Práticas Corporais 2015/Aula 7
Editores Aula 7: Janaína Rovaris, Mariana Martins e Melina Kubota (Janaína não apresentou)
I. Tema e objetivos da aula:
[editar | editar código-fonte]Tema: Educação Somática: Yoga, Meditação.
Objetivo:Ser passado aos alunos como fazer algumas posturas de Yoga. Ensina-los algumas técnicas de respiração que possa vim ajudar no dia a dia e prevenir problemas respiratórios; Tentar fazer com que eles se concentrem passando uma aula de meditação, com o foco em perceber a respiração e o objeto que foi colocado nas mãos deles.
II. Materiais e espaços utilizados:
[editar | editar código-fonte]Tatame, colchonetes, uvas-passas.
III. Método didático:
[editar | editar código-fonte]A aula foi dividida em alguns momentos:
Técnicas de Yoga: Retomando o que foi realizado na aula anterior, como posturas específicas na sequencia de Yoga.
Exercício de respiração: Foi passado dois tipos de exercício de respiração para melhorar a mesma e ajudar a evitar alguns problemas respiratórios.
Meditação: Realizado com a intenção de sensibilidade, imaginação e experiência como o objeto, sem contato visual.
IV. Descrição das atividades:
[editar | editar código-fonte]Yoga
As praticas realizadas em três planos, plano médio, baixo e deitado.
1) PLANO MÉDIO
1- Iniciando em pé, com os pés paralelos e joelhos levemente flexionados, braços soltos ao longo do corpo e cabeça sempre alinhada olhando para frente, com os olhos fechados comece a perceber a sua respiração e o equilíbrio do corpo nesta posição.
2- Abrir os olhos, unindo a palma da mão no meio do tronco e começa-se a estender os braços (ainda com as palmas das mãos juntas) para o alto, apontando as mãos para o teto e cotovelos levemente apontados para fora, tentando permanecer o mais estável nessa postura.
3- Une-se os pés, apoiando a ponta do pé esquerdo próximo ao tornozelo direito, essa posição é refeita para o outro lado também, sempre tentando manter o equilíbrio durante o movimento e manter o controle ao sair da postura.
4- Voltando a posição inicial, com os pés paralelos e os braços estendidos ao longo do corpo, o braço esquerdo irá se erguer para o alto enquanto o braço direito irá deslizar para baixo da lateral do corpo, a postura se repete para o lado oposto, sempre tentando aproximar ao máximo o braço que estiver levantado perto da orelha, e manter o foco nos músculos que estão sendo alongados nesta postura.
2) PLANO BAIXO
1- Ficar de joelhos e sentar em cima dos calcanhares, em seguida ficar de joelhos sem sentar nos calcanhares, apoiando as mãos alinhadas na lombar, estendendo o ombro e a cervical, essa postura tem como intuito estabilizar a cervical. Sempre que temos uma postura de extensão, temos que compensá-la com uma de flexão.
2- Próxima postura é da pirâmide, em fica-se em quatro apoios e aos poucos eleva-se o quadril (a postura fica em um formato de pirâmide), os pés forçam para baixo com o intuito dos calcanhares alcançarem o chão.
3- Sentar com as pernas cruzadas (famosa perna de índio) para iniciar as posturas de torções. Onde o braço esquerdo é direcionado para trás do corpo, com a palma da mão apoiada no chão com as pontas dos dedos voltadas para trás, a mão oposta é colocada no joelho, fazendo a torção, e sempre observando a respiração. A volta da posição normal é devagar e a torção é feita também para o outro lado. A cada inspiração a postura poderá ser melhorada, e na expiração observa-se a musculatura.
4- Com a palma das mãos apoiadas no chão ao lado do corpo, fazendo uma leve torção nas costas e em seguida, desliza-se o braço esquerdo na direção do mesmo braço tentando encostar o cotovelo no chão, e assim estendendo o lado oposto da posição, mantendo sempre com o tronco em posição, alongando a lateral do mesmo, ampliando o espaço ombro-cabeça, e tomando cuidado para o ísquio não sair do chão.
3) PLANO DEITADO
1- Sentado com as pernas cruzadas (posição de índio), flexiona-se um pouco as pernas e deita-se em decúbito dorsal, ainda deitado, a posição de índio continua, deixando os braços ao longo do corpo, começa-se a elevar o quadril, mantendo-o sempre firme os joelhos tendendo para o chão.
2- Ainda com as pernas cruzadas, essa é a postura do peixe, onde se aproxima-se os cotovelos nas costelas e eleva o quadril junto com o abdômen, tendendo a encostar o topo da cabeça no chão, e isso volta-se devagar para a postura inicial, esticando as pernas e fechando os olhos, prestando atenção na respiração e no peso do seu corpo sobre o chão.
3- Após ser realizado uma sequencia de movimento para um lado só, no caso o lado esquerdo, em seguida deve-se avaliar o impacto deste lado comparado com o outro.
4- Flexionando os joelhos junto ao corpo, tenta-se aproximar a cabeça do mesmo, sem tensionar o pescoço, em seguida, apoia-se os pés no chão, em paralelos, cruza-se a perna esquerda na direita com as mãos atrás da coxa trazendo o joelho para perto do peito, enquanto que o joelho oposto se afasta do peito, na mesma postura, deixa-se as pernas cair para o lado direito, resultando na torção do quadril. Com o braço esquerdo na linha dos ombros, aberto e o braço direito ajudando na torção puxando a perna esquerda. Em seguida, a perna esquerda continua flexionada e a perna direita é estendida, virando para o lado direito, fazendo uma extensão da coxa.
5- Voltando a posição inicial, relaxando assim as pernas. Em seguida compara-se os dois lados, identificando as sensações do lado trabalhado e do lado não trabalhado. Assim, realiza-se a sequencia de postura para o lado esquerdo.
6- Após realizada a sequencia para os dois lados, a perna esquerda estende-se no chão e a perna direita se estende para o teto, projetando o calcanhar para cima, após, sempre realizar com o lado oposto.
7- Com os pés apoiados no chão, e os braços ao longo do corpo com as mãos voltadas para baixo, levantando o sacro levemente sem tirar a lombar do chão, em seguida, apoia-se os ombros e as pernas e sustenta uma meia ponte.
8- Em seguida estendendo as pernas, com as palmas das mãos viradas para cima, subindo o tronco e as pernas. O nome dessa postura chama-se ponte. Ainda deitado, os pés são projetados para cima da cabeça, junto com as pernas, e as mãos permanecem ao longo do corpo.
9- Em decúbito ventral, as mãos ficam próximas ao tronco, fazendo a extensão torárica e cervical, tentando manter o corpo sustentado sem o apoio das mãos e o olhar sempre a frente.
10- Joelhos flexionados aproximando os calcanhares dos glúteos, e após uma postura de extensão, deve-se compensa-la por uma flexão, ficando em posição fetal (transição da posição do índio, inclinando o corpo para frente).
EXERCÍCIO DE RESPIRAÇÃO
Foi executado dois exercícios de respiração: o primeiro, ocorreu de forma sentada, sendo realizados em etapas diferentes, diminuindo gradativamente os segundos de cada expiração e inspiração; o segundo, foi realizado em posição deitada, com os braços acompanhando na expiração e inspiração.
MEDITAÇÃO
Na ultima parte da aula foi realizado a pratica da meditação, onde os alunos todos, sentados próximo a parede onde ao começar a pratica não se pode em momento algum abrir os olhos. O professor nos relata que será colocado um objeto em nossas mãos, ao ser colocado ele pede que tentemos imaginar como é a forma, cor, desse objeto, logo após sentir o objeto somente com o "corpo" da mão, sem tocar nos dedos, e em seguida tocar, passar no rosto, roçando ele nos lábios, ouvido, nariz, para que possamos sentir em cada aérea sensitiva detectar o objeto, e por ultimo colocar ele em baixo da língua onde pudéssemos sentir seu sabor, passar o objeto sobre os dentes, e por fim, mastigar e ser engolido.
V. Discussões e dúvidas dos alunos:
[editar | editar código-fonte]Não houve discussão sobre o assunto neste dia.
No entanto, durante a prática foi dado algo para sentirmos em nossas mãos e depois em nossas bocas e assim a mastigarmos e engolirmos. Isso deixou muito os alunos intrigados pois eles não viram o que era, contudo muito deduziram ser uva-passa
VI. Temas Interdisciplinares:
[editar | editar código-fonte]De acordo com esse módulo de práticas corporais, com diversos outros módulos, percebe-se uma grande relação com algumas aulas especificas do eixo como a dança, a ginastica. Onde aprendemos modelos de como reproduzir o corpo, bem como senti-lo, percebendo o que está em volta, ter a consciência de si e do movimento, espaço, amplitude, harmonia, buscando perceber outro horizonte do corpo. Já no módulo de práticas corporais, vemos mais ainda a concepção do corpo si, uma prática diferente de sentir o movimento, de conhecer o nosso corpo e saber do que ele é capaz. E vale ressaltar que o conceito anatômico nesta pratica é essencial para o desenvolvimento da mesma, lembrando a sua relação com o módulo de anatomia do eixo biológico presente em nossa matriz curricular.
VII. Fichamento de texto:
[editar | editar código-fonte]" Educação somática: limites e abrangências" (LIMA, 2010)
Educação somática -uma relação interna entre a consciência, o biológico e o meio ambiente, é o ser humano experimentado por ele mesmo em várias maneiras.
Terapia - Educação somática não é uma terapia, apesar de trazer benefícios não podemos o considerar. Pois não estabelece diagnostico e nem tratamento de uma doença seja ela em um plano físico, psicológico ou comportamental. Os professores de Educação somática respeita os limites de seus alunos não envolvendo investigações de tipo medico ou terapêutico.
Corpo - Nós agimos conforme nossa auto-imagem, a estrutura do nosso corpo determina nosso comportamento, nos mostra como funcionamos. E a educação somática propõe uma relação de si e aos outros, fazendo sentir o que fazemos, nos permite observar nossas ações sobre corpo. Um campo que nos permite uma preocupação e atenção ao corpo, sua forma de preparação é diferente como, seus fundamentos e suas metas e as metodologias.
Perguntas Sobre o Texto:
1- O que podemos considerar como uma técnica de educação somática?
2- Como nossa auto-imagem nos interfere no movimento?
VIII. Material relacionado:
[editar | editar código-fonte]https://www.youtube.com/watch?v=76bG8mt2_I0
Vídeo produzido pelo grupo, com o intuito das atividades serem mostradas além da forma escrita, mas também na forma visual, para que possam serem tiradas duvidas recorrente ao que foi dado em aula e ao mesmo tempo, para que possam através de algumas imagens perceberem como fica o seu corpo durante a execução dos movimentos.
IX. Relato de um aluno na aula
[editar | editar código-fonte]Relato feito pela aluna Iara Marqui através de áudio, ela diz:
Gostei de realizar essa pratica, pois havia apenas realizado a documentação do registro dessa aula então tive o contato apenas na teoria, quando pude realiza-la na pratica, vi a diferença no meu corpo em realizar a Yoga. E uma coisa interessante é que eu estava com cólica neste dia, com isso também veio o receio de não conseguir fazer a pratica, até que o professor falou "não ceda aos movimentos de cocegas, não ceda a tentação de se mexer em qualquer hipótese, deixe a tentação passar, apenas assista", e eu fiquei assistindo a minha cólica, até que ela passou, achei isso incrível!.
A educação somática realmente é para aprendemos fazendo, não tem como aprender só na teoria.
X. Conclusão:
[editar | editar código-fonte]Chegamos a conclusão de que o Yoga, a meditação e a respiração estão interligadas. Encontramos diferentes estilos de Yoga, que pode varias de professor para professor, em alguns estilos se coloca a meditação de curto momento, e sempre, a todo instante, é necessário manter a respiração nas posturas, sem prende-la ou desviar o foco.
E com a definição de educação somática descrita acima, entendemos que há uma relação entre o nosso corpo e a nossa mente sendo o Yoga, a meditação e a respiração uma das responsáveis para essa relação.
XI. Referências Bibliográficas:
[editar | editar código-fonte]LIMA, José Antonio de Oliveira. Educação somática: limites e abrangências. Pro-Posições, Campinas , v. 21, n. 2, p. 51-68, Aug. 2010.
BOLSANELLO, D. P. A educação somática e seus conceitos de descondicionamento gestual, autenticidade somática e tecnologia interna. Motrivivência. Rio Claro, v. XXIII, n. 36, Jun 2011.
XII. Crítica sobre a documentação da aula 6
[editar | editar código-fonte]A aula seis ficou bem elaborada com uma boa descrição das atividades propostas, assim como a descrição das atividades, ficou bem claro a sequencia no que foi realizado em sala. O vídeo realizado pelo grupo ficou ao mesmo tempo interessante e divertido, mostrando passo a passo além de quem estava presente, poder observar como estava sua postura, nem sempre estamos posturalmente do jeito que pensamos estar.
Apenas sobre o fichamento do texto, acreditamos que se houvesse perguntas para os alunos refletirem sobre o que foi dito no texto seria um complemento interessante.
Avaliação do Professor do Caderno Colaborativo Aula 4
[editar | editar código-fonte]NOTA 8,0
A avaliação do caderno será feita conforme os seguintes critérios e valores:
1) apresentar as leituras obrigatória e complementar em sala de aula, comentá-las e destacar os seus principais conceitos (1,5/2,0)
2) postar a leitura para a turma na wikiversidade e inserir perguntas e comentários pertinentes que a relacionam com as aulas (1,0/2,0)
3) registrar a aula daquele dia, utilizando-se recursos multimídia e postá-la na wikiversidade (2,0/2,0)
4) aprofundar pesquisa sobre o tema da aula e inserir links para publicações de slides, áudio, vídeo e redes sociais (1,5/2,0)
5) revisar a aula publicada pelo grupo anterior ao seu e fazer comentários (1,0/1,0)
6) cumprir o prazo de uma semana para realizar todas as etapas, ou seja, publicar tudo até a aula seguinte (1,0/1,0)
Comentários do professor:
Documentação da aula ok. Destaco o cuidado com a organização e a forma de apresentação da aula, bem como as fotografias e video, bem dimensionadas na página. Por outro lado, a descrição textual merece mais cuidado. Há vícios de linguagem oral como o uso de "onde", bem como o verbo "passar" atribuído à atitude do professor ao ensinar. Sugere-se, pois, uma revisão na linguagem. O texto foi apresentado razoavelmente bem, mas sua postagem merecia mais detalhamento e questionamentos, mostrando-se ainda superficial. A conclusão da aula também merece um aprofundamento e, talvez, uma ampliação de referências.