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Laboratório de Jornalismo Multimídia/Apresentação/Grupo 19

Fonte: Wikiversidade

TRABALHO: LABORATÓRIO MULTIMÍDIA

Grupo: Maria Luiza Reghini, Nayara Bardin, Nicolas Nakamura, Paola Eduarda Nakamura e Pedro Guedes

Identificar a matéria

https://dnsul.atavist.com/areasmineradasumpassivoemrecuperacao

"Áreas mineradas: um passivo em recuperação" é uma reportagem da autoria de Bruna Borges e Marciano Bortolin, publicada em 17 de agosto de 2017 na plataforma Atavist.

A matéria, de mais de 37 mil toques, tem um tempo de leitura de mais ou menos 40/50 minutos.

Resumir a pauta

Após anos de exploração irresponsável em Santa Catarina (na região carbonífera), nove empresas mineradoras de carvão finalmente irão “pagar” pelos danos causados, por meio do processo de recuperação ambiental promovido pela Ação Civil Pública.

Descrever a apuração

Para a apuração desta reportagem, a Bruna Borges e o Marciano Bortolin foram até o sul de Santa Catarina para observar e apurar esse descaso ambiental ocorrido por causa de escavações que buscavam o minério de carvão.

Eles entrevistaram moradores da região, como a Inês Neves da silva que é dona de casa, o agricultor Moacir de March, que trouxe sua versão dos fatos, e relembra uma época antes das escavações e depois delas.

Por meio dessas entrevistas foi possível contar a história do Valdemar Szlachta que veio a região para trabalhar na recuperação ambiental do local antes devastado e agora ele mora na região. Além disso, eles também conseguiram aspas dos entrevistados para colocar na reportagem final escrita.

Uma das informações interessantes que os dois jornalistas apuraram, foi a que atualmente nenhuma atividade dos moradores afeta o meio ambiente.

Em busca de entender melhor como funcionava essa escavação de carvão a céu aberto eles conversaram com o Marcos Lopes, técnico de mineração e conheceram esse colosso da mineração, a Marion, uma famosa máquina escavadora da época.

A comunidade da região se juntou e formou uma associação, a ADM Dois Irmãos que promove projetos como a de coleta e compostagem de lixo orgânico que o João Marcos Oliveira Anelli ( Presidente da Associação) informou a eles.

Eles também conversaram com o Filipe Barchinski, Gerente de Desenvolvimento Ambiental da fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) de Criciúma, para saber questões referentes à abertura e uma nova mina na área.

Ao longo dessa apuração eles descobriram que a atividade minerária no sul de SC não tinha nenhum dos empreendimentos licenciados.

Em uma entrevista com o Anderson Lodetti (Procurador da República em Criciúma) ele ressaltou os riscos que uma atividade mineradora pode causar no solo e nos rios da região.

Por meio dessa longa apuração eles tentaram explicar o fenômeno dos rios alaranjados, buscaram entender a regulamentação da atividade de mineração e para isso eles entrevistaram dois geólogos.

Em resumo, essa apuração deles levou bastante tempo. Eles foram até a região, conversaram com várias fontes, trouxeram várias versões do fato e buscaram ser bastante didáticos na reportagem.  

Descrever formatos usados na reportagem

O principal formato utilizado na reportagem é o texto, que foi dividido em tópicos e subtópicos. No início, a história de alguns moradores de áreas mineradoras de Santa Catarina é contada, introduzindo o leitor à questões discutidas ao longo do texto. Dentro dele, os autores destacam algumas frases importantes de pessoas entrevistadas, que aparecem como citações, acompanhando as imagens da reportagem.

Outros dois recursos utilizados foram fotografias e vídeos, que assumiram o papel de ilustrar cada tópico. As fotos acompanham o texto e são complementadas por legendas. Um exemplo importante e que vale a pena destacar é o slide fotos da comunidade de Rio Morosini após o processo de recuperação ambiental. Já os vídeos, aparecem quatro vezes ao longo da reportagem.

Além destes, a matéria conta ainda com gráficos, tabelas, infográficos, e até um mapa. Os infográficos são bem explicativos, feitos de maneira que o leitor consiga seguir facilmente uma linha de raciocínio. Um bom exemplo é o histórico da ação civil pública do carvão, que é dividido por anos, de maneira crescente. Os gráficos e tabelas contém, em sua maioria, informações numéricas mais complexas de visualizarmos apenas com o texto. O mapa, por sua vez, mostra a localização das áreas monitoradas que estão em recuperação.

Analisar formatos usados na reportagem

Para analisarmos o uso de cada recurso na reportagem, é importante que se destaque o tema dela. Como a matéria se inicia com uma história, nada melhor do que uma narrativa. Logo, há duas opções que se encaixam nesse tipo de matéria: texto e vídeo.

Embora os vídeos componham a matéria, optou-se pelo texto por conta da riqueza em detalhes e descrição. Os vídeos e fotos complementam o que se lê, mas não regem a matéria.

Ainda na intenção de uma pauta mais explicativa, acrescenta-se gráficos, tabelas e um mapa, com o propósito de esclarecer ao navegador do site da melhor maneira possível.

Caso fosse escolhido o vídeo como fonte principal da informação, o formato da reportagem seria completamente outro, mais expositivo do que informativo. Nesse caso, seria priorizado o visual, o impacto, e não propriamente a abundância de dados detalhados, melhor apresentados pelo texto. Há dúvida entre o audiovisual e o texto, mas o foco da matéria e seu objetivo indicam qual deles é o mais adequado.

Descrever a conexão com redes sociais

A relação com as redes sociais desta matéria do Diário de Notícias do Sul é categórica, por começar pelo meio de divulgação, o Atavist, uma plataforma online (ou revista) de contar histórias, de forma bonita e prática, bem parecido com o Médium. Na matéria em si, do lado direito mostra-se dois ícones com apenas duas respectivas redes sociais, o Facebook e o Twitter. Propositalmente dispostos para serem compartilhados nessas plataformas específicas, possivelmente pela divulgação em tais redes ocorrer de forma mais expandida. O alcance desta excelente matéria poderia ter sido maior, mas percebe-se que o meio reproduzido condiz com o seu caráter regional, próprio da região Sul de Santa Catarina.

Avaliar a reportagem

A reportagem "Áreas mineradas: um passivo em recuperação", da autoria de Bruna Borges e Marciano Bortolin, de agosto de 2017, trata sobre a realidade em Rio Morosini, recanto ao sul de Santa Catarina. A região foi cenário da exploração de carvão, fato que impactou diretamente  a vida dos moradore locais.

Questionados sobre quais as principais aptidões e competências multimidiáticas que um jornalista deveria dominar, sete profissionais deram os seus depoimentos. É possível observar na reportagem em análise aspectos enumerados em alguns desse discursos:

Milia Eidmouni defende que os jornalistas precisam achar pautas que importam para uma comunidade. E a reportagem em questão trata diretamente da causa das famílias que residem em Rio Morosini. É possível observar a adaptação do formato do texto ao seu propósito. Mais que explicitar a situação de um grupo que sofre com os impactos de uma atividade, a reportagem consegue aproximar o texto do leitor: ao narrar a história de pessoas, como a do agricultor Moacir de March, há uma humanização dos fatos.

O editor-executivo do jornal O Globo defende a apuração rigorosa como uma das características indispensáveis a um jornalista. O grande número de depoimentos técnicos na reportagem analisada deixa clara a valorização desse aspecto na abordagem do assunto por Bruna Borges e Marciano Bortolin.

Por fim, Raju Narisetti destaca a informação como o elemento principal. “Áreas mineradas” inova no formato multimidiático (incomum a reportagens) mas sem perder o foco no conteúdo a ser abordado.

Participação de cada estudante

Maria Luiza Reghini: identificação e avaliação da reportagem;

Nayara Bardin: descrição dos formatos;

Nicolas Nakamura: descrição da apuração;

Paola Eduarda: resumo da pauta e descrição da conexão com redes sociais;

Pedro Guedes: análise dos formatos.