Sociedade e Tecnologias Digitais

Fonte: Wikiversidade
Fotomontagem digital produzida para o curso O Futuro da Informação

Sociedade e Tecnologias Digitais

estudos em cibercultura

Instâncias deste curso
  1. Sociedade e Tecnologias Digitais/2012
  2. Sociedade e Tecnologias Digitais/2014


Local[editar | editar código-fonte]

Disciplina eletiva do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo

Professor Responsável: Prof. Dr. Henrique Zoqui Martins Parra.

contato: henrique [arrob@] pimentalab.net

Período e Carga Horária[editar | editar código-fonte]

Local: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Campus Provisório: Av. Monteiro Lobato, 679, Guarulhos.

Quando: 2° semestre de 2014 (agosto a dezembro), às quartas-feiras.

Turma vespertino: 14:00 - 17:40hs

Turma noturno: 19:00 - 22:30hs

Carga horária total: 60 horas

Objetivos[editar | editar código-fonte]

Geral

  • Conhecer e investigar diferentes abordagens teóricas sobre relações sociais tecnicamente mediadas, em especial a emergência e difusão das tecnologias de informação e comunicação digital e sua relação com as transformações sociais, políticas e econômicas.

Específicos

  • Problematizar aspectos teóricos da relação entre tecnologia e sociedade, em especial a constituição sociopolítica dos aparatos técnicos.
  • Problematizar as transformações introduzidas pelas tecnologias digitais nas seguintes dimensões: interação social cibermediada; modos de subjetivação; produção, difusão e acesso ao conhecimento; trabalho e economia digital; política e poder.

Ementa[editar | editar código-fonte]

As tecnologias de informação e comunicação estão presentes em diversos domínios da vida social. Elas participam de profundas transformações nos modos de interação social, nas formas de produção e acesso ao conhecimento e aos bens culturais, nas relações de trabalho e nas atividades econômicas, nas formas de ação política e no exercício do poder. Analisá-las enquanto objeto sociotécnico, cuja constituição é influenciada pela dinâmica política, econômica e cultural, é fundamental para que possamos compreender a complexidade dos fenômenos sociais tecnicamente mediados. Para isso, examinaremos a relação tecnologia-sociedade em recortes específicos que evidenciam as transformações sociais em curso.

Conteúdo Programático e Temas[editar | editar código-fonte]

1.Desenvolvimento sócio-cultural das tecnologias de informação e comunicação;

2.Relações sociais cibermediadas: novas sociabilidades e modos de subjetivação;

3.Conhecimento na cibercultura; cultura livre; ciência cidadã; produção colaborativa; interfaces visuais e simulação;

4.Economia Digital: propriedade intelectual; trabalho imaterial e capitalismo.

5.Poder e política: sociedade de controle; ciberpolítica; tecnopolítica; ativismo e cultura hacker.


Metodologia de Ensino[editar | editar código-fonte]

Combinação de procedimentos expositivos e dialógicos. Os conteúdos teóricos e empíricos selecionados pela disciplina serão problematizados em sala de aula, por meio de atividades individuais e coletivas visando a coprodução de conhecimentos.

Avaliação[editar | editar código-fonte]

Produção colaborativa de materiais educacionais na plataforma wiki;

Realização de fichamentos e pesquisas temáticas;

Trabalho final em temas selecionados;

Uso das tecnologias de comunicação disponibilizadas para o curso;

Frequência (mínimo 75%).

Programa e Cronograma[editar | editar código-fonte]

O programa detalhado da edição 2012 da disciplina está disponível em Sociedade_e_Tecnologias_Digitais/2012.

O programa da edição 2014 estará disponível em: Sociedade_e_Tecnologias_Digitais/2014.

Referências[editar | editar código-fonte]

Bibliografia Básica


BENKLER, Yochai. A economia política do commons. In: SILVEIRA, Sérgio Amadeu et al (org.). A comunicação digital e a construção dos commons: redes virais, espectro aberto e as novas possibilidades de regulação. São Paulo: Editora Perseu Abramo, 2007.

CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro, J. Zahar Editor, 2003.

DELEUZE, Gilles. Post-Scriptum sobre Sociedade do Controle In: Conversações. São Paulo: Ed. 34, 2007.

FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.

GORZ, Andre. O imaterial: conhecimento, valor e capital. São Paulo: Annablume, 2005.

HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Império. São Paulo: Record, 2001.

HIMANEN, Pekka. A Ética Hacker e Espírito da Era da Informação, 2001.

LESSIG, Lawrence. Cultura livre: como a grande mídia usa a tecnologia e a lei para bloquear a cultura e controlar a criatividade. 2004. Disponível em: <http://free-culture.cc/ (inglês)> e <http://stoa.usp.br/oerworkshop/files/1333/7582/cultura_livre.zip (português)>. Acesso em: 21 de janeiro de 2009.

LÉVY, Pierre. O que é virtual? Rio de Janeiro, Editora 34, 1996.

MARCUSE, Herbert. Algumas implicações sociais da tecnologia moderna. In: KELLNER, Douglas (Org.). Tecnologia, guerra e fascismo. São Paulo: Ed. UNESP, 1999. p. 71-104.

MACHADO, Arlindo. O sujeito na tela: modos de enunciação no cinema e no ciberespaço. São Paulo: Paulus, 2007.

SANTOS, Laymert Garcia. Politizar as novas tecnologias: o impacto sócio-técnico da informação digital e genética. São Paulo: Ed. 34, 2003.

VIRILIO, Paul. Velocidade e política. São Paulo: Estação Liberdade, 1996. Primeira edição 1977.

Bibliografia Complementar

AFONSO, Carlos A.. Todos os datagramas são iguais perante a Rede!. 2007. Disponível em <http://www.cgi.br/publicacoes/artigos/artigo43.htm >. Acesso em: 19 de junho de 2008.

ARAÚJO, Bráulio Santos Rabelo de. O direito autoral, a economia colaborativa e as licenças autoriais. 2008. Disponível em: <http://www.direitoacomunicacao.org.br/novo/index.php? option=com_docman&task=doc_download&gid=405>. Acesso em: 18 de agosto de 2008.

ARQUILLA, John; RONFELDT, David. Networks and netwars: The future of terror, crime, and militancy. Rand Corporation. 2003. Disponível em: <http://www.rand.org/pubs/monograph_reports/MR1382/index.html> Acesso em: 25 de março de 2006.

BARLOW, John Perry. Declaração de Independência do Ciberespaço. 1996. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/ciber/textos/barlow.htm>. Acesso em: 19 de janeiro de 2007.

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1996.

BENKLER, Yochai. The Wealth of Networks – How Social Production Transforms Markets and Freedom. London: Yale University, 2006.

COUCHOT, Edmond. La technologie dans l'art: de la photographie à la réalité virtuelle. Nimes: Éditions Jacqueline Chambon, 1998.

COSTA, Rogério da. Inteligência coletiva: comunicação, capitalismo cognitivo e micropolítica. Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 37, p. 61-68, dez. 2008. _____ . A sociedade de controle. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 17, n. 3, p. 161-167, 2004.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Tradução Peter Pál Pelbart e Janice Caiafa. São Paulo: Ed. 34, 2005. v. 5. Primeira edição francesa 1980.

GALLOWAY, Alexander. Protocol: How control exists after decentralization. Cambridge: MIT Press, 2004.

GIBSON, William. Neuromancer. São Paulo: Aleph, 2003.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1993. GHOSH, Rishab Aiyer. CODE: Collaborative ownership and the digital economy. Cambridge: MIT Press, 2005.

HABERMAS, Jürgen. Técnica e ciência enquanto Ideologia. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1975. p. 303-333.

HUWS,Ursula. Expression and expropriation: The dialectics of autonomy and control in creative labour. Ephemera , theory & politics in organization . Volume 10(3/4): 504-521. Disponível: http://www.ephemeraweb.org/journal/10-3/10-3huws.pdf

KERCHHOVE, Derrick. A pele da cultura: investigando a nova realidade eletrônica. São Paulo: Annablume, 2009.

LEMOS, André. “Ciber-Socialidade. Tecnologia e Vida Social na Cultura Contemporânea”,FACOM, Salvador, 1999. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/txt_and3.htm. Acesso em 23/10/00.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro, Editora 34, 1999.

MANOVICH, Lev. Avant-garde as software. 1999. Disponível em: <http://www.manovich.net/docs/avantgarde_as_software.doc>. Acesso em: 12 de janeiro de 2005. _____.The labor of perception. 1995. Disponível em: <www.manovich.net/TEXT/labor.html>. Acesso em: 15 de janeiro de 2005.

MONTEIRO, Silvana Drummond. Aspectos filosóficos do virtual e as obras simbólicas no ciberespaço. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 33, n. 1, p. 108-116, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n1/v33n1a13.pdf>. Acesso em: 20 de julho de 2006.

MOULIER-BOUTANG, Y.. Riqueza, propiedade, libertad y rent em el “capitalismo cognitivo”. 2001. Disponível em: <http://multitudes.samizdat.net/article319.html>. Acesso em: 10 de janeiro de 2007.

OLIVEIRA, Francisco; RIZEK, Cibele. A Era da Indeterminação. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007. p. 221-256.

PELBART, Peter Pál. Vida capital: ensaios de biopolítica. São Paulo: Iluminuras, 2003.

RAMOS, Fernão Pessoa. Falacias e deslumbre face a imagem digital. Revista Imagens, Campinas, p. 28-33, 1994.

RANCIERE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. Tradução Mônica Costa Netto. São Paulo: Ed. 34/EXO, 2005.

RAYMOND, Eric. A catedral e o bazar, 1998. Disponível em: <http://www.catb.org/~esr/writings/cathedral-bazaar/>. Acesso em: 11 de março de 2009.

RHEINGOLD, Howard [1993]. The virtual community. Disponivel em: http://www.rheingold.com/vc/book Acesso em: 26/10/2006.

RIFKIN, Jeremy. A era do acesso. São Paulo: Pearson-Makron Books, 2001.

SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. A mobilização colaborativa e a teoria da propriedade do bem intangível. 2005. Tese (Doutorado em Ciência Política) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

UGARTE, David. O poder das redes. Manual ilustrado para pessoas, organizações e empresas, chamadas a praticar o ciberativismo. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. Disponível em: <http://deugarte.com>. Acesso em: 13 de março de 2009.

VIRILIO, Paul. A máquina de visão. Rio de Janeiro: José Olympio, 2002. Primeira edição 1988.

VIRNO, Paolo. A grammar of the multitude: For an analysis of contemporary forms of life. Semiotext(e). MIT Press, 2004. Disponível em: <www.semiotexte.org>. Acesso em: 25 de março de 2006.