Jogo 2017/Aula 7
I.Tema e Objetivos da Aula
[editar | editar código-fonte]O tema abordado foi o Jogo de queimada com variações e modificações fundamentadas na inclusão. O objetivo da aula foi explorar a queimada de forma mais participativa para que todos tivessem a oportunidade de aprender os fundamentos de arremesso, finalização, passe e assistência.
II.Materiais e Espaços Utilizados
[editar | editar código-fonte]Os materiais usados foram duas bolas e bambolês. Foi utilizado para realização do jogo a quadra poliesportiva do colégio Universitas.
III.Método didático
[editar | editar código-fonte]De início houve uma conversa na qual o professor perguntou aos aulos se haviam chegado a uma decisão sobre como iriam jogar a queimada de forma mais inclusiva já que na aula anterior, os alunos também jogaram queimada mas foi notado grande competitividade e individualismo por parte dos mesmos. Após estabelecido as regras, a parte prática foi realizada e em alguns momentos houve a interrupção do professor para melhor desenvolvimento da atividade.
Assim que a parte dos exercícios foram desempenhadas e encerradas, foi iniciado o diálogo sobre concepções abertas de ensino entre os alunos e o professor de forma que pudesse ser desenvolvido os princípios didáticos.
IV.Descrição das Atividades
[editar | editar código-fonte]https://www.youtube.com/watch?v=OMxytUYHfqg&feature=youtu.be
Primeira Parte
[editar | editar código-fonte]A aula começou com a execução do desafio proposto pelo professor no final da aula anterior, de formular regras para a prática de um jogo de queimada mais participativo, com a integração de todos os jogadores, pois no jogo da aula anterior tiveram pessoas que não arremessaram ou arremessaram muito pouco. A tentativa de manter o equilíbrio entre os jogadores era com o intuito de todos aprenderem, pois no jogo normal foi observado que quem era mais habilidoso jogava mais e aprendia mais e quem não tinha tanta habilidade jogava menos e consequentemente aprendia menos, aumentando as desigualdades cada vez mais.
Com todos em círculo o professor pediu para falarmos as regras pensadas para a maior participação de todos. O jogo foi sendo montado por nós juntamente com o professor e ficou decididas quatro regras: rodízio de arremessos, onde todos teriam que arremessar para o primeiro poder arremessar novamente, quando o oponente jogasse a bola e o adversário segurasse era permitido que alguém que estava no cemitério fosse salvo, jogo com duas bolas e a mão continuava quente, por isso foi formulada a última regra que dizia que quando uma pessoa espalmasse outra pessoa do mesmo time teria chance de salvar essa pessoa que pegasse a bola antes que ela caísse no chão. Depois de formuladas essas regras se iniciou o jogo, que teve duração média de 45 minutos.
Logo após o término da primeira partida o professor reuniu todos no centro da quadra e iniciou uma nova conversa.
Foi debatido as diferenças do jogo da semana passada e desse. A aluna Ana Beatriz relatou que semana passada arremessou uma vez apenas e que hoje arremessou muito mais. O professor fala sobre a aprendizagem: “bom, não tem muito segredo né, a gente não precisa ser muito inteligente pra saber que se uma pessoa arremessa cinco vezes ou dez vezes ela aprende muito mais do que aquele que arremessa uma vez”.
O professor pergunta que regra foi mais impactante na participação de todos, e a maioria concordou que foram as duas bolas que deixaram o jogo bem mais dinâmico, pois foi necessária mais atenção, dois focos de atenção exigem muito mais demanda de energia do que apenas um como no jogo da semana passada.
são abordados os problemas que ocorreram no jogo, regras que, diferentemente das duas bolas, acabaram estragando a partida. Não poder queimar no cemitério foi a primeira regra citada que piorou o jogo, pois quem foi queimado não jogava mais, a não ser que fosse salvo. Porém o professor ressalta a importância desses jogadores na assistência aos que ainda podiam queimar, comparando com o jogo de basquete, que mostra o que mais fez cesta e também o que mais assistiu os companheiros. Foi levantada a questão de cada time estar com uma bola e ficar travando o jogo, deixando-o não muito dinâmico e esperando a posse das duas bolas, porém, como citado pelo professor, faz parte da estratégia tática da equipe querer as duas bolas e assim sofrer menos riscos. O professor levanta a questão do rodizio de passes, sobre a auto-organização, que muitas vezes não acontecia e algumas pessoas acabavam arremessando mais que outras. O rodizio também quebrava a dinâmica do jogo, pois às vezes a pessoa tinha uma boa oportunidade de queimar alguém, mas pelo fato de ter acabado de arremessar não tinha o direito de queimar e era obrigada a passar a bola.
Segunda Parte
[editar | editar código-fonte]Dentro dos erros do primeiro jogo o professor busca com a turma fazer um jogo que suprisse essa demanda. É formulado uma regra que cria uma dificuldade porém é mais simples e deixa o jogo mais fácil de ser jogado. A regra é que a partir do momento que a pessoa queima uma vez ela passa a jogar como o outro braço, o braço não dominante. Essa regra permitiu o treinamento de um dos fundamentos da queimada que é o arremesso e criou certa dificuldade na ação do jogo para quem queimar. Essa ideia de usar o braço não dominante foi para tirar a ideia de rodízio da cabeça dos jogadores. Foi levantada a hipótese de que quando o jogador queimasse com o braço não dominante ele poderia voltar a queimar com o braço dominante, porém essa regra iria fazer com que as pessoas quisessem “se livrar” logo de jogar com o braço não dominante, tirando muitas vezes a oportunidade de outra pessoa jogar. Então ficou decidido que depois de começar a arremessar com o braço não dominante tinha que permanecer até o final do jogo.
Outra regra introduzida pelo professor foi que depois da quinta pessoa que fosse queimada começariam a ter “cemitérios móveis”, o indivíduo queimado Pegava um bambolê e arremessava em direção à quadra adversária e onde esse bambolê parasse seria o cemitério dessa pessoa e ela poderia queimar a partir dele. A regra de não poder ficar andando com a bola foi também introduzida, onde a pessoa podia dar apenas três passos com a bola antes de arremessar ou andar quicando a bola – fato que fazia a pessoa perder o controle absoluto da bola e podendo perder sua posse.
O jogo segue com competitividade e estratégias, no término desse o professor reúne todos novamente no centro da quadra e inicia uma conversa sobre a última partida. Alguns gostaram outros nem tanto, porém é explica que para experimentar algo novo é necessário estar aberto e que um jogo criado em menos de meia hora não tem uma estabilidade de regras igual o de um que é jogado há séculos. O professor também deixou claro que o jogo era uma experimentação pela primeira vez testada e conforme foram aparecendo os problemas e conflitos foi necessária a criação de novas regras ou modificações das regras já existentes. Ele fez uma analogia com as leis que controlam as ações das pessoas, dizendo que primeiro as ações das pessoas acontecem para depois as leis que controlam essas ações surgirem. Faz um parêntese também do bom jogador, que sempre tenciona as regras no limite, achando brechas e falhas nas regras e muitas vezes burla as regras sem ninguém ver ou perceber. É apresentado que o jogo não é um ambiente de igualdade, liberdade e fraternidade, mas sim que as pessoas aprendam, e para aprender é necessária a pratica (no caso prática de arremesso). Ele também revela que os dois jogos foram mais pedagógicos do que o da semana anterior, no sentido em que todos têm a oportunidade de jogar e assim aprender. Revela os fundamentos que foram trabalhados : o arremesso como finalização (que se apresenta em maior quantidade no começo do jogo, caracterizando um jogo pouco maduro, pouco pensado, até pelo fato das pessoas não terem jogado juntos antes, porém com o passar do tempo e a diminuição de pessoas como alvo o jogo fica mais estratégico e mais inteligente e os passes começam a ser mais utilizados e a posse de bola mais disputado) e arremesso como passe/assistência.
O professor introduz o principio da pedagogia construtivista, dizendo que é necessário sempre considerar e valorizar as opiniões dos alunos, pois todos tem uma bagagem, todos sabem coisas de diversos assuntos, e é importante sempre partir do que os alunos sabem para ensinar outras coisas e nunca imbeciliza-los, achando que o professor vai ter que ensinar tudo. Diz também que é necessário trabalhar as dificuldades específicas. O professor da o exemplo de pedagogia construtiva descrevendo a própria aula, que começou na semana anterior com um jogo que nós mesmos escolhemos e no dia 03/05, com algumas intervenções a partir do problema que nós encontramos no jogo, construímos uma modalidade de queimada alternativa e inclusiva, criando situações de igualdade, com a finalidade de todos aprenderem a jogar sem perder a dinâmica do jogo.
Para melhor visualização das atividades, disponibilizamos aqui os videos da aula.
V.Discussões e Dúvidas dos alunos
[editar | editar código-fonte]Após ter sido finalizado a aula prática foi dado início ao diálogo sobre o texto Concepções Abertas no ensino da Educação Física. A princípio foram feitas perguntas norteadoras para saber as experiências dos alunos com os tipos de concepções de ensino que tiveram contato, a maioria mencionou o ensino fechado que tem uma abordagem unilateral do ponto de vista dos professores sem levar em conta o que realmente pode interessar os alunos. Esse tipo de concepção de acordo com Reiner Hildebrandt e Ralf Laging do qual o objetivo prioritário são traduzidos em formas de comportamentos testáveis e qualificações previamente definidas onde os objetivos cognitivos, afetivos e sociais recebem apenas o espaço que não põe em risco a concepção de ensino construído sob ponto de vista motores onde tenha conteúdos predeterminados e processo de aprendizagem econômico, o aluno é tido como um objeto a ser ensinado. Quando o grupo questiona os alunos a respeito da participação deles nas tomadas de decisões dos jogos, fica evidente que a aula é dada com uma abordagem de concepção aberta, criando condições para modular as diferentes participações de decisões voltadas para o aluno e professor. Essas decisões levam em consideração as experiencias individuais, possibilitando a subjetividade e valorizando a individualidades.De acordo com os autores ''as concepções de ensino são abertas quando os alunos participam das decisões em relação aos objetivos, conteúdos e âmbitos de transmissão ou dentro deste complexo de decisões. O grau de abertura depende do grau de possibilidades de co-decisão. As possibilidades de decisão dos alunos são determinadas cada vez mais pela decisão prévia do professor''. O dialogo em aula é a chave para o ensino aberto. '' preparar as situações de ensino de tal maneira que estimulem o aluno a agir e que os problemas e questionamentos do aluno possam ser resolvidos por ele, com base na sua condição de poder fazer e de suas experiencias''.
VI.Temas interdisciplinares
[editar | editar código-fonte]A discussão e atividade possui grande influência pedagógica/didática já que é muito discutido as formas de relação e métodos que asseguram a adaptação recíproca do conteúdo que é transmitido para os alunos no qual o professor é responsável por mediar e auxiliar no processo de aprendizado para que se torne algo produtivo de ambos os lados. Além disso, para a parte prática, foi necessário uma noção básica da utilização do esporte por estar relacionado ao jogo de queimada no qual foi adaptado de acordo com regras dadas pelos alunos e professor.
VII.Conclusões
[editar | editar código-fonte]Relacionando o texto sobre concepções abertas e a atividade prática, ficou nítido que o método utilizado pelo professor em nos dar a liberdade de fazer as alterações que julgamos necessárias para melhor entrosamento dos alunos foi uma concepção aberta na qual ele nos auxiliava e guiava para que pudéssemos realizar o jogo de forma que fosse obtido o êxito. Através da comparação de duas aulas de queimada, conseguimos perceber uma inclusão dos alunos com menor aptidão para o jogo devido as regras que foram sendo desenvolvidas antes e durante o jogo para que essa inclusão fosse cada vez maior.
Portanto, foi notado que aos poucos, o jogo passou a ser menos competitivo e mais cooperativo de forma que agradou a todos que estavam jogando e deu a oportunidade de entrosamento até mesmo aos alunos que possuíam pouca familiaridade com queimada.
VIII.Pesquisas Bibliográficas
[editar | editar código-fonte]<http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/4992_2997.pdf> acesso em 09/05/2017
IX.Observações da página do grupo anterior
[editar | editar código-fonte]A página do grupo anterior foi extremamente importante para nosso grupo pois grande parte da atividade desenvolvida foi baseada na aula anterior com a ideia inicial do jogo de queimada além de nos dar grande base no que se refere a edição do Wikiversidade.
Também foi importante notar que inicialmente, a atividade do grupo anterior não deu muito certo já que o jogo não era tão inclusivo e a proposta dada pelo professor em nossa aula foi justamente pensar em regras que pudessem tornar a brincadeira menos competitiva e mais cooperativa. O objetivo foi alcançado após algumas modificações sugeridas pelos alunos com o auxilio do docente.