Jogo 2017/Aula 16

Fonte: Wikiversidade

I.Tema e Objetivos da Aula[editar | editar código-fonte]

O tema proposto para a aula foi a improvisação para o teatro, sendo seus principais objetivos aplicados durante a aula prática que consistiram em promover a espontaneidade e foco dos alunos envolvidos nas brincadeiras ali apresentadas

II.Materiais e Espaços Utilizados[editar | editar código-fonte]

Não foram utilizados nenhum tipo de material para essa aula. A primeira parte da aula foi realizada na quadra poliesportiva do colégio Universitas e a segunda parte foi realizada em uma de suas salas.

III.Método didático[editar | editar código-fonte]

O método didático convém bastante com o texto lido pelo nosso grupo, sempre fazendo correlação com os principais objetivos do texto e as brincadeiras proposta. O professor Vinícius iniciou todas as atividades com um objetivo direto e com as explicações necessárias, e de acordo com a evolução dos alunos dentro do jogo, ele apresentava variações, que eram um novo problema a ser solucionado, sendo jogos bastante inclusivos, então todos conseguiram participar, todos que desejavam. As atividades propostas pelo professor, não só dessa aula, mas de outras, calharam muito bem com o texto e tiveram uma transferência positiva para o entendimento do mesmo, sendo sempre com "complemento" favorável para as apresentações das leituras.

IV.Descrição das Atividades[editar | editar código-fonte]

Primeira Parte[editar | editar código-fonte]

Alunos realizando a atividade ''brincadeira do viúvo''

A primeira parte foi realizada uma aula prática, onde o professor realizou algumas atividades. A primeira delas foi a brincadeira do viúvo, onde os alunos se organizam em roda em pé, e pra cada pessoa em pé, uma pessoa sentada a sua frente, exceto uma pessoa, que no caso é o "viúvo", o viúvo deve piscar para uma das pessoas que estejam sentadas e assim arrumar um par e quem está em pé deve proteger seu par, tocando no ombro da pessoa antes que ela saia a encontro do viúvo. A segunda atividade é "siga o mestre", a organização também é em roda, onde uma pessoa dita as ações de toda a roda, assim escolhemos uma pessoa para que descubra quem é esse líder, então, ela fica de costas e fora da roda, se escolhe o líder, depois a pessoa que estava de fora, entra na roda e tenta descobrir quem está ditando as ações. A terceira atividade foi "espelho e líder", que é igual o siga o mestre, porém a organização é em duas fileiras, uma de frente para a outra, e a pessoa que fica de fora deve descobrir qual lado comanda as ações. A quarta atividade foi a "Nossa, que legal" onde em duplas uma pessoa perguntava para a outra "Sabe o que eu sei fazer?" a outra respondia "Não, deixa eu ver?" aí era realizada uma ação onde a outra pessoa respondia "Nossa, que legal!" e imitava a ação feita. E de duplas foram montando grupos maiores.

Segunda Parte[editar | editar código-fonte]

Na segunda parte da aula apresentamos e discutimos sobre o texto Improvisação para o teatro, de Viola Spolin. O objetivo desse texto é auxiliar tanto o professor como o aluno a encontrar a liberdade pessoal no teatro, para isso, a autora aponta alguns pontos, que segundo ela são fundamentais nessa busca. Em uma breve introdução, ela fala que todas as pessoas são capazes de atuar no palco, desde que desejem isso, e que o tal "talento" nada mais é uma maior capacidade individual para experienciar, que aprendemos através das experiências. Uma palavra bastante relacionada com experiências é a intuição, as técnicas teatrais devem ser intuitivas, ou seja, elas devem simplesmente acontecer.

No primeiro capítulo a autora fala sobre alguns aspectos de espontaneidade que devem acontecer no meio do teatro, mas podemos notar que tem aplicações em outros lugares, por exemplo, no jogo. Um dos aspectos é exatamente esse, o Jogo, onde assim como no jogo, no teatro o jogador/ator tem que ser livre, só se joga quem quer, quem deseja. E o próprio jogo é responsável pelo crescimento de quem se joga, quando isso acontece, aparece a confiança. A aprovação e a desaprovação é um outro aspecto, nada mais é que os julgamentos que recebemos desde os primeiros momentos de nossas vidas. Dentro do teatro isso não pode existir, porque a liberdade pessoal e auto-expressão dependem de uma igualdade entre aluno e professor e uma menor dependência do professor gera essa tal liberdade, segundo Spolin, as necessidades do teatro são as mestres. No teatro, assim como no jogo, há necessidade de relação entre as pessoas, se existe uma pessoa dominante, as outras não jogam/atuam, esse é outro aspecto citado no texto, a Expressão de Grupo. Foi o que nos lembrou o jogo da queimada, se só uma pessoa arremessa, ela não permite que os outros joguem. Agora, se acontece interação entre os jogadores, gera confiança, e permite que as outras pessoas possam experienciar o arremesso. A experimentação e comunicação libera o jogador/ator a ser mais fluente no que está fazendo, isso é falado no aspecto de Técnicas Teatrais, que basicamente são as técnicas de comunicação, de como passar isso pro outro. Podemos perceber isso, por exemplo no jogo da mímica, onde temos que pensar em uma forma de passar a informação para os outros, e quando não conseguimos, temos que pensar de maneira imediata uma outra forma de dizer a mesma coisa.

Alunos realizando a atividade "espelho e líder"

No segundo capítulo, a autora apresenta alguns procedimentos nas oficinas de trabalho, esse capítulo nos pareceu ser direcionado mais aos professores, por ser um capítulo onde se fala bastante em instruções, avaliações, etc. Em uma breve introdução ela nos fala que as pessoas que trabalham no teatro tem um sistema para produzir resultados, e logo em seguida já se questiona: "Como um modo de ação planejado pode ser livre?" a resposta é simples, não trabalhar compulsivamente/obcecadamente por um resultado final. Um dos pontos que Spolin trás é a Solução de Problemas, que acontece da seguinte maneira, se resolve um problema dando outros problema. Permite que o professor analise o aluno sem critérios pessoais, e não caia em um dos aspectos tratados no texto de Aprovação/Desaprovação. Ainda sobre a solução de problemas, ela fala que não existe modo certo de solucionar problemas, o que nos lembrou um exercício de corda, onde foram passados um problema, que era atravessar 3 cordas que estavam batendo, sem deixar que ela batesse sem ninguém passar. Foram levantados diversos outros problemas de ritmo das cordas por causa do peso de cada uma, e outras coisas, aí diversos esquemas foram montados, e realmente não tinha um errado ou certo. Dentro do teatro é necessário um Ponto de Concentração (POC), outro ponto debatido no texto, que funciona como um catalisador entre jogador com jogador, e entre o jogador com os problemas. Serve como um trampolim para as ações intuitivas, pois torna possível a percepção ao invés do preconceito. O POC ajuda no foco com os problemas, mesmo realizando outras tarefas. Outro ponto tratado no texto é a Avaliação, que deve ser sempre feita pelo professor, de maneira objetiva e ele não deve assumir sozinho, por isso deve realizar perguntas aos alunos, isso norteia o aluno a ter uma melhor compreensão do trabalho. A instrução também deve ser dada sempre pelo professor, e é usada de forma imediata, durante o trabalho e ela serve para que o aluno não perca o seu POC. Os últimos pontos tratados no texto são times e apresentação de problemas, onde a autora basicamente fala que os alunos devem aprender a se relacionar com todos, para que não haja dominantes, e sim confiança no grupo. E os problemas devem ser trazidos pelo professor, de maneira objetiva e poucas explicações, quando necessário explicação, devem ser curtas e sem muitos detalhes.

V.Discussões e Dúvidas dos alunos[editar | editar código-fonte]

Alunos realizando a atividade ''siga o mestre''

Após a aula prática ser finalizada foi iniciada a apresentação sobre o texto Improvisação para o teatro, abordando o tema da importância do teatro ser espontâneo e a necessidade da coletividade de um grupo ao resolver problemas impostos ao mesmo, criando uma relação com a educação física e com a aula prática realizada, onde o contato de um aluno com outro era sempre necessário e conforme o decorrer das atividades, eles se sentiam mais confortáveis com a situação de estar realizando uma ação espontânea, onde havia a liberdade de escolher a forma que a ação seria realizada.

VI.Temas interdisciplinares[editar | editar código-fonte]

Esse texto de Viola Spolin tem como objetivo auxiliar o professor e o aluno a encontrar a liberdade pessoal dentro do teatro, mas conseguimos fazer relação com a vida diária e com a vida acadêmica. Em um caso particular de um dos alunos deste grupo que realiza estágio em uma equipe de futsal, conseguiu fazer bastante relações do texto com a sua equipe. Uma delas é a relação de toda a equipe com os novos jogadores/alunos, na maioria dos casos, um integrante novo de uma equipe já montada sofre com a timidez, com o "Sou novo, to chegando agora" e um jeito de "quebrar o gelo" e acelerar este período é realizar alguns jogos, onde a inclusão aconteça. Jogos que permitam que a equipe trabalhe como um todo, e crie impacto em todos. Um dos principais fatores de uma equipe vencedora, é a relação dos seus jogadores, precisam estar bem com todos, que aí acontece o que o texto nos mostrou, gera confiança, e eles conseguem solucionar os problemas juntos.

VII.Conclusões[editar | editar código-fonte]

As brincadeiras decorridas na primeira parte da aula demonstraram como o teatro sendo uma área não comum para a educadores físicos podem se assemelhar a tanto com as práticas das brincadeiras, principalmente quando pensamos em jogos que necessitam de pensamentos rápidos e com muito foco, o que se aplica muito nos momentos de leitura do texto e em partes discorridas nele. O texto focaliza bastante na espontaneidade, sendo um grande comparativo com a principal necessidade em jogos, que as pessoas que participam usam mais o extintivo e menos o pensamento momentâneo. O universo do teatro liga-se diretamente as brincadeiras pelo meio de transpor as pessoas que estão aplicadas no meio para universos que retiram elas do cotidiano e a mostram mundos totalmente diferentes.

Após apresentações e a aula prática fomos instruídos para a construção de um vídeo que era o fechamento do texto e da aula proposta, sendo esse compartilhado no youtube:https://www.youtube.com/watch?v=khG2XLjJAcg

VIII.Pesquisas Bibliográficas[editar | editar código-fonte]

SPOLIN, V. Improvisação para Teatro e Jogos Teatrais – Fichário de Viola Spolin. Rio de Janeiro: Ed Perspectiva, 2008.

IX.Observações da página do grupo anterior[editar | editar código-fonte]

A página do grupo anterior foi importante para auxiliar na estrutura de montagem do trabalho, serviu de exemplo para a formatação dessa página e para criar uma relação com a coletividade e confiança dos membros de um grupo, sendo muito importante para as atividades das aulas práticas de ambos os grupos.