Jogo 2017/Aula 12
RELATÓRIO da SMB – 28/05/2017 (Intervenção na praia)
[editar | editar código-fonte]A SMB aconteceu entre os dias 21 e 28 de maio e teve como tema “O Brincar que Encanta o Tempo”: um convite ao brincar que encanta o ritmo vital da infância e acompanha a sequência da vida com imaginação, fantasia e experiências físicas e anímicas.
No domingo 28 de maio, ocorreram atividades recreativas da SMB na praia de Santos mais especificamente no trecho da Avenida Bartolomeu de Gusmão, entre os canais 5 e 6. A UNIFESP montou suas estações mais próximas ao canal 5. Provável que o tempo chuvoso tenha influenciado na presença do público, o qual esteve em um número bem abaixo do que se esperava. Isso também favoreceu para que os dois grupos de intervenção, “Gincana à Praiana” e “Brincadeiras com o tempo” trabalhassem de forma conjunta mesclando as brincadeiras propostas por cada projeto.
O preparo do local da ação começou por volta de 9h15min. Por mais que o espaço já estivesse pré-estabelecido, foi feita nova demarcação com o uso de uma fita. Ocorreram alguns imprevistos que levaram a mais de uma mudança do posicionamento. Na primeira opção (mais próxima ao canal) um dos colegas cortou o pé com algum objeto, vasculhou-se a área a procura de outros que também pudessem machucar e, por segurança preferiu-se não ficar ali. Cogitou-se um segundo lugar porém ficaria muito próximo a um espaço demarcado para futebol onde acontecia um jogo. Por fim, um terceiro local (mais ao centro, entre o primeiro e o segundo lugar) foi demarcada a área.
As atividades iniciaram por volta de 10hs. A fim de chamar atenção e incentivar as poucas crianças que ali se encontravam, os integrantes dos grupos de intervenção começaram a brincar. Logo três meninos se aproximaram.
A primeira brincadeira proposta foi o Pega-pega com bambolê – 10h15min. Na área demarcada pela fita, espalhou-se os bambolês no chão em um número
menor que o de participantes para que, aquele que não estivesse “dentro do bambolê”, fosse o pegador. No decorrer da brincadeira adaptações foram feitas para dinamizar a atividade. Ao invés de simplesmente correr de um bambolê para outro, propôs-se: 1) imitar movimentos de animais; 2) pular como “saci Pererê” em uma perna só; e 3) dois pegadores. Notou-se que o ritmo de agitação das crianças diminuiu, e aumentou a concentração para brincar.
Pega-pega com os olhos vendados – 10h40mim Na área demarcada pela fita, em um extremo ficou um grupo com olhos vendados e no outro o grupo com os chocalhos. Na brincadeira o grupo com chocalhos, fazendo barulho, deveriam passar pelo grupo de olhos vendados. Nesse momento o ritmo de agito na brincadeira estava altíssimo, euforia das crianças.
Como o agito foi intenso na brincadeira anterior, optou-se por fazer uma brincadeira com menos correria então a Batata quente com bexiga cheias de água foi
a escolha. Ás - 11hs, em círculo, os participantes passavam de mão em mão a “batata quente”. Fora da roda, uma pessoa de costas cantava a música e aleatoriamente gritava “queimou”. Aquele que estivesse com a “batata quente” nas mãos deveria estourar a bexiga sobre si. Ocorreu mais um imprevisto; uma das crianças não aceitou que a batata quente queimou com ele e quis iniciar uma briga, mas logo acalmou-se e voltou para a diversão.
Corrida do balde – 11h30min https://www.youtube.com/watch?v=rEQCR7gMJbg&feature=youtu.be
Nessa etapa, o grupo de crianças começou a aumentar, já eram 10 crianças. Na área demarcada, numa extremidade ficavam os
baldes cheios de água e na outra dois copos feitos de garrafa pet enterrados na areia. Divididas em duplas as crianças com outros copos com alça deveria correr até o balde, segurando nas alças, enchê-los, voltar para o outro lado em colocar água nos copos sucessivamente até enche-los.
Nessa brincadeira também foram feitas adaptações para que uma rodada fosse próximo ao mar.
https://www.youtube.com/watch?v=MO0TwOaLQzw&feature=youtu.be
Nessa ocasião, o grupo de intervencionistas dividiu-se. Parte continuou com a corrida do balde e a outra organizou uma brincadeira (não deixar o balão cair no chão) para que uma família (pai, mãe, avó e as crianças) que estava assistindo também participassem dessa experiência que a semana mundial do brincar estava proporcionando. Momento importante, pois foi a primeira interação conjunta de pais e filhos na intervenção. A avó das crianças, conversando com uma das alunas do projeto, elogiou e agradeceu a iniciativa. Vale ressaltar que um dos objetivos dos projetos era: “sensibilizar e mobilizar as famílias, mostrando como é importante o tempo de brincar para o desenvolvimento emocional e social das crianças.
Por volta de 12hs iniciou-se novamente a brincadeira da Batata quente com bexiga cheias de água https://www.youtube.com/watch?v=TxX6ns0v8pQ&feature=youtu.be .
Teve a participação de um tio de uma das crianças. Essa atividade repetiu-se pois, além de ter material necessário para a brincadeira, foi uma demanda que partiu da garotada.
A última brincadeira a ser realizada foi corre cotia – 12h35min. https://www.youtube.com/watch?v=3M2faRQFfLk&feature=youtu.be
Os participantes, com exceção de um em pé (pegador), ficam sentados em círculo. Todos cantando a cantiga da brincadeira enquanto o pegador, com um balão nas mãos, corria em volta do círculo até a escolher colocá-lo disfarçadamente atrás de alguém sentado. Quando o participante escolhido percebe que o balão estava atrás dele, começava a perseguição ao ‘pegador’, que corria para ocupar o lugar vago. E caso o pegador fosse apanhado, ele deveria pagar uma prenda no centro do círculo.
Finalizando as atividades, após as crianças se dispersarem e os materiais utilizados serem recolhidos, o grupo de alunos juntos ao o professor Vinicius iniciaram
o momento de questionamento e reflexão sobre as atividades realizadas. 1) como foi a experiência de ter participado de um evento ligado diretamente com a formação profissional. 2) a importância da demarcação do local com fita para o desenvolvimento das atividades. E sobre a transição das brincadeiras em ritmos diferentes (brincadeira mais “paidia” ou “ludos”). 3) como a brincadeira contagia, vira jogo, agimos por instinto não pensando nas diferenças que existe entre adultos e crianças. 4) a importância do momento de ficar sozinho da criança após a briga para se acalmar, refletir sobre o ocorrido. 5) como os pais reagem em relação ao “tempo de brincar”. A aproximação ou resistência dos pais em participar das brincadeira. A “higienização” das famílias na educação e interação com seus filhos. Crianças de “apartamento” mais tímidos, vergonhados ou com dificuldade de interagir com outras crianças. E no outro extremo os meninos agitados e bagunceiros querendo chamar atenção (ou necessitando de atenção?!). 6) a importância do “acreditar que vai acontecer”. Mesmo que as coisas não estejam acontecendo conforme o planejado no projeto, ter perseverança e persistência perante as diversidades que surgem na realização das intervenções.
Registros realizados na praia:
https://drive.google.com/open?id=0BwtpM_20RMu8RGFaeXkza2VlcWc
https://drive.google.com/open?id=0BwtpM_20RMu8ZFUxQXlGQlJ5YlE