DC-UFRPE/Licenciatura Plena em Computação/AspectosHumanose Soc. naComputaçãoDC (60) EAD/Fuga de Cérebros

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Fuga de Cérebros[editar | editar código-fonte]

A fuga de cérebros é um fenômeno mundial que ocorre prioritariamente por meio da saída de profissionais extremamente qualificados de países menos desenvolvidos em busca de melhores condições de emprego e renda. As causas da fuga de cérebros estão atreladas a condições insatisfatórias em termos de mercado de trabalho e de qualidade de vida. Essa saída é direcionada, em nível mundial, para países desenvolvidos e industrializados, que possuem um mercado de trabalho mais valorizado e consolidado.

O Brasil, por exemplo, é um expulsor de cérebros para nações mais ricas do globo, como os Estados Unidos. Esse cenário se agravou nos últimos anos, mediante a ampla crise econômica e política brasileira.

A fura de cérebros produz diversos efeitos danosos em uma economia. Logo, são necessárias medidas governamentais que possibilitem a valorização do mercado de trabalho local, como forma de garantir emprego e renda para profissionais bem qualificados.

Resumo sobre fuga de cérebros[editar | editar código-fonte]

  • Fuga de cérebros é um tipo de migração caracterizada pela saída de profissionais altamente qualificados dos seus países de origem em busca de melhores oportunidades de trabalho no exterior.
  • Tem como causas a desvalorização profissional, a dificuldade de encontrar um trabalho nas suas respectivas áreas de conhecimento, menores investimentos em setores como ciência e tecnologia, crises políticas e econômicas e até mesmo guerras.
  • O fluxo acontece de países menos desenvolvidos para nações desenvolvidas.
  • Entre os principais países receptores de talentos estão Suíça, Suécia, Estados Unidos, Irlanda, França, Dinamarca e outros.
  • Esse fenômeno se intensificou no Brasil na última década, especialmente com profissionais de inovação e tecnologia.
  • O direcionamento de maiores investimentos à ciência e pesquisa e medidas de crescimento econômico que proporcionem a criação de novas vagas de emprego podem conter a saída de profissionais.
  • As consequências dessa emigração são a escassez de profissionais qualificados no país e, no médio e longo prazo, prejuízos à economia e ao desenvolvimento interno."


Como prevenir a fuga de cérebros?[editar | editar código-fonte]

O processo de fuga de cérebros é reduzido mediante a melhoria das condições de emprego e renda em uma determinada sociedade. Portanto, é necessário que o poder público implante reformas que possibilitem a valorização dos profissionais locais e que ele fomente a empregabilidade em nível nacional. Dentre outras, são medidas para evitar esse problema:

  1. a promoção de direitos trabalhistas e previdenciários;
  2. a criação de programas de acesso à renda;
  3. a criação de medidas voltadas para a oferta de empregos;
  4. o incentivo à produção de ciência e tecnologia.


Consequências da fuga de cérebros[editar | editar código-fonte]

A perda de capital humano por meio da fuga de cérebros traz implicações muitas vezes negativas para os países de origem, ao mesmo tempo que podem beneficiar os países de destino. No primeiro caso, como pudemos observar no exemplo brasileiro, há uma grande perda de competitividade no cenário internacional, assim como se amplia em grandes proporções a escassez de profissionais qualificados, como médicos, professores de Ensino Superior e cientistas.

Ocorrem também impactos no desenvolvimento tecnológico e econômico desses países, no médio e longo prazo, pela falta de mão de obra especializada. Estabelece-se também certo fluxo de capitais ingressantes nesse país de origem, vindos diretamente daqueles profissionais que migraram e destinam esse dinheiro como forma de auxiliar seus familiares que ficaram.

Em contrapartida, países receptores são beneficiados pelo maior aporte de capital humano que ingressa no seu mercado de trabalho e que contribui diretamente em setores-chave da economia, da educação e da saúde."

Assim, o desafio de várias nações atualmente está em manter esses profissionais em seus próprios países, impedindo a tal "fuga de cérebros", danosa não só para o desenvolvimento de nações mais pobres, mas que contribui ainda para aumentar as desigualdades já abismais entre os vários povos do globo. É imprescindível a adoção de políticas que tornem o país "doador de cérebros" um atrativo pólo de inovações científicas e tecnológicas. No caso do Brasil, é flagrante a falta de conexão entre as universidades e o mercado de trabalho e indústrias em geral, realidade diferente do das economias desenvolvidas.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]