Sociologia (RTVI)/2021/Trabalho semestral/Grupo 9

Fonte: Wikiversidade


Relato individual[editar | editar código-fonte]

Nesta seção, cada integrante do grupo deve expor em até cinco linhas o que realizou no trabalho. Isso deve ser feito por cada estudante individualmente, tomando cuidado para estar logado na Wikiversidade. Se não estiver logado, não conseguirei verificar a edição

  1. Bárbara Panni: A minha parte do trabalho da entrevista de sociologia foi organizar datas, funções, temas da entrevista e escrever e  revisar os textos feitos pelo grupo e pela Hylda. Cuidei de parte da entrega do trabalho na Wikipedia.
  2. Thiago Rigonato: A minha contribuição foi auxiliar na construção e revisão do texto feito pelo grupo, e realizar a inserção dos elementos do trabalho no site Wikiversity para a entrega.
  3. Julia Ruiz: Por ser parente da pessoa escolhida, eu realizei a entrevista e coletei as fotos e a autorização de imagem e som. Também escrevi e contribuí com o texto escrito pelo grupo.
  4. Luiza Guimarães Cláudio: Minha contribuição com o trabalho foi comparecer nas reuniões e decidir os temas e funções, edição de vídeo e áudio e conversão de formato de áudio.
  5. Eduardo Pimenta: Minha parte do trabalho foi participar de reuniões para definir temas e revisar os textos feitos pelo grupo.

Publicação de texto do grupo[editar | editar código-fonte]

Nesta seção, um integrante do grupo deve publicar o texto da história de vida recolhida pelo grupo, seguindo as instruções do trabalho. Esteja logado. Lembre-se: o texto deve ter 6.000 caracteres no máximo. Também dê acesso ao termo de cessão de direitos assinado, eventualmente carregado num drive.

Hylda Maria Ramos de Miranda nasceu em uma família humilde de São Paulo, mas foi criada com muito amor. Morava com seus pais, Arnaldo e Ida, e apesar de não ter irmãos, tinha grande proximidade com seu pai, suas avós e tias. Mas quando Arnaldo sofreu uma complicação da apendicite, eles tiveram que morar no porão da casa da Vó Ilda, mãe de Arnaldo, pois ele teve que ficar um tempo sem trabalhar e isso afetaria a renda da casa. Seu pai era alfaiate, “dos bons”, como ela diz, e com o tempo, depois que voltou a trabalhar, conseguiu atrair um bom número de clientes. Hylda lembra, também, que seus tios Altino e Iracema moravam junto de Vó Paulina, avó materna dela. Paulina tinha graves problemas de coração, então Hylda e seus pais foram morar com eles para que pudessem auxiliar nos cuidados da casa e da avó. Nessa casa, ela dormia no mesmo quarto que sua avó e lembra de se aproximar dela enquanto ela dormia para checar se Paulina ainda respirava, porque tinha medo da avó, extremamente querida por ela, morrer em silêncio, como ela lembra que o médico havia dito.

  Além disso, a vida escolar teve grande impacto na vida de Hylda, tanto por sempre ter amado estudar quanto por ter conhecido o homem de sua vida no colégio. Ela diz que tinha muita vontade de estudar no Campos Sales, colégio particular e caro, mas sua família não tinha condições de pagar. Como era estudiosa, quando as vagas para bolsistas foram abertas, ela passou em primeiro lugar na prova e começou a estudar na escola dos sonhos. Quando tinha aproximadamente 16 anos conheceu Carlos, que frequentava o mesmo colégio e com quem logo começou a namorar. Eles se casaram quando ela tinha 19 e estão juntos até hoje, ela com 79 e ele 80 anos de idade. As lembranças da época de estudante são contadas com muita alegria, relembrando os muitos laços que fez lá. Saiu da escola perto do segundo ano do ensino médio, porque precisava trabalhar para ajudar nas despesas da casa e, também, pois estava perto de se casar.

Logo no ínicio da sua vida de casada, Hylda teve sua primeira gravidez, mas infelizmente, com poucos meses de gestação, sofreu um aborto e perdeu o bebê. Com tristeza, mas também amor, ela lembra de o ter enterrado em uma caixinha de sapato. Sua avó, Paulina, faleceu no ano de seu casamento e, por isso, toda sua família foi de luto, alguns usavam preto para simbolizar o luto da família, inclusive na cerimônia de casamento. Após todos esses fatos, Hylda teve receio e medo de futuras gestações, mas felizmente, nunca mais teve problemas. Pouco tempo depois, engravidou de Álvaro, dois anos mais velho que Simone, dois anos mais velha que Carla, sete anos mais velha que Adriana, a caçula dos quatro irmãos.

Perto da sua terceira gravidez, o pai de Hylda sofreu um acidente grave. Ficou aproximadamente um mês em coma, o que foi muito difícil para ela, pois ela sempre conta como era apegada ao pai e que ele era uma pessoa muito trabalhadora e otimista e alto astral. Ela sempre fala de seu pai  com sentimentos de carinho, saudade e alegria.  Quando ele saiu do coma, ainda tinha muita luta pela frente. Sua recuperação foi lenta. Primeiro, reaprendeu a falar e, um tempo depois, começou a andar, ainda com dificuldade. Hylda diz que, como ainda era complicado para ele, ele andava como um robô, ela conta isso dando risada, porque lembra que sua tia Iracema tinha medo de Arnaldo andando assim. Com o tempo ele foi se recuperando, e conseguiu sair dessa situação sem nenhuma sequela. Outra memória sofrida está relacionada à diabetes do pai. Muito tempo depois do acidente, quando a filha caçula de Hylda já era adulta, uma ferida apareceu no pé de Arnaldo. Devido à complicações, ele precisou amputar o pé, e tempos depois, a perna. Ela conta isso com muita aflição, pois lembra de como a situação foi realmente desafiadora. Ela cuidava e fazia os curativos do pai, e sempre estava ao lado dele em momentos difíceis, como forma de demonstrar seu afeto.

Outra memória de Hylda é da Tia Irma, ela fala dela com adoração e nostalgia, dizia que ela era muito doce, bondosa e bonita. Assim como grande parte da família materna de Hylda, Irma tinha problemas cardíacos, e os dela eram muito graves. Ela acompanhava a tia em todas as consultas e nas três cirurgias que a tia fez, porém, infelizmente, na sua última cirurgia, ela faleceu, situação que abalou demais Hylda.

 Hoje em dia, ela cuida da sua mãe, que tem 101 anos e é acamada. Hylda tem muitas memórias e nostalgias felizes e sofridas em sua vida. Sendo assim, é possível perceber que ela sempre quis apoiar e estar ao lado daqueles que estavam passando por dificuldades, ela sempre foi um grande apoio e peça fundamental na vida de todos os seus familiares. Otimista, como seu pai, ela passou por todos os momentos difíceis com leveza, e faz isso até hoje. Esperamos que possamos aprender com ela, já que Hylda mostrou ser um símbolo de resiliência e amorosidade com os demais.

Publicação de texto da pessoa entrevistada[editar | editar código-fonte]

Nesta seção, um integrante do grupo deve publicar o texto redigido pela pessoa entrevistada, seguindo as instruções do trabalho. Esteja logado.

Uma época marcante na minha vida foi quando meu pai sofreu um desastre e ficou em coma por mias de um mês. Sempre fui muito grudada nele, então foi muito difícil para mim. Porém, graças a Deus ele foi melhorando, mesmo que muito lentamente. Todo o tempo fiquei com ele, cuidando e esperando ele melhorar. Devagar, ele começou a falar e interagir comigo e minha família de novo.

Com o tempo, além de se comunicar, começou a conseguir andar, também. Lembro que no começo ele andava como um robozinho. Assim, lentamente, ele voltou ao normal e se recuperou totalmente para a nossa felicidade.

Carregamento de áudio de entrevista[editar | editar código-fonte]

Para esta etapa, vocês precisarão carregar o áudio no Wikimedia Commons e publicá-lo aqui na Wikiversidade. Necessariamente o arquivo de vocês deverá estar num formato livre, por exemplo o mp3. Os vídeos abaixo servem de instrução para carregar e usar os áudios (os vídeos foram feitos para imagens, mas é o mesmo procedimento para áudios). Façam esta etapa seguindo as instruções do trabalho. Esteja logado.


Áudio Hylda Entrevista

Selfie da pessoa entrevistada[editar | editar código-fonte]

Nesta seção, um integrante do grupo deve publicar o link para uma selfie da pessoa entrevistada, seguindo as instruções do trabalho. Pode ser o link de um drive com a imagem. Esteja logado.

Opcional: fotografia da pessoa entrevistada[editar | editar código-fonte]

Nesta seção, um integrante do grupo pode eventualmente publicar o link para uma selfie da pessoa entrevistada, seguindo as instruções do trabalho. Pode ser o link de um drive com a imagem. Esteja logado.