Ciência cidadã face ao Covid-19
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Vejam o Mapa Colaborativo produzido pela UFABC!
Partimos da constatação de que o sistema de saúde brasileiro já é sobrecarregado e desigual graças ao histórico baixo investimento em educação, saneamento, e no SUS. Sozinho, o sistema de saúde não terá condições de enfrentar a pandemia do Covid-19, que poderá ultrapassar o milhão de internações adicionais em poucos meses. Assim, as instituições públicas precisam se apoiar sobre ações coordenadas com cidadãos para produzir a infraestrutura e os serviços de cuidado necessários. Três recursos devem ser mobilizados em conjunto: espaços, humanos e instrumentos.
Espaços
[editar | editar código-fonte]Ginásios e igrejas podem ser convertidos em leitos hospitalares temporários, tendo como referência procedimentos comuns em situações de guerra. A necessidade de evitar multidões se adapta bem à reutilização desses espaços, que a princípio já deveriam estar esvaziados.
Isso permitiria também isolar o tratamento da pandemia do tratamento de outras doenças, pois apenas expandir leitos nos hospitais gera um grande risco que o vírus se propague entre os profissionais e para outros setores dos hospitais, onde estão as pessoas mais vulneráveis. Ademais, tratar os pacientes de Covid-19 num sistema paralelo permitiria ao sistema hospitalar, já sobrecarregado, continuar a operar no tratamento de outras condições, inclusive nas outras epidemias simultâneas como dengue e sarampo.
Humanos
[editar | editar código-fonte]Será preciso treinar enfermeiros cidadãos para operar os leitos nas igrejas e ginásios: pessoas disciplinadas e dispostas e se expor à doença.
Coincidentemente, os religiosos e esportistas que ocupam usualmente os espaços discutidos figuram entre grupos potenciais para essa função. Além de habituados à disciplina, os primeiros disporiam da abnegação necessária para o risco, enquanto os segundos disporiam de uma condição física que diminui o impacto de uma eventual contaminação.
Instrumentos
[editar | editar código-fonte]O principal instrumento cuja escassez se observa são os respiradores. É preciso rapidamente conceber respiradores de "código aberto" que possam ser produzidos em massa por hackers locais a partir de objetos de fácil obtenção.
Outros instrumentos e insumos são certamente necessários, mas parecem mais facilmente disponíveis ou contornáveis. Que se identifique os que não sejam, para prover alternativas.
Respiradores
[editar | editar código-fonte]- Na página Respiradores de código aberto estão registrados os andamentos e estudos do projeto;
Projetos de Máscaras, equipamentos de laboratório e outros
[editar | editar código-fonte]OBS.: Máscaras feitas por impressão 3D não são seguras pois, apesar de filtrarem o vírus, não se sabe se a sua estrutura porosa não propicia o crescimento de bactérias e fungos.
Referências sobre máscaras caseiras
[editar | editar código-fonte]- O melhor tipo de material para fazer máscaras caseiras são materiais de algodão, como camisetas e fronhas
- https://smartairfilters.com/en/blog/best-materials-make-diy-face-mask-virus/
- https://smartairfilters.com/en/blog/paper-towel-effective-against-viruses-diy-mask/
- https://www.researchgate.net/publication/258525804_Testing_the_Efficacy_of_Homemade_Masks_Would_They_Protect_in_an_Influenza_Pandemic#pf7
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2440799/
Referências gerais
[editar | editar código-fonte]- Coronavirus Tech Handbook, manual de tecnologias associadas ao combate à Covid-19.