Educação Aberta/Práticas abertas no ensino básico
Resumo
[editar | editar código-fonte]Essa página se destina a compartilhar reflexões emergentes da investigação sobre o panorama das práticas educativas abertas no ensino básico no Distrito Federal, objeto de pesquisa do Mestrado em Educação realizado pela Universidade de Brasília.
Indagações iniciais
[editar | editar código-fonte]O que vem a ser uma prática educativa aberta? A busca por esta definição exige respostas a uma série de indagações:
- Quais seriam os atributos que poderiam permitir qualificar as práticas educativas como abertas?
- Existe na literatura alguma definição precisa sobre PEAs que nos permita observar as práticas existentes e identificar características?
- De que maneira o conceito de PEA se aproxima da discussão sobre open schooling desenvolvido nos anos 50-60?
- Estariam elas ligadas apenas às oportunidades que podem ser exclusivas ou potencializadas por características dos REA (OER-enabled pedagogy) ou podemos identificar práticas educativas abertas mesmo quando se trabalha com conteúdo fechado?
- Quais os pressupostos epistemológicos e qual a visão de construção da aprendizagem que ela traz?
A construção da resposta a essas perguntas perfaz uma longa trajetória que tem início na investigação das atividades e atribuições inerentes aos educadores - a práxis educativa - e de como elas se constituem no contexto da cultura digital.
Concepções históricas
[editar | editar código-fonte]Entende-se que o conceito de PEA pode encontrar fundamento no movimento Open Schooling, ou Educação Aberta, e em seus pressupostos epistemológicos - as concepções de educação, de construção do conhecimento e das relações de ensino-aprendizagem - que se alicerçam em uma visão de educação progressista. Assim, o desenvolvimento do conceito fundamental para esta investigação exige estudo aprofundado desses dois movimentos e de suas influências no contexto atual.
Axiologia docente
[editar | editar código-fonte]Por outro lado, ao englobar a ideia de uso, reuso, adaptação e disseminação de conhecimentos produzidos por outros, ao lidar com a propriedade intelectual e o exercício de composição das várias tessituras que podem emergir a partir desta ação, verifica-se que o constructo do conceito de práticas educativas abertas requer compreensão da discussão ética envolvida na atuação profissional, que tem princípio na escolha dos recursos a partir dos quais a atividade se desenvolverá e que não se finda ao disseminar o novo conteúdo produzido.
Práticas potencializadas por REA
[editar | editar código-fonte]Entendemos que diante desse contexto, a reflexão sobre o papel dos recursos educacionais abertos (REAs) na constituição de práticas educativas abertas faz-se pertinente e indispensável. Porém, queremos definir um olhar crítico ao essencialismo identificado no movimento REA que busca identificar práticas que somente e tão somente podem ser realizadas com conteúdos com licenças livres (característica principal dos REA). A partir da concepção inicial sobre o que pode ser uma prática educativa aberta, entende-se que os REAs se configuram como recursos de apoio propulsores de seu desenvolvimento. Contudo, partimos do princípio que, as práticas inclusivas e equitativas, que fomentam o acesso à educação no contexto da cultura digital (preceito da educação aberta contemporânea), têm nos REA condição necessária para sua efetivação.
Tendo como pressupostos as reflexões explicitadas, inicialmente, a investigação será conduzida a partir do mapeamento do conceito de PEA existente na literatura mundial. Busca-se, assim, compreender as múltiplas visões que se tem constituído nos últimos cinco anos a respeito do tema, com a finalidade encontrar parâmetros ou atribuições que permitam entender melhor o conceito e propiciar uma investigação profícua e sólida.