52. A especialização do Capital fez com que a complexidade da dialética da circulação do valor entre as esferas da produção e da circulação aumentasse muito;
  53. Isso tornou muito difícil compreender o processo de valoração;
  54. O volume de transações e de rotações do Capital supera em muito o volume de Capital aplicado na sua valoração;
  55. Por exemplo: o mercado de câmbio acaba movimentando valores muito maiores que o mercado de produtos manufaturados;
  56. Os fluxos de Capital que se transferem para o Capital Financeiro acabam sendo protagonistas na reprodução do Capital;
  57. A centralização no sistema financeiro de fundos excedentes na forma dinheiro implica que o desembolso desses fundos desempenhará, necessariamente um papel chave na condução das dinâmicas de reinvestimento do dinheiro como Capital;
  58. Bancos e finanças contém e representam o Capital comum da classe capitalista.
  59. Esse Capital comum é inflado por por alavancagem (empréstimo de Capital fictício) -> criação de dinheiro dentro do sistema bancário que pode se tornar excessiva (Bolha financeira);
  60. O sistema financeiro também é a câmara de compensação de diversas transações, sendo, portanto, o sistema nervoso central do Capital;
  61. Ele organiza os fluxos do Capital dinheiro de modo que os capitalistas sempre possam buscar a lucratividade mais alta possível, tanto na produção material quanto na rentabilidade obtida a partir do Capital portador de juros;
  62. Desse modo, a aristocracia financeira é aquela que impulsiona a circulação do Capital portador de juros;
  63. Recebe lucros sem produzir absolutamente nada;
  64. Muitas vezes o investimento em títulos da dívida pública acaba sendo mais seguro/rentável do que o investimento produtivo;
  65. O Capital como uma força misteriosa auto-criadora de valor;
  66. Fetichismo do dinheiro;
  67. Mistificação capitalista em sua forma mais descarada;
  68. Negação do valor por meio de sua monetização;
  69. Ápice da distorção que o dinheiro infringe à forma valor, sendo que o dinheiro deveria, supostamente, representar o valor;
  70. Disputa pelo controle da mais-valia entre capitalistas gestores dos meios de produção e capitalistas rentistas;
  1. Lei Geral da Acumulação Capitalista foi descrita por Marx no Capítulo 23 do Livro I do Capital;
  2. Aumento da proporção do Capital constante (trabalho morto) / Capital variável (força de trabalho) -> Produtividade crescente (aumento da acumulação do Capital) -> Saturação do mercado (superprodução 2) -> Crescimento do exército industrial de reserva (desempregados) -> Condição fundamental do modo de produção capitalista;
  3. Redução tendencial da taxa de lucros em relação ao Capital constante empregado;
  4. A força de trabalho excedente é alocada em um novo nicho (novos produtos/serviços) em expansão;
  5. Nas economias menos desenvolvidas a participação do Capital variável é maior, portanto, essas produzem mais valor social (sob a perspectiva do valor-trabalho);
  6. Teoria Marxista da Dependência;
  7. Contraarrastes: fatores que travam a redução tendencial da taxa de lucros;
  8. Superexploração do trabalho -> redução dos salários e na transferência de valor (riqueza) produzida na periferia do capitalismo para a centralidade do capitalismo;
  9. Trocas desiguais no comércio exterior, pagamento de juros pelos países da periferia, remessa de lucros;
  10. taxa de mais valia x mão de obra empregada = Massa de mais valia;
  1. Os países de economia dependente somente conseguem se expandir como reflexo da expansão da economia dos países de economia dominante;
  2. Relação de subordinação entre países formalmente independentes;
  3. As economias nacionais são integradas ao mercado global;
  4. As relações de produção são desiguais pois o desenvolvimento de certas partes do sistema ocorre de modo combinado com o subdesenvolvimento de outras;
  5. As relações tradicionais são baseadas no controle do mercado pelas nações hegemônicas e isso leva à transferência do excedente gerado nos países dependentes para os países dominantes, por meio das remessas de lucros, juros, royalties (patentes/marcas), trocas desiguais, ocasionando a perda de controle dos países dependentes sobre os seus recursos;
  6. A geração dos excedentes nos países periféricos ocorre por meio da superexploração do trabalho (salários muito baixos) e não pela adoção de níveis avançados de tecnologia;
  7. Transferência do excedente gerado nos países dependentes para os países dominantes -> restrição externa ao crescimento dos países dependentes;
  8. Assimetria na produtividade das diferentes economias nacionais em decorrência das diferenças tecnológicas;
  9. Transferência do excedente gerado nos países dependentes para os países dominantes -> o valor gerado na periferia do capitalismo não realiza na periferia do capitalismo, porque o circuito se completa na centralidade do capitalismo;
  10. Concorrência intra/inter setorial;
  11. Mais valor extraordinário - Superlucro;
  12. Excesso de mercadorias -> redução dos preços abaixo de seu valor individual;
  13. O valor individual refere-se à quantidade de trabalho necessária para a produção de uma mercadoria numa empresa específica; o valor de mercado é a média de todos os valores individuais de todas as empresas (é a média do trabalho socialmente necessário); e o mais valor extraordinário (apropriado pelas empresas de maior produtividade) é a diferença entre esses dois valores quando de sua realização;
  14. 7 min. e 40 s -> explicação do exemplo de concorrência intrassetorial (entre diferentes empresas que atuam em determinado setor econômico);
  15. 10 min. e 25 s -> explicação do exemplo de concorrência entre diferentes economias nacionais em determinado setor econômico;
  16. Trabalho vivo (capital variável) produz valor social;
  17. O trabalho morto (capital constante) apenas transfere o seu valor para as mercadorias;
  18. A queda tendencial na taxa de lucros, em decorrência do aumento do capital constante, nas economias mais desenvolvidas, é contrabalanceada pelo mais valor extraordinário;
  19. 13 min. e 58 s -> explicação do exemplo de concorrência intersetorial (entre diferentes empresas que atuam em diferentes setores econômicos);
  20. Tende a ocorrer um maior investimento nos setores mais lucrativos da economia;
  21. Preços de produção = composição orgânica do capital (capital constante + capital variável) + lucro médio;
  22. Relação de dupla dependência = as economias mais desenvolvidas continuam a ser mais desenvolvidas às custas da continuidade da situação de menor produtividade nas economias dependentes;
  23. Desde de sua origem, o capitalismo gera desenvolvimento concentrado/desigual (alto desenvolvimento econômico nas metrópoles x baixo desenvolvimento econômico nas zonas rurais);
  24. Imperialismo pela força foi sucedido pelo imperialismo pela hegemonia financeira e tecnológica;