Introdução ao Jornalismo Científico/Ética da Ciência/Atividade/Luis Forte Rasmussem

Fonte: Wikiversidade

Nome da atividade[editar | editar código-fonte]

Esta tarefa é realizada para cumprimento do módulo 3 do curso de Introdução ao Jornalismo Científico. Tome cuidado de estar logado na Wikiversidade. Se não estiver logado, não será possível verificar o trabalho.

Atividade[editar | editar código-fonte]

Um dos principais desafios da prática do jornalismo científico é entrevistar cientistas sobre seu trabalho, isto porque é ao mesmo tempo necessário introduzir e aprofundar os temas abordados. Nesta tarefa, você deverá entrevistar um pesquisador ou uma pesquisadora sobre Ética da Ciência e sobre questões éticas específicas relacionadas a seu trabalho.

Para a entrevista, é preciso pesquisar de antemão a produção da/do cientista selecionada/a. Procure seu trabalhos em bases de dados de publicações científicas, como o Google Acadêmico, e leia-os antes da conversa.

Prepare então um roteiro de perguntas, pensando-o com base na pauta sobre ética proposta nesta tarefa. Há vários manuais sobre como fazer boas entrevistas, um material que pode ser é útil é Um guia para aprimorar a arte da entrevista, de Natália Mazotte.

É indispensável que o/a entrevistado/a assine e lhe envie um termo de cessão de direitos, tal qual o deste modelo.

A entrevista, em formato de vídeo ou áudio, deve ter no máximo 7 minutos. Uma vez a entrevista realizada, edite o material, por exemplo melhorando o som, inserindo uma vinheta com o título e o nome da pessoa entrevista e cortando trechos desnecessários.

Considere os aspectos técnicos, como iluminação e som, na momento de produção e informe sua fonte que o material será disponibilizado em licença livre. Também é necessário publicar a entrevista transcrita.

A entrevista será disponibilizada no repositório Wikimedia Commons.

Nome de usuário(a)[editar | editar código-fonte]

Luis Forte Rasmussem

Transcrição[editar | editar código-fonte]

Nesta seção, você deverá publicar a transcrição da entrevista realizada. Esteja logado. Também dê acesso ao termo de cessão de direitos assinado, numa pasta de acesso restrito, mas liberada para o email comunicacao@numec.prp.usp.br

E aí galera, como é que vocês estão? Eu sou Luis Forte Rasmussem, cientista do Mar Divulgador Científico.

E eu sou a Giovanna Milito, estudante de Ciências do Mar pela Unifesp. Hoje nós nos convidamos para participar de uma conversa muito interessante com a professora da doutora Juliana Perobelli, ela é graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista, a Unesp e ela é doutora em Biologia Celular e Estrutural pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente ela é professora de junta da Universidade Federal de São Paulo, onde desenvolve pesquisas na área de toxicologia experimental e morfofisiologia da reprodução.

Nesse programa, a professora Juliana nos contou sobre porquê esse tornou cientista e como funcionam as questões éticas de fazer experimentos animais, no caso da pesquisa dela, em ratos.

Embarque com a gente nessa conversa e quem sabe no fim podemos responder, com quantos paus se faz uma canoa.

Música

Professora, essa é uma questão bastante polêmica que existe muita discussão sobre todos esses experimentos, testes de animais e diferentes áreas de trabalho, mas sem entrar muito nessa questão polêmica, eu queria entender de você como funciona a questão ética de usar esses animais. Para quem não conhece ou para quem não sabe como funciona todo esse processo, porque não é simplesmente falar, quer fazer experimentos com animais você tem toda uma avaliação, não é?

Perfeito, Luís, agradeço a oportunidade de falar disso aqui, porque nós temos hoje no Brasil um arcabouço fantástico de legislação e regulamentações para isso. Desde 2008, nós temos uma lei que chama-se Lei Arouca, que é uma lei que regula o uso de animais em estudos experimentais. A partir dessa lei, foi criada uma resolução com uma comissão técnica nacional para regulamentar a utilização de organismos vivos, geneticamente modificados em estudos, foi também criado um conselho nacional de controle de experimentação animal, que se chama Concea. Então, esse é um conselho nacional que regulamenta trabalhos experimentais em todo o Brasil, ele rege qualquer instituição de pesquisa do Brasil e então,centraliza tudo. e cada instituição de pesquisa precisa ter um CEUA, que é uma comissão de ética do uso de animais. Então, nós aqui na Unifesp, temos um CEUA, o único, que vai avaliar cada projeto de pesquisa. Vai avaliar todos os métodos que você pretende aplicar no projeto de pesquisa. Uma comissão, inclusive, faz visitas aos laboratórios e espaços de manutenção dos animais. Então, é tudo muito regulamentado, como deve ser. E é uma área que está cada vez mais rígida, como, particularmente, eu acho que tem CEUA. Para você ter uma ideia, em 2021, eles criaram mais uma resolução de que para colocar a mão no animal de experimentação, a pessoa pesquisadora, ele precisa ter um curso, um determinado curso, que é apenas algumas instituições de referência oferecem no Brasil, a fiocruz, a usp são instituições desse tipo. Então, existe uma série de cursos formativos que a gente precisa fazer, depois tem uma série de documentação que a gente tem que fazer e passar por essas instâncias de regulamentação. Outra coisa muito interessante é que, antigamente, eu poderia criar animais. Hoje não. Hoje é proibido. Hoje, os animais utilizados em pesquisa são criados apenas dentro das instituições de pesquisa. E isso mudou muito essa questão dos animais. Então, é tudo muito regulamentado. É muito difícil conseguir comprar um animal para fazer um estudo. Então, precisa estar tudo muito bem estruturado. E eu acho que isso realmente é o mínimo que nós podemos fazer em respeito à vida desses animais que tanto contribuem para o avanço da ciência. Os sistemas são todos integrados. Então, eu submetam o projeto a Comissão de Ética da Instituição, que vai avaliar muitas vezes eles mandam para a reconstrução, para eu diminuir o número de animais. Então, eles dão sugestões para a redução e apenas quando esse projeto é aprovado pela Comissão, eu consigo ter o aval para compra, senão eu não tenho a documentação para compra. Então, os sistemas são integrados, eu não consigo jamais comprar um animal. Se eu não tiver a documentação da Comissão de Ética aprovada no sistema. Para vocês terem uma ideia, hoje, no mundo, 98% dos estudos experimentais são feitos em roedores, 2% em feixes e anfíbios e um número muito reduzido de aproximadamente 0,2%, 0,3% e em mamíferos mais derivados, como por exemplo macaco. Então, os roedores realmente ocupam uma posição central nesses estudos experimentais.

Carregamento de entrevista[editar | editar código-fonte]

Para esta etapa, você precisará carregar o áudio ou o vídeo no Wikimedia Commons e publicá-lo aqui na Wikiversidade. Necessariamente o arquivo de vocês deverá estar num formato livre. Os vídeos abaixo servem de instrução para carregar conteúdos no Wikimedia Commons. Esteja logado.

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Atividade_modulo_3_JC.wav

Referências