Jogo 2017/Aula 5

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I. Tema e Objetivos da Aula[editar | editar código-fonte]

Aula prática, alunos interagindo com o professor e a corda de forma livre.

A aula iniciou-se sem um objetivo aparente, mas com o decorrer das atividades ficou claro que o objetivo principal era que o grupo compreendesse que em um jogo coletivo é necessário ter técnica, tática, companheirismo, estratégia e paciência além de saber olhar o outro e compreender ainda que em um grupo sempre há limitações e essas devem ser detectadas e resolvidas em conjunto.

II. Materiais e Espaços Utilizados[editar | editar código-fonte]

O espaço utilizado durante a aula foi a quadra desportiva do Colégio Univérsitas e os materiais utilizados foram 3 cordas, sendo que a principio tinham 2 pessoas batendo 1 das cordas e durante a atividade foram introduzidas mais 2 cordas e 4 pessoas.

III. Método didático[editar | editar código-fonte]

A aula em sua totalidade foi prática iniciando-se sem nenhuma proposta concreta, apenas acontecendo conforme a disposição dos alunos. Também foi utilizado o método de roda de conversa em dois momentos, onde no primeiro momento o professor colocou alguns pontos que ele identificou durante a atividade e os alunos puderam refletir e discutir qual a melhor forma de resolver os problemas encontrados durante o jogo, já no segundo momento os alunos puderam conversar sobre como foi resolvido o problema e como o objetivo final da atividade foi alcançado.

IV. Descrição das Atividades[editar | editar código-fonte]

https://www.youtube.com/watch?v=h58mYAng2xo

Primeira parte[editar | editar código-fonte]

Alunos começaram a pular corda em conjunto.

No inicio da aula os alunos foram levados para a quadra, em seguida o professor juntamente com uma aluna começaram a andar pela quadra com cada um segurando a ponta de uma corda, ora eles andavam, ora corriam, arrastavam a corda, deixavam ela a meia altura, sacudiam a corda, faziam movimentos pendulares, batiam a corda ou simplesmente a deixavam parada. Até este momento não foi dito aos alunos o que eles deveriam fazer, apenas foi feito exatamente o que os próprios alunos queriam, alguns corriam da corda, outros pulavam a corda quanto a mesma estava sendo arrastada, outros agachavam quando a corda passava por eles a meia altura e quando a corda começou a ser batida alguns alunos começaram a velha brincadeira do pular corda em conjunto.

Segunda parte[editar | editar código-fonte]

A segunda parte iniciou-se quanto o professor propôs que os alunos jogassem "Zerinho", onde era necessário que os alunos passassem pela corda que estava sendo batida, sem pular a mesma e sem fazê-la parar e assim era iniciada uma contagem, porém a corda não poderia ser batida sem que nenhum aluno passasse por ela, caso isso ocorresse a contagem era zerada e a contagem se iniciava após a passagem de alguém pela corda. A primeira proposta do professor era que os alunos chegassem a 30 passadas, depois a 50 passadas e por último que só contaria como passada se um homem e uma mulher juntos passasse pela corda. Os três objetivos foi facilmente alcançados pelo grupo. Então o professor incluiu mais duas cordas que ficaram paralelas a primeira e propôs que os alunos passassem pelas três cordas com o objetivo de que a contagem de cada corda chegasse a 10.

Terceira parte[editar | editar código-fonte]

Desafio do "zerinho" com 3 cordas.

Depois de varias tentativas sem êxito, o professor reuniu os alunos em uma roda de conversa onde descreveu as estratégias utilizadas pela turma, comparando-a com uma pequena sociedade, composta por pequenos grupos que exerciam diferentes funções dentro do coletivo. Em seguida, o professor contextualizou os alunos do que estava acontecendo, esclarecendo que os alunos se encontravam em uma zona de desenvolvimento proximal. Segundo Vigotsky, essa zona é definida como a diferença entre o nível do que a pessoa é capaz de fazer de forma autônoma e aquilo que embora não consiga realizar sozinha, é capaz de aprender e fazer com ajuda de um suporte educacional devido. A partir daí, o professor sugeriu novas estratégias para que a sala alcançasse o objetivo solicitado. Dentre elas, destaca-se a corrida em dupla de mãos dadas para exercitar a confiança mútua entre os colegas, e ainda indicou que os alunos fechassem seus olhos por alguns instantes para que pudessem se adaptar ao ritmo da corda. Além disso ressaltou outros aspectos que influenciaram a atividade, como o incentivo, a exclusão e a inclusão. Por fim, após seguir os conselhos do professor e colegas, a turma obteve sucesso executando a atividade em fila única, método sugerido na primeira tentativa da sala, porém, na primeira vez, feito de maneira pouco organizada.

V. Discussões e dúvidas dos alunos[editar | editar código-fonte]

Os alunos se atrapalharam em relação às estratégias estabelecidas para cumprir a tarefa com as cordas, por isso, questionaram qual método seria mais adequado para a realização da atividade. Os estudantes questionaram-se a respeito do quanto a introdução de regras seria benéfica ou não à atividade, já que os alunos obtiveram êxito na tarefa a partir de uma estratégia desprovida de regras complexas: a fila única.

Vl. Interdisciplinares[editar | editar código-fonte]

Aspectos da Ciências Sociais (Sociologia/Política): Ao comparar o jogo com uma pequena sociedade, o professor sugeriu que a turma estava divida em grupos nas quais minorias, desinteressadas na aula, estavam submissas à oligarquias que disputavam a decisão da estratégia, tal situação presente no contexto sócio-politico em que vivemos.

Aspectos da Pedagogia: Devido à aprendizagem mútua entre o professor e seus alunos. A aprendizagem oscilou entre momentos de aprendizado técnico, nos quais os alunos aprenderam variações de pular corda, como também ensinou-lhes a enfrentar adversidades e trabalhar em grupo.

Aspectos da Parapsicologia: Ocorreu no momento em que o professor induziu os alunos a imaginar uma corda em sincronia com o barulho realizado pela mesma, facilitando a execução da atividade.

Aspectos da Matemática: A medida que os alunos se organizavam em sequências para passar pela corda, foi necessário a utilização de um raciocínio lógico envolvendo contagem e organização espacial.

VII. Conclusão[editar | editar código-fonte]

Momento de reflexão e discussão para a solução do problema encontrado durante a atividade.

A partir da leitura do texto e da atividade executada, conclui-se que tanto o brinquedo quanto a brincadeira possuem uma certa complexidade a ponto de criar situações desafiadoras e conflituosas para quem brinca, e esses fatos podem influenciar diretamente o decorrer de uma aula, como ocorreu na atividade estudada.

VIII. Pesquisas Bibliográficas[editar | editar código-fonte]

Livros[editar | editar código-fonte]

BENJAMIN, Walter. A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica. In: Magia e Técnica, Arte e Política. Ensaios Sobre Literatura e História da Cultura. Obras Escolhidas. Vol. 1. São Paulo, Brasiliense, 1994. LAKATOS, E, M.; MARCONI, M. A. Sociologia geral. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1999. FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.

Artigo/Site[editar | editar código-fonte]

RABELLO, E.T. e PASSOS, J. S. Vygotsky e o desenvolvimento humano.

Disponível em http://www.josesilveira.com/artigos/vygotsky.pdf

IX. Observações da página do grupo anterior[editar | editar código-fonte]

A página do grupo anterior foi importante, pois auxiliou a escolher o tipo de linguagem a ser utilizada, como também serviu de modelo para estruturação geral do trabalho e ainda como inspiração para algumas ideias.