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Fonte: Wikiversidade

Essa página é o portfólio da Disciplina: Educação Aberta: Práticas, Tecnologias e Políticas, do Professor Tel Amiel, do Mestrado Profissional da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília - UnB.

Aqui serão colocadas reflexões das aulas a partir do material e discussão realizada com os colegas.

Direito autoral, licenças livres e educação[editar | editar código-fonte]

"Ao ler os textos abaixo, busque compreender o conceito (e os problemas) com as exceções e limitações na Lei de Direito Autoral (LDA) e como a interpretação avançou bastante nos últimos anos; bem como as licenças abertas (como Creative Commons) se encaixam na LDA (e não são algo ‘contra’ o direito autoral)."

  • Allan Rocha de Souza e Daniel de Paula Pereira. Interseções entre educação e direitos autorais
  • Eduardo Magrani. Exceções e limitações no direito autoral brasileiro: Críticas à restritividade da lei brasileira, historicidade e possíveis soluçõe

Código aberto e o software livre[editar | editar código-fonte]

A partir do texto de Silveira, Sergio Amadeu, "Software livre: A luta pela liberdade do conhecimento", ampliamos o Resumo coletivo feito por alunos da Pedagogia. Educação Aberta/Software livre a luta pela liberdade do conhecimento, com a divisão dos capítulos.

Tivemos a Dra. Flavia Arantes, coordenador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação/UNICAMP, onde apresentou os benefícios de trabalhar com a lógica do software livre na educação, na perspectiva de quem usa, e produz. A professora nos trouxe informações sobre as 4 liberdades que caracterizam o software livre: USO, CÓPIA, MODIFICIAÇÃO e REDISTRIBUIÇÃO. Também nos apresentou o Projeto EDUCA OFF-LINE que está desenvolvendo na UNICAMP.

Após explanação, ficou claro de que as tecnologias são essenciais para a prática pedagógica. Um caminho sem volta após a pandemia. Resta-nos discutir, escolher e definir a melhor forma de utilizá-las dentro do contexto da educação brasileira.

Acesso aberto e ciência aberta[editar | editar código-fonte]

Em seu artigo Albagli, S., Clinio, A., & Raychtock, S. (2014)[1]. "Ciência Aberta: correntes interpretativas e tipos de ação", as pesquisadoras trazem, de uma forma clara e concisa conceitos da Ciência Aberta, “que engloba diferentes significados, tipos de práticas e iniciativas” e abrange vários setores, como a disponibilização gratuita dos resultados da pesquisa, a valorização e a participação direta de leigos no fazer ciência.

Para a Open Knowledge, organização sem fins lucrativos, fundada em 2004 no Reino Unido, “o conhecimento científico deve ser livre para as pessoas usarem, reutilizarem e distribuírem sem restrições legais, tecnológicas ou sociais.”


Um guia denominado “Science as open enterprise”, lançado em 2012, pela Royal Society destaca seis áreas-chave de ação:

  1. Cientistas precisam ser mais abertos entre eles mesmos e com o público e a mídia
  2. Deve ser atribuído maior reconhecimento ao valor do levantamento, análise e comunicação de dados;
  3. Padrões comuns para compartilhamento de informações são requeridos para torná-las mais amplamente utilizáveis
  4. Publicar dados de modo reutilizável para apoiar descobertas deve ser mandatório;
  5. Mais especialistas em gerenciar e apoiar o uso de dados digitais são necessários;
  6. Novas ferramentas de software precisam ser desenvolvidas para analisar a crescente quantidade de dados sendo levantados.

Em defesa da ciência aberta, defende-se que compartilhar informações agiliza e amplia os avanços da ciência, “evitando trabalho redundante, facilitando a reprodutibilidade dos experimentos e, ainda, contribuindo para que pessoas com motivações e interesses semelhantes, mas separadas pela distância geográfica, reúnam-se em torno de projetos comuns”.

Fecher e Friesike (2013) identificam linhas ou escolas de pensamento sobre ciência aberta:

a)      escola pública (public school): demanda por pesquisas científicas que incluam e se comuniquem com um público mais amplo do que os Chamados especialistas.

b)      escola democrática (democratic school): considera o acesso ao conhecimento um direito humano, condição que se torna ainda mais desejável quando a pesquisa científica conta com financiamento público.

c)      escola pragmática (pragmatic school): vislumbra que o processo científico pode ser otimizado pela incorporação do conhecimento externo e a colaboração através de ferramentas online.

d)      escola da infraestrutura (insfrastructure school): foca nas possibilidades e nos desafios tecnológicos, especialmente os de infraestrutura, necessários às práticas emergentes da ciência aberta.

e)      escola das métricas (measurement school): busca criar novos modos de mensurar a produção científica, uma vez que esta tende a migrar para ambientes online e adotar novos formatos de publicação.


A seguir, são apresentados os principais tipos de iniciativas:

·        Acesso aberto a publicações científicas (Open Access): mobiliza esforços para disponibilizar ampla e gratuitamente a literatura científica.

·        Educação aberta e recursos educacionais abertos: associada aos recursos educacionais abertos (REA), ou seja, a elaboração e disponibilização de materiais educativos.

·        Dados científicos abertos (scientific open data): trata-se da publicização de dados primários de uma pesquisa, considerada uma ação fundamental para sua reprodutibilidade e reutilização em pesquisas derivadas ou não.

·        Ferramentas e materiais científicos abertos: inclui o desenvolvimento de software, hardware, insumos, padrões, metodologias e instrumentos de pesquisa, como recurso comum.

·        Ciência cidadã (Citizen Science): busca de contribuições de variados tipos junto a não-cientistas para esforços de pesquisa, como iniciativas voltadas para ampliar a participação social nos rumos da ciência.

·        Cadernos de pesquisa abertos (Open Notebook Science): disponibiliza online todos os registros individuais de um pesquisador ou de um conjunto de cientistas de um laboratório, em tempo real, com licenças livres, que permitem a redistribuição e a reutilização do seu conteúdo por qualquer pessoa.

As pesquisadoras finalizam o artigo trazendo a discussão sobre as mudanças necessárias na prática da atividade científica, refletindo que o que se evidencia como questão são as relações entre o saber e o poder dentro da nossa sociedade.

Hipertexto, remix, reuso e autoria[editar | editar código-fonte]

O texto de Calvino nos remete à pluralidade de interpretações que objetos, fatos e acontecimentos podem suscitar em cada pessoa. De acordo com a sua experiência de vida, seus traumas e aprendizados, suas conquistas e alegrias.


Cada pessoa carrega em si a singularidade que faz com que a diversidade seja a forma mais rica de se perceber o diferente e o similar simultaneamente. Quase sempre cada um tem um ponto de vista sobre um mesmo assunto.


Como nos lembra a música de Almir Sater: “Tocando em frente”, na qual destaco os versos:


...Cada um de nós compõe a sua história,

Cada ser em si carrega o dom de ser capaz

E ser feliz.

https://www.youtube.com/watch?v=SWtjTkixv5M


O que faz sentido para um como objetivo de vida, para outra pessoa já não tem valor. O que incomoda e entristece alguns, pouco importa para outros. Alguns fatos vivenciados por algumas pessoas, são vividas, sentidas e ressignificadas totalmente diferente para outras. O texto de Villa-Forte mostra como a percepção de cada um pode ser visto nos diversos tipos de produções. Traz, a partir do conceito do químico Antoine Lavoisier:

O texto de Villa-Forte mostra como a percepção de cada um pode ser visto nos diversos tipos de produções. Traz, a partir do conceito do químico Antoine Lavoisier:

"Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, uma reflexão sobre a não originalidade de tudo o que é produzido, em diversas áreas, inclusive a cultura. A cultura remix, mostra que a reciclagem, o reaproveitamento, a transfiguração faz parte de todo o produto final que conhecemos. Tudo é criado a partir de uma reproposição ou reenquadramento através da seleção, edição e recontextualização.

A cultura remix, mostra que a reciclagem, o reaproveitamento, a transfiguração faz parte de todo o produto final que conhecemos. Tudo é criado a partir de uma reproposição ou reenquadramento através da seleção, edição e recontextualização.

Hoje, com as possibilidades da computação e da comunicação rápida com o uso da internet e redes sociais, há uma variedade de produtos criados a partir de outros, de pessoas que não se prendem à necessidade da autoria. Produzem pelo prazer de produzir.

A pesquisa é um copiar e colar autorizado, desde que citadas as fontes e os créditos. O acervo se torna parte de um todo com o objetivo de replicar o que já foi feito, com um novo olhar. Ou não...

  1. Albagli, S., Clinio, A., & Raychtock, S. (2014). Ciência Aberta: correntes interpretativas e tipos de ação │ Open Science: interpretive trends and types of action. Liinc Em Revista, 10(2). https://doi.org/10.18617/liinc.v10i2.749