Utilizador Discussão:Sidney Soares Filho
Adicionar tópicoArtigo 1: Formação de professores e educação de surdos: revisão sistemática de teses e dissertações.
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- Título completo: Formação de professores e educação de surdos: revisão sistemática de teses e dissertações.
- Autores: Melaine Duarte Ribeiro Muttão e Ana Claudia Balieiro Lodi.
- Ano de publicação: 2018.
- Fonte: Psicologia Escolar e Educacional, SP. Número Especial, 2018: 49-56.
- DOI: https://doi.org/10.1590/2175-3539/2018/044
O artigo "Formação de professores e educação de surdos: revisão sistemática de teses e dissertações", de autoria de Melaine Duarte Ribeiro Muttão e Ana Claudia Balieiro Lodi, publicado em 2018 na revista Psicologia Escolar e Educacional, tem como objetivo central compreender como a formação de professores para a educação de surdos foi discutida em teses e dissertações no período de 1995 a 2014. A pesquisa revisa a literatura produzida em programas de pós-graduação com conceito igual ou superior a cinco pela CAPES, focando nos desafios e nas lacunas dessa formação. Através desse estudo, as autoras buscam avaliar se a formação dos professores abrange de maneira adequada as especificidades da educação de surdos, essencialmente no contexto da inclusão no ensino regular.
A metodologia utilizada no estudo foi a Revisão Sistemática da Literatura, com a coleta de dados realizada por meio de buscas online em bibliotecas de universidades com programas de pós-graduação avaliados pela CAPES. A amostra incluiu 35 pesquisas (19 dissertações e 16 teses) publicadas entre 2009 e 2014, todas relacionadas à formação de professores para a educação de surdos. O processo de análise incluiu a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, visando selecionar trabalhos que abordassem diretamente o tema em questão. Dessa forma, os dados foram extraídos e analisados para gerar um panorama sobre as abordagens de formação para a educação de surdos.
Os resultados principais apontam para uma deficiência na formação inicial dos professores, que não contempla adequadamente as especificidades pedagógicas relativas à educação de surdos. O ensino de Libras, por exemplo, é frequentemente restrito a uma disciplina isolada, o que não supre a demanda por uma formação mais ampla e integrada sobre as necessidades educacionais dessa população. Em função disso, muitos professores buscam, por conta própria, formação continuada para suprir essas lacunas. Além disso, o estudo revela que a formação continuada também carece de uma estrutura que permita um desenvolvimento adequado das habilidades pedagógicas necessárias para lidar com alunos surdos.
As conclusões do artigo refletem a interpretação das autoras de que a formação inicial dos professores é insuficiente para preparar os docentes para atenderem adequadamente à diversidade linguística e cultural dos surdos. O ensino da Libras, muitas vezes tratado como uma ferramenta instrumental, não é suficiente para garantir uma educação bilíngue adequada, que contemple as especificidades desses alunos. Essa realidade exige que os professores busquem uma formação continuada, que, mesmo assim, nem sempre aborda de maneira plena as demandas pedagógicas necessárias.
Uma das limitações do estudo está relacionada à seleção de teses e dissertações de programas de pós-graduação com conceito CAPES superior a cinco, o que pode restringir a diversidade das perspectivas analisadas. Esse fator pode ter influenciado os resultados, já que programas com avaliação inferior podem conter contribuições relevantes, mas não foram incluídos na pesquisa. Outro ponto a ser considerado é o foco no ensino de Libras, o que, por vezes, resulta em uma visão reducionista da formação necessária para atender aos alunos surdos.
Por fim, o artigo traz importantes contribuições ao tema da formação de professores para a educação de surdos, destacando a necessidade de políticas educacionais que incluam uma formação mais robusta e abrangente. O estudo relaciona-se com outros trabalhos da área que criticam a fragmentação e superficialidade da formação de professores para a educação inclusiva, principalmente no que se refere às práticas pedagógicas bilíngues. Assim, a pesquisa reforça a urgência de se discutir e implementar melhorias na formação docente para garantir uma educação inclusiva de qualidade, respeitando a diversidade linguística e cultural dos alunos surdos. Sidney Soares Filho (discussão) 12h38min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
- A partir da leitura do resumo do referido artigo podemos identificar novas possíveis questões de pesquisas, bem como alertas aos docentes formadores na construção dos currículos da formação inicial de professsores, ao destacar que o ensino de Libras tem sido efetuado de forma instrumental e descontextualizado da cultura da comunidade surda.
- Agradeço pela partilha, pois o artigo é um convite aos interessados na construção de uma educação inclusiva para todos e todas, em especial, na educação dos surdos. 2804:248:F8DD:F600:AD91:DAE7:9309:F428 19h32min de 16 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 2: Revisão sistemática sobre letramento digital na formação de professores
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Título: Revisão Sistemática sobre Letramento Digital na Formação de Professores
Autores: Késsia Mileny de Paulo Moura
Ano de Publicação: 2019
Fonte: Texto Livre: Linguagem e Tecnologia, Belo Horizonte, v. 12, n. 3, p. 128-143, set.-dez. 2019.
DOI: 10.17851/1983-3652.12.3.128-143
O artigo analisado é intitulado "Revisão Sistemática sobre Letramento Digital na Formação de Professores", de Késsia Mileny de Paulo Moura, publicado na Revista Texto Livre. Esse artigo busca identificar e analisar produções científicas brasileiras, especificamente teses e dissertações, que tratam do letramento digital na formação de professores entre os anos de 2010 e 2018.
O objetivo do estudo é mapear e discutir as perspectivas de letramento digital adotadas nessas produções científicas, além de examinar os métodos e resultados observados nos processos de formação de professores em relação ao uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC).
A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática da literatura, com auxílio do software Parsifal, que facilitou a seleção e análise dos trabalhos científicos. Os dados foram coletados na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), com descritores relacionados ao letramento digital e à formação de professores. Após o filtro, foram analisados 37 trabalhos, sendo 24 dissertações e 13 teses.
Os principais resultados indicam que as tecnologias digitais estão sendo incorporadas nos processos formativos dos professores, tanto na formação inicial quanto continuada. No entanto, embora haja progresso no uso das TDIC, as possibilidades de sua plena utilização ainda são muitas. Em termos de formação, os cursos de Letras predominam nos estudos analisados, o que sugere que os profissionais da área de linguagem estão mais envolvidos com a questão do letramento digital, enquanto a área de Pedagogia apresenta lacunas nesse aspecto.
O estudo destaca que, para a formação de professores, é necessário ir além do domínio técnico das tecnologias, incorporando práticas reflexivas que integrem essas tecnologias às dinâmicas pedagógicas de maneira crítica e funcional. Essa abordagem busca atender às novas demandas cognitivas e sociais geradas pela inclusão digital.
As principais limitações incluem a restrição da pesquisa à produção científica brasileira e a delimitação temporal, o que pode não refletir plenamente o cenário internacional ou as mudanças mais recentes.
Em termos de relevância, o artigo fornece uma visão abrangente sobre o estado atual do letramento digital na formação de professores no Brasil, apontando caminhos para futuros estudos e sugerindo que os cursos de formação considerem de maneira mais profunda as necessidades de inclusão digital no ensino. Sidney Soares Filho (discussão) 12h49min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 3: Desenvolvimento profissional de professores: um quadro teórico
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Título: Desenvolvimento profissional de professores: um quadro teórico
Autores: Adriana Richit
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Research, Society and Development, v. 10, n. 14, e342101422247, 2021
DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22247
O artigo intitulado “Desenvolvimento profissional de professores: um quadro teórico” tem como propósito central a sistematização e discussão das principais categorias teóricas relacionadas ao desenvolvimento profissional docente, com foco na formação e aperfeiçoamento dos professores ao longo da carreira. O objetivo principal é evidenciar as dimensões que permeiam esse desenvolvimento, sustentado pela literatura internacional sobre o tema. O estudo utilizou uma revisão sistemática de literatura, selecionando autores com destaque no Google Acadêmico e um índice h superior a 20 no Scopus.
A metodologia é qualitativa, baseada em revisão de literatura e análise de conteúdo. O corpus foi delimitado pela identificação dos autores mais citados em relação ao desenvolvimento profissional docente. Foram analisadas obras de estudiosos de relevância internacional, como Shulman, Darling-Hammond, Fullan, Guskey, entre outros, cujos trabalhos formam o embasamento teórico deste estudo.
Os resultados destacam cinco categorias principais que sustentam o desenvolvimento profissional de professores: (1) Conhecimento profissional, que inclui o domínio do conteúdo a ser ensinado e a relação deste com a prática pedagógica; (2) Aprendizagens profissionais, que ocorrem durante a carreira, tanto em contextos formais quanto informais, e que estão diretamente ligadas à melhoria do ensino e do aprendizado; (3) Cultura profissional, relacionada aos valores, hábitos e práticas que são construídos e compartilhados entre professores; (4) Dimensão ética da docência, que envolve o compromisso dos professores com a superação das desigualdades educacionais e sociais; (5) Mudanças na prática, que representam a adaptação e crítica contínua das práticas pedagógicas.
A conclusão do estudo aponta que o desenvolvimento profissional docente é um processo contínuo e dinâmico, que envolve a reflexão sobre a prática e a articulação entre teoria e prática. As aprendizagens profissionais são essenciais para a melhoria do ensino e dos resultados de aprendizagem dos alunos, sendo a colaboração entre os professores um elemento chave para esse processo. Os autores reconhecem a importância de se considerar a ética e a cultura profissional no desenvolvimento docente, destacando que o apoio entre os pares pode promover mudanças significativas na prática educacional.
Entre as limitações do estudo, os autores mencionam a seleção restrita de autores baseada em métricas de citação, o que pode ter limitado a diversidade de perspectivas sobre o tema. A relevância deste estudo reside na sua contribuição para o entendimento das múltiplas dimensões que sustentam o desenvolvimento profissional docente, servindo como base teórica para futuras pesquisas e políticas de formação continuada. Sidney Soares Filho (discussão) 12h50min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 4: Estratégias de regulação emocional de estudantes universitários: uma revisão
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Título: Estratégias de regulação emocional de estudantes universitários: uma revisão sistemática da literatura
Autores: Sofia Pellisson, Evely Boruchovitch
Ano de Publicação: 2022
Fonte: Educação & Formação, Fortaleza, v. 7, n. 1, e7152, jan./abr. 2022
DOI: https://doi.org/10.25053/redufor.v7i1.7152
O artigo intitulado "Estratégias de Regulação Emocional de Estudantes Universitários: Uma Revisão Sistemática da Literatura" de Sofia Pellisson e Evely Boruchovitch, publicado na Educação & Formação, apresenta uma revisão sistemática das estratégias de regulação emocional usadas por estudantes universitários, especialmente em cursos de formação de professores. O objetivo principal do estudo foi investigar o estado do conhecimento sobre o uso de estratégias de regulação emocional por esses estudantes, considerando produções científicas publicadas entre 2015 e 2020.
A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática, seguindo as diretrizes do modelo Prisma. As bases de dados APA, BVS-Psi, ERIC, SciELO, Science Direct, Scopus e Redalyc foram consultadas, utilizando termos em português e inglês, como "autorregulação emocional" e "emotion regulation strategies". Após a aplicação de critérios de inclusão, como a análise de artigos descritivo-correlacionais sobre o uso de estratégias de regulação emocional, foram selecionados cinco estudos. Esses estudos abrangem públicos de diferentes nacionalidades, com amostras compostas por estudantes universitários e de cursos de formação de professores.
Os resultados indicaram que os estudantes relataram utilizar uma variedade de estratégias de regulação emocional, como a reavaliação positiva e a supressão expressiva. A reavaliação cognitiva foi associada a um bem-estar psicológico elevado, enquanto a supressão expressiva foi ligada a maiores níveis de afeto negativo. Os estudos destacaram a importância de ampliar a investigação no contexto nacional, já que nenhum dos trabalhos encontrados era de origem brasileira. Além disso, a revisão revelou que a maior parte das pesquisas focava em variáveis como o bem-estar psicológico e a autoeficácia, apontando a necessidade de explorar outras variáveis demográficas e psicossociais.
Em termos de conclusões, os autores sugerem que há uma lacuna significativa de estudos sobre a regulação emocional de estudantes de cursos de formação de professores no Brasil. Eles também recomendam que futuras pesquisas incluam intervenções educacionais voltadas para o ensino de estratégias de regulação emocional, visando promover o bem-estar e o sucesso acadêmico desses estudantes. Os autores reconhecem algumas limitações no estudo, como o recorte temporal restrito e a exclusão de outras bases de dados relevantes.
Este artigo contribui para a revisão ao evidenciar a relevância das estratégias de regulação emocional no contexto educacional, sugerindo que estudantes universitários e futuros professores que dominam essas estratégias podem melhorar seu desempenho acadêmico e lidar melhor com as emoções nas salas de aula. Sidney Soares Filho (discussão) 12h51min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 5: Uma revisão sistemática sobre a aprendizagem baseada em problemas no ensino de Ciências
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Título: Uma revisão sistemática sobre a aprendizagem baseada em problemas no ensino de Ciências
Autores: Judimar Teixeira da Silva, Ivoneide Mendes da Silva
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Pesquisa e Ensino, Barreiras (BA), Brasil, v. 1, e202021, p. 1-29, 2020
DOI: 10.37853/pqe.e202021
O artigo intitulado "Uma revisão sistemática sobre a aprendizagem baseada em problemas no ensino de Ciências" de Judimar Teixeira da Silva e Ivoneide Mendes da Silva, publicado na Pesquisa e Ensino, propõe uma análise da aplicação da metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) no ensino de Ciências, em especial na educação básica. O objetivo principal foi construir uma revisão sistemática para identificar o estado da arte do uso da metodologia PBL no processo de ensino e aprendizagem, destacando suas potencialidades e desafios. A revisão abrange o período de 2008 a 2018, analisando artigos científicos, teses e dissertações publicadas em eventos e revistas acadêmicas.
A metodologia adotada pelos autores foi uma revisão sistemática, dividida em três etapas: a busca eletrônica de artigos em bases de dados e eventos da área de educação, a seleção e identificação dos artigos elegíveis e, por fim, a extração dos dados relevantes para análise. Foram utilizados termos como "Problem Based Learning" e "Aprendizagem baseada em problemas" nas buscas. No total, 32 produções acadêmicas foram analisadas, sendo 12 artigos de eventos, 16 dissertações, 1 tese e 3 artigos de revistas. Os critérios de seleção incluíram a relevância dos trabalhos para a educação básica e sua aplicabilidade ao ensino de Ciências.
Os resultados destacam o potencial da metodologia PBL para a construção de conceitos científicos, sendo especialmente eficaz para motivar os estudantes e desenvolver habilidades cognitivas e colaborativas. Contudo, os autores identificam que, quando aplicada à formação de professores, a PBL ainda é majoritariamente utilizada em cursos de curta duração nas universidades. Além disso, a aplicação da PBL na educação básica ainda é incipiente no Brasil, sendo a educação superior o principal foco das pesquisas.
As conclusões sugerem que a PBL é uma metodologia promissora para o ensino de Ciências, com potencial para transformar o paradigma tradicional de ensino e fomentar uma aprendizagem mais ativa e significativa. No entanto, os autores destacam a necessidade de mais pesquisas e práticas pedagógicas que incorporem a PBL de forma sistemática no currículo das escolas de educação básica. Além disso, reforçam a importância da formação continuada dos professores para que possam aplicar a metodologia de maneira eficaz. A revisão revela ainda que a infraestrutura escolar e a formação docente são alguns dos principais desafios para a implementação ampla da PBL nas escolas brasileiras.
Entre as limitações do estudo, os autores apontam a predominância de artigos voltados para a educação superior, o que limita a compreensão da aplicação da PBL na educação básica. Além disso, a revisão identificou poucas produções acadêmicas focadas na formação de professores para a aplicação da PBL, indicando a necessidade de mais estudos nesse campo. A pesquisa contribui para o campo da educação ao mapear as tendências e desafios do uso da PBL no ensino de Ciências, abrindo caminhos para novas investigações sobre a implementação dessa metodologia nas escolas. Sidney Soares Filho (discussão) 12h51min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 6: Saberes docentes em estudos acadêmicos relacionados à história da matemática nos últimos cinco anos
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Título: Saberes docentes em estudos acadêmicos relacionados à história da matemática nos últimos cinco anos
Autores: Ana Carolina Costa Pereira, Verusca Batista Alves, Antonia Naiara de Sousa Batista, Francisco Wagner Soares Oliveira
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Research, Society and Development, v. 9, n. 3, e104932429, 2020
DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2429
O artigo intitulado "Saberes docentes em estudos acadêmicos relacionados à história da matemática nos últimos cinco anos" (Ana Carolina Costa Pereira, Verusca Batista Alves, Antonia Naiara de Sousa Batista, Francisco Wagner Soares Oliveira, 2020), publicado na Research, Society and Development, aborda o papel da história da matemática na formação de professores e investiga como esse tema foi tratado em pesquisas acadêmicas nos últimos cinco anos. O estudo foca em como os saberes docentes são articulados com a história da matemática na formação de professores de matemática, destacando a relevância da teoria na prática pedagógica.
O objetivo principal do estudo foi realizar uma revisão sistemática de pesquisas acadêmicas que abordam a formação de professores, vinculando-a à história da matemática, com base nos saberes docentes propostos por teóricos como Shulman e Tardif. A hipótese inicial propõe que a história da matemática, quando aliada aos saberes docentes, pode enriquecer a formação de professores e a prática pedagógica no ensino de matemática.
A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática de literatura. Foram analisadas 21 dissertações e teses que tratavam sobre a relação entre a formação de professores e a história da matemática, defendidas entre 2015 e 2019. A coleta de dados foi feita por meio de buscas na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), utilizando as palavras-chave “formação de professores” e “história da matemática”. Foram analisados tanto os resumos e palavras-chave quanto o conteúdo integral dos trabalhos selecionados. Como instrumentos de análise, foram utilizadas as teorias de saberes docentes propostas por Shulman e Tardif.
Os resultados indicam que, apesar de a história da matemática ser reconhecida como um recurso valioso na formação de professores, há uma lacuna no uso efetivo dos saberes docentes nessas pesquisas. A maioria dos estudos revisados menciona a importância de se conhecer o conteúdo histórico e matemático, mas poucos fazem uma articulação profunda entre esse conhecimento e os saberes necessários à prática docente. Os resultados também mostram que, embora o interesse pela história da matemática tenha aumentado, há poucas pesquisas que utilizam essa perspectiva como parte fundamental na formação inicial de professores.
Em conclusão, o artigo aponta que a história da matemática tem grande potencial para enriquecer a formação docente, especialmente ao permitir que os professores compreendam melhor o conteúdo que ensinam. No entanto, os autores sugerem que é necessário integrar de forma mais sistemática os saberes docentes com o estudo da história da matemática nos currículos de formação de professores. Eles também recomendam que futuras pesquisas aprofundem essa articulação, proporcionando uma formação mais completa e reflexiva para os professores.
As limitações do estudo incluem a dificuldade de acesso a algumas dissertações e teses, além da concentração de trabalhos em um número restrito de universidades. A pesquisa também aponta para a necessidade de mais estudos empíricos que explorem como a história da matemática pode ser aplicada na prática pedagógica diária dos professores.
A relevância do estudo está em sua contribuição para o campo da formação de professores, ao destacar a importância da história da matemática como uma ferramenta para melhorar a prática pedagógica. O artigo sugere que uma abordagem mais integrada entre teoria e prática, incluindo a aplicação dos saberes docentes, pode resultar em uma formação mais robusta e eficaz para os futuros professores de matemática. Sidney Soares Filho (discussão) 12h51min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 7: Robótica Educacional e Formação de Professores: uma Revisão Sistemática da Literatura
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Título: Robótica Educacional e Formação de Professores: uma Revisão Sistemática da Literatura
Autores: João Joaquim de Freitas Neto, Silvia de Castro Bertagnolli
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Revista Novas Tecnologias na Educação, CINTED-UFRGS, v. 19, n. 1, julho, 2021
DOI: https://doi.org/10.22456/1679-1916.118532
O artigo intitulado "Robótica Educacional e Formação de Professores: uma Revisão Sistemática da Literatura", escrito por João Joaquim de Freitas Neto e Silvia de Castro Bertagnolli, foi publicado na Revista Novas Tecnologias na Educação e tem como objetivo analisar a formação de professores para o uso da Robótica Educacional (RE) nas escolas. A robótica educacional é apresentada como uma ferramenta pedagógica que pode desenvolver diversas habilidades, como o pensamento computacional, além de ser uma ponte entre os estudantes e o mundo tecnológico. No entanto, para que isso ocorra, é necessário que os professores estejam devidamente qualificados.
A metodologia utilizada no estudo foi uma revisão sistemática de literatura, que examina publicações relacionadas à formação docente para o uso da RE. Foram selecionados repositórios brasileiros e internacionais, nos quais as palavras-chave “formação docente”, “robótica educacional” e similares foram utilizadas para a coleta de dados. O período delimitado para a pesquisa compreendeu de 2016 a 2021, e os estudos foram triados em várias etapas para garantir a relevância ao tema proposto. Ao final, foram selecionados 10 estudos que serviram como base para a análise.
Entre os principais resultados, o artigo destaca a escassez de trabalhos que abordam o uso de kits de robótica livre e estratégias de baixo custo para implementação de RE nas escolas, principalmente em instituições públicas. A maioria dos estudos encontrados utiliza kits proprietários, como LEGO Mindstorms, que são ferramentas eficazes, mas podem limitar o processo criativo dos alunos por serem pré-montados. O estudo também ressalta a necessidade de incorporar a robótica educacional no currículo escolar, para que seja amplamente utilizada em diferentes níveis de ensino, especialmente no ensino fundamental. Outro resultado importante é a falta de formação continuada para os professores que utilizam RE, o que compromete a eficácia dessa tecnologia em sala de aula.
As conclusões do estudo indicam que, embora a robótica educacional seja uma ferramenta promissora para a educação, a formação dos professores é um ponto essencial que ainda precisa ser melhorado. Os autores sugerem que, para que a RE seja efetivamente integrada ao ensino, é necessário desenvolver mais pesquisas e oferecer mais oportunidades de formação continuada, com enfoque em estratégias acessíveis, como o uso de kits open-source e outras tecnologias de baixo custo.
Entre as limitações do estudo, os autores destacam a dificuldade de acessar publicações internacionais devido a restrições de acesso a alguns repositórios, o que pode ter limitado a abrangência da pesquisa. Outro ponto mencionado foi a predominância de kits proprietários nas práticas pedagógicas analisadas, o que sugere a necessidade de explorar mais o uso de ferramentas livres e alternativas acessíveis para o ensino de robótica.
Em relação à relevância do estudo, o artigo contribui para o campo da formação de professores, ao trazer uma discussão sobre como a robótica educacional pode ser integrada ao ensino de forma mais inclusiva e acessível. Ele também destaca a importância de preparar os professores para utilizar essa tecnologia de forma eficaz, visando melhorar o desenvolvimento de habilidades críticas e tecnológicas nos alunos, conforme previsto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Sidney Soares Filho (discussão) 12h52min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 8 Título: Estágio Curricular Supervisionado na Formação de Professores de Educação Física no Brasil: uma Revisão Sistemática
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Título: Estágio Curricular Supervisionado na Formação de Professores de Educação Física no Brasil: uma Revisão Sistemática
Autores: Arestides Pereira da Silva Júnior, Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira
Ano de Publicação: 2018
Fonte: Movimento, Porto Alegre, v. 24, n. 1, p. 77-92, jan./mar. de 2018
DOI: http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.67071
O artigo intitulado "Estágio Curricular Supervisionado na Formação de Professores de Educação Física no Brasil: Uma Revisão Sistemática" (Arestides Pereira da Silva Júnior e Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira, 2018) tem como objetivo realizar uma revisão sistemática das produções acadêmicas sobre o Estágio Curricular Supervisionado (ECS) na formação de professores de Educação Física no Brasil. O artigo analisa as publicações entre 1996 e 2015, buscando entender como o ECS tem sido abordado no contexto da formação docente e quais são as principais contribuições e lacunas dessas pesquisas.
A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática, com a coleta de dados em bases de dados como Lilacs, Scielo, Web of Science, entre outras. Os descritores usados para a seleção dos artigos foram termos como "estágio curricular supervisionado" e "formação de professores de Educação Física". O processo de seleção resultou em 39 artigos, que foram analisados quanto ao tipo de pesquisa, temática, categoria de análise e instrumentos utilizados. Os artigos foram classificados com base na avaliação do Qualis CAPES e organizados em categorias como "Fundamentação", "Intervenção" e "Diagnóstico/Descrição".
Os resultados indicam que a maioria dos artigos foi publicada entre 2011 e 2015, o que reflete um crescimento recente na produção acadêmica sobre o ECS. A categoria "Intervenção" foi a mais prevalente, com 51,3% dos artigos analisando práticas pedagógicas no ECS. Esses artigos destacaram a importância do ECS como um espaço para o desenvolvimento profissional dos futuros professores de Educação Física, principalmente no que diz respeito à articulação entre teoria e prática. No entanto, os autores apontam para uma carência de estudos que abordem a fundamentação teórica de forma aprofundada, sugerindo que as pesquisas futuras devem explorar mais as bases epistemológicas que sustentam o ECS.
Os instrumentos mais utilizados nas pesquisas foram entrevistas (25,6%) e questionários (23,1%), refletindo a predominância de abordagens qualitativas (89,8%) nas pesquisas sobre o ECS. Em menor escala, foram utilizados documentos e relatos de experiência. Essa ênfase nas abordagens qualitativas está alinhada com a natureza do ECS, que envolve a observação e análise das práticas pedagógicas dos estagiários em contextos educacionais reais.
Em conclusão, o artigo ressalta a relevância do ECS na formação de professores de Educação Física, mas aponta para a necessidade de fortalecer a produção acadêmica nessa área, principalmente em periódicos com maior classificação no Qualis CAPES. Além disso, sugere-se uma maior integração entre as pesquisas teóricas e práticas, visando a consolidar o ECS como um componente essencial da formação docente. A pesquisa também evidencia a necessidade de mais estudos sobre a legislação relacionada ao ECS e a organização das práticas pedagógicas nas instituições de ensino superior.
Sidney Soares Filho (discussão) 12h53min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 9: Interdisciplinaridade e Deficiência Intelectual na Educação Especial: uma Revisão Sistemática Integrativa
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Título: Interdisciplinaridade e Deficiência Intelectual na Educação Especial: uma Revisão Sistemática Integrativa
Autores: Débora Barbosa de Carvalho, Suzete Araujo Oliveira Gomes
Ano de Publicação: 2022
Fonte: Research, Society and Development, v. 11, n. 3, e48111326687, 2022
DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26687
O artigo intitulado "Interdisciplinaridade e deficiência intelectual na educação especial: uma revisão sistemática integrativa", publicado na revista Research, Society and Development em 2022, aborda a interdisciplinaridade no contexto da educação especial, com ênfase em alunos com deficiência intelectual. As autoras Débora Barbosa de Carvalho e Suzete Araujo Oliveira Gomes exploram como a interdisciplinaridade pode colaborar para a formação dos professores e a inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual. O objetivo principal do estudo é identificar como a interdisciplinaridade é aplicada na educação especial e em que medida ela pode facilitar o aprendizado e a adaptação de alunos com deficiência intelectual.
A pesquisa foi desenvolvida com base em uma revisão sistemática integrativa, que utilizou artigos publicados entre 1980 e 2021, coletados na Biblioteca Virtual do Portal de Periódicos CAPES. As palavras-chave utilizadas foram "Deficiência Intelectual", "Interdisciplinaridade" e "Formação de Professores". Ao todo, 275 artigos foram inicialmente encontrados, dos quais, após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, 16 foram selecionados para análise. O método de revisão integrativa seguiu os passos propostos por Whittemore e Knafl (2005) e Galvão et al. (2014), com foco na análise qualitativa descritiva dos dados.
Os resultados apontam que, embora a interdisciplinaridade seja amplamente reconhecida por teóricos como uma ferramenta capaz de promover uma aprendizagem significativa para alunos com deficiência intelectual, ela ainda não é amplamente aplicada nas práticas educacionais. As autoras destacam que o trabalho interdisciplinar nas escolas encontra desafios como a falta de formação adequada dos professores e a ausência de integração entre as disciplinas. Além disso, o estudo revela que muitas escolas ainda não estão preparadas para receber alunos com deficiência intelectual, o que dificulta a implementação de práticas inclusivas eficazes.
A pesquisa também evidenciou que a formação continuada dos professores é fundamental para que eles possam adotar uma postura interdisciplinar e inclusiva. O artigo destaca a importância de formar professores capazes de trabalhar em conjunto com outras áreas do conhecimento, promovendo um ambiente escolar que favoreça a inclusão e o desenvolvimento cognitivo de alunos com deficiência. No entanto, as autoras reconhecem que ainda há poucas experiências práticas documentadas sobre a aplicação da interdisciplinaridade no contexto da educação especial.
Em conclusão, o estudo reforça a necessidade de fomentar mais pesquisas e práticas pedagógicas que integrem a interdisciplinaridade na educação especial. As autoras sugerem que a formação continuada dos professores e a criação de espaços de diálogo entre diferentes disciplinas são caminhos essenciais para a promoção de uma educação inclusiva de qualidade. Elas também apontam que, para que a interdisciplinaridade seja efetivamente aplicada, é necessário superar as barreiras institucionais e culturais que ainda limitam a implementação dessa abordagem nas escolas.
O artigo contribui para o campo da educação especial ao trazer à tona a relevância da interdisciplinaridade como uma prática que pode transformar a forma como os professores lidam com a diversidade de seus alunos. Ele ressalta a importância de uma formação docente que valorize a troca de saberes entre diferentes áreas do conhecimento, o que pode contribuir significativamente para o sucesso da inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual. Sidney Soares Filho (discussão) 12h54min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 10: Grupos colaborativos na formação de professores: uma revisão sistemática de trabalhos brasileiros
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Título: Grupos colaborativos na formação de professores: uma revisão sistemática de trabalhos brasileiros
Autores: Maria Aparecida Vilela Mendonça Pinto Coelho
Ano de Publicação: 2017
Fonte: Zetetiké, Campinas, SP, v. 25, n. 2, maio/ago. 2017, p. 345-361
DOI: http://dx.doi.org/10.20396/zet.v25i2.8647600
O artigo intitulado "Grupos colaborativos na formação de professores: uma revisão sistemática de trabalhos brasileiros", publicado na revista Zetetiké em 2017, tem como objetivo analisar as pesquisas brasileiras que estudam a formação de professores de Matemática, especificamente sobre a formação colaborativa. O estudo se baseia em uma revisão sistemática de trabalhos publicados entre 2001 e 2012, buscando compreender as potencialidades e os limites dos grupos colaborativos na formação de professores que ensinam Matemática.
A metodologia adotada pelos autores foi a revisão sistemática, em que foram selecionadas seis pesquisas que tratam diretamente dos grupos colaborativos como foco principal. A revisão sistemática permite agregar os resultados de diversos estudos, promovendo uma metassíntese que amplia a compreensão do tema. As pesquisas selecionadas investigam as práticas colaborativas na formação continuada de professores, e o estudo busca discutir os principais resultados dessas investigações. A amostra dos estudos inclui tanto professores atuantes quanto licenciandos, em diferentes níveis de ensino.
Entre os principais resultados encontrados, o artigo aponta que os grupos colaborativos têm um potencial significativo para o desenvolvimento profissional dos professores. Os estudos mostram que a participação em grupos de estudo e em atividades colaborativas ajuda os professores a refletirem sobre suas práticas pedagógicas, promovendo uma ressignificação de seus saberes docentes e o desenvolvimento de novas habilidades profissionais. Além disso, os grupos colaborativos também proporcionam um espaço para a troca de experiências entre professores, o que fortalece a cultura de colaboração e de construção conjunta do conhecimento.
Apesar desses benefícios, o artigo também destaca alguns desafios para a implementação eficaz dos grupos colaborativos. Entre os principais limites identificados, estão a falta de tempo e de recursos para que os professores possam participar de forma contínua nesses grupos. Outro ponto mencionado é a resistência de alguns professores em aderir a práticas colaborativas, especialmente devido à tradição individualista que permeia a formação docente. O artigo sugere que é necessário um maior apoio institucional para que os grupos colaborativos possam ser efetivamente consolidados como parte da formação continuada de professores.
Em conclusão, o estudo reafirma a relevância dos grupos colaborativos como uma estratégia eficaz para a formação continuada de professores, especialmente na área de Matemática. No entanto, para que essa estratégia seja plenamente implementada, é necessário superar os desafios mencionados, como a falta de tempo, recursos e apoio institucional. O artigo contribui para o entendimento de que os grupos colaborativos não apenas ajudam no desenvolvimento profissional, mas também promovem uma cultura de reflexão e de compartilhamento de saberes entre os professores, o que pode impactar positivamente a qualidade do ensino.
Os autores sugerem que mais pesquisas sejam realizadas para aprofundar a compreensão sobre o funcionamento dos grupos colaborativos, especialmente no que diz respeito à superação das barreiras que impedem sua consolidação. Eles também recomendam que as políticas públicas de formação docente levem em consideração a importância da colaboração entre professores como uma prática que deve ser incentivada e apoiada por instituições educacionais.
Limitações do estudo incluem a concentração em um número limitado de pesquisas e a necessidade de mais investigações empíricas sobre a implementação de grupos colaborativos em diferentes contextos educacionais. Sidney Soares Filho (discussão) 12h55min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 11: Discussões e tendências das teses e dissertações sobre formação de professores de ciências em espaços não formais: uma revisão bibliográfica sistemática
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Título: Discussões e tendências das teses e dissertações sobre formação de professores de ciências em espaços não formais: uma revisão bibliográfica sistemática
Autores: Yuri Cavaleiro de Macêdo Coelho, Ana Cristina Pimentel Carneiro de Almeida, Endell Menezes de Oliveira
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 23, e19989, 2021
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1983-21172021230103
O artigo intitulado "Discussões e tendências das teses e dissertações sobre formação de professores de ciências em espaços não formais: uma revisão bibliográfica sistemática", escrito por Yuri Cavaleiro de Macêdo Coelho, Ana Cristina Pimentel Carneiro de Almeida e Endell Menezes de Oliveira, tem como objetivo investigar como os Programas de Pós-Graduação brasileiros têm estruturado suas pesquisas sobre a formação de professores de Ciências em Espaços Não Formais (ENF). A pesquisa busca discutir as principais tendências dessas teses e dissertações, analisando a natureza das formações e os reflexos de cursos de formação continuada oferecidos nesses espaços.
A metodologia utilizada foi a revisão sistemática de teses e dissertações encontradas na base de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), com a análise textual discursiva do corpus, conforme a abordagem de Moraes e Galiazzi (2006). O foco da análise incluiu licenciandos e professores atuantes, investigando as práticas de formação em ENF e os desafios relacionados ao planejamento, duração e natureza das atividades formativas.
Os resultados apontam que muitos cursos de formação em ENF são curtos, descontínuos e mais informativos do que reflexivos, além de muitas vezes excluírem os professores do processo de planejamento. As pesquisas sugerem que os ENF têm potencial para contribuir de maneira significativa para a formação docente, mas que ainda há lacunas, como a falta de articulação entre esses espaços e as escolas, bem como a necessidade de transformações nas posturas pedagógicas dos docentes. Outro ponto destacado é que a formação inicial dos professores em licenciaturas ainda foca predominantemente no ambiente escolar, negligenciando os ENF como espaços de aprendizado potencial.
Em conclusão, o artigo reforça a necessidade de consolidar os ENF como aliados na formação de professores de Ciências, sugerindo o fortalecimento da parceria entre Universidades, Escolas e os ENF. Sidney Soares Filho (discussão) 12h57min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 12: Análise de jogos e recursos gamificados utilizados para mediar o processo de ensino-aprendizagem de docentes em curso de formação
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Título: Análise de jogos e recursos gamificados utilizados para mediar o processo de ensino-aprendizagem de docentes em curso de formação
Autores: Luciana Michele Ventura, Lisandra Costa Pereira Kirnew, Luciane Guimarães Batistella Bianchini, Isabella Valentini Daher
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico (EDUCITEC), v. 7, e131321, 2021
DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v7i1.131321
O artigo intitulado "Análise de jogos e recursos gamificados utilizados para mediar o processo de ensino-aprendizagem de docentes em curso de formação", escrito por Ventura et al. (2021), busca analisar o uso de jogos digitais e gamificação na formação inicial e continuada de professores. O estudo, caracterizado como uma revisão sistemática, foi realizado a partir da análise de trabalhos acadêmicos localizados na base de dados de teses e dissertações da CAPES. O objetivo principal do artigo é identificar como essas tecnologias podem ser integradas ao processo de formação docente e se os professores possuem o conhecimento necessário para aplicar jogos e gamificação em suas práticas pedagógicas. A pesquisa também investiga quais recursos tecnológicos são trabalhados nos cursos de licenciatura e capacitação de professores.
A metodologia adotada no estudo é uma revisão sistemática de literatura, com a utilização de descritores como "Formação de Professores", "Jogos Digitais", "Jogo Digital", "Prática Pedagógica" e "Gamificação". Inicialmente, foram identificados 35 trabalhos, dos quais, após a exclusão de duplicados e artigos que não abordavam a formação de professores, restaram 11 trabalhos para análise. A análise foi organizada em três eixos: formação docente, jogos digitais e gamificação. Os resultados indicam que o uso de jogos digitais e gamificação é ainda pouco aplicado no contexto da formação de professores, sendo utilizados de forma mais expressiva em programas de especialização e cursos de formação continuada.
Entre os jogos digitais mencionados, destacam-se o Minecraft e o Scratch, que foram utilizados em atividades pedagógicas de cursos de licenciatura em Matemática e programas de capacitação. Além disso, a gamificação foi aplicada em cursos de formação continuada, utilizando-se de elementos como metas, desafios, feedbacks e níveis para engajar os professores no processo de ensino-aprendizagem. As pesquisas analisadas sugerem que tanto os jogos digitais quanto os recursos gamificados podem enriquecer as práticas pedagógicas, tornando-as mais interativas e atrativas para os alunos.
No que diz respeito às conclusões, o artigo ressalta que a inclusão de jogos digitais e gamificação nos cursos de formação de professores pode ser um caminho promissor para a integração das tecnologias digitais no ensino. No entanto, os autores destacam que ainda há uma lacuna na formação inicial dos professores em relação ao uso dessas tecnologias, e que seria necessário expandir as pesquisas e iniciativas nesse campo para garantir uma formação docente mais alinhada às demandas contemporâneas do ensino.
Os autores também reconhecem algumas limitações em relação ao escopo da pesquisa, como a quantidade restrita de estudos disponíveis e a necessidade de explorar mais profundamente o impacto dos jogos digitais e da gamificação na prática docente. A pesquisa contribui para o debate sobre a formação de professores no contexto das tecnologias digitais e oferece insights sobre a importância de preparar os docentes para utilizar essas ferramentas em sala de aula, promovendo um aprendizado mais significativo e alinhado às necessidades dos estudantes atuais. Sidney Soares Filho (discussão) 12h57min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 13: Formação de professores alfabetizadores: revisão sistemática da produção científica realizada no Brasil entre 2014 e 2018
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Título: Formação de professores alfabetizadores: revisão sistemática da produção científica realizada no Brasil entre 2014 e 2018
Autores: Isabela Cristina Daeuble Girardi, Rita Buzzi Rausch
Ano de Publicação: 2022
Fonte: Educação, Santa Maria, v. 47, 2022
DOI: http://dx.doi.org/10.5902/1984644461330
O artigo intitulado "Formação de professores alfabetizadores: revisão sistemática da produção científica realizada no Brasil entre 2014 e 2018", de autoria de Isabela Cristina Daeuble Girardi e Rita Buzzi Rausch, publicado na Revista Educação (v. 47, 2022), é uma revisão sistemática que visa mapear e analisar as tendências temáticas, teóricas e metodológicas das produções científicas sobre a formação de professores alfabetizadores no Brasil, durante o período de 2014 a 2018.
A metodologia empregada no artigo baseou-se em uma revisão sistemática de dissertações e teses catalogadas na CAPES. Foram analisadas 58 dissertações e 13 teses com o objetivo de identificar as tendências dominantes na formação de professores alfabetizadores. A abordagem foi qualitativa e bibliográfica, seguindo os preceitos da análise de conteúdo.
Os resultados da pesquisa revelaram quatro tendências temáticas principais: as políticas de formação continuada, a formação continuada dentro das escolas, o desenvolvimento profissional docente e o currículo da formação inicial dos pedagogos. Em termos de tendências teóricas, o estudo identificou uma ênfase na reflexão sobre a prática, uma visão crítico-política da educação, os saberes necessários à docência e o protagonismo do professor em sua própria formação. Metodologicamente, destacam-se o uso de processos recorrentes nas pesquisas educacionais, a preocupação com a formação prática cotidiana dos professores alfabetizadores e o protagonismo dos professores nos processos de investigação.
Entre os desafios apontados, o estudo destaca a necessidade de mais pesquisas sobre a formação inicial dos alfabetizadores, assim como a carência de investigações sobre o período de indução de professores iniciantes e o desenvolvimento de pesquisas autobiográficas. Também foi notada a ausência de estudos quantitativos e de metodologias participativas, como a pesquisa-ação.
Em conclusão, o artigo sugere que as lacunas apontadas precisam ser abordadas em futuras investigações, com maior ênfase em aspectos históricos da alfabetização e no desenvolvimento de práticas pedagógicas mais colaborativas e inovadoras.
Sidney Soares Filho (discussão) 12h57min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 14: Ensino de Ciências na educação infantil: uma revisão sistemática em periódicos, teses e dissertações da área de ensino
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Título: Ensino de Ciências na educação infantil: uma revisão sistemática em periódicos, teses e dissertações da área de ensino
Autores: Julio Cesar Souza da Silva, Lucken Bueno Lucas, Daniel Trevisan Sanzovo
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Research, Society and Development, v. 9, n. 5, e81953142, 2020
DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3142
O artigo intitulado "Ensino de Ciências na educação infantil: uma revisão sistemática em periódicos, teses e dissertações da área de ensino" foi escrito por Julio Cesar Souza da Silva, Lucken Bueno Lucas, e Daniel Trevisan Sanzovo e publicado na Revista Research, Society and Development em 2020. Este estudo tem como objetivo revisar sistematicamente as publicações sobre o ensino de Ciências na educação infantil e examinar a formação de professores para esse nível de ensino. O artigo analisa como o ensino de Ciências tem sido tratado em artigos, teses e dissertações publicadas entre 1996 e 2019, com um enfoque especial na formação de professores.
A metodologia utilizada foi a revisão sistemática de literatura, baseada no protocolo de Kitchenham (2004). Foram analisados artigos de periódicos listados no WebQualis da Plataforma Sucupira/CAPES e teses e dissertações disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). A amostra inicial foi de 3.840 trabalhos, dos quais apenas 45 tratavam da temática específica do ensino de Ciências na educação infantil, e apenas 12 desses abordavam diretamente a formação de professores para esse fim.
Os resultados da pesquisa indicam uma escassez de publicações que tratam do ensino de Ciências na educação infantil, especialmente no que diz respeito à formação de professores. Os autores identificaram que, embora o interesse pela temática tenha aumentado nos últimos anos, há uma carência significativa de estudos e propostas formativas voltadas para capacitar os docentes a ensinar Ciências nessa faixa etária. Os poucos trabalhos encontrados concentram-se em metodologias pedagógicas específicas, como a educação ambiental e a educação nutricional, mas há pouca abordagem sobre a implementação prática do ensino de Ciências de forma integrada ao currículo da educação infantil.
Entre os principais desafios destacados pelo artigo está a falta de formação adequada dos professores para o ensino de Ciências na educação infantil. Os autores destacam que a formação inicial dos docentes muitas vezes não inclui uma preparação sólida para lidar com os conteúdos de Ciências, o que resulta em práticas superficiais ou mal fundamentadas em sala de aula. Além disso, muitos professores se sentem inseguros para ensinar esses conteúdos, o que reforça a necessidade de uma formação continuada mais robusta.
Em conclusão, o estudo sugere que, para melhorar o ensino de Ciências na educação infantil, é necessário desenvolver programas de formação continuada específicos para os professores dessa área, bem como incentivar mais pesquisas sobre a temática. A revisão sistemática aponta para uma lacuna significativa na literatura acadêmica e sugere que há muito a ser feito para garantir que os professores estejam preparados para ensinar Ciências de maneira eficaz desde os primeiros anos de escolaridade.
Este artigo destaca a importância da alfabetização científica desde cedo, mas reconhece que a implementação prática desse ideal ainda enfrenta muitos desafios, principalmente devido à falta de preparo adequado dos professores e à escassez de recursos disponíveis nas escolas. Sidney Soares Filho (discussão) 12h58min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 15: Educação profissional e tecnológica: contribuições da pesquisa para a compreensão da constituição docente
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Título: Educação profissional e tecnológica: contribuições da pesquisa para a compreensão da constituição docente
Autores: Vidica Bianchi, Adriano Ferreira da Silva Neto, Wellington Nascimento Silva, Eva Teresinha de Oliveira Boff
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Research, Society and Development, v. 3, n. 5, set./dez. 2020
DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v3i5.3142
O artigo "Educação profissional e tecnológica: contribuições da pesquisa para a compreensão da constituição docente" é uma pesquisa realizada por Vidica Bianchi, Adriano Ferreira da Silva Neto, Wellington Nascimento Silva e Eva Teresinha de Oliveira Boff, visa compreender a constituição e os desafios enfrentados pelos professores na Educação Profissional e Tecnológica (EPT). O estudo se concentra em identificar como os docentes dessa área são formados e quais são os principais obstáculos no desenvolvimento pedagógico.
O objetivo do artigo é mapear publicações sobre currículo e formação de professores, entre os anos de 2015 e 2019, dentro da área da EPT. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando os artigos publicados no portal CAPES. O foco principal foi a análise do processo de constituição dos professores, as dificuldades que eles enfrentam para atuar na EPT, e o conteúdo de publicações acadêmicas relacionadas à formação e currículo de docentes.
A metodologia usada foi a análise textual discursiva (ATD), baseada nos argumentos de Moraes e Galiazzi (2007). Ao longo da pesquisa, 1495 artigos foram encontrados, mas apenas 21 artigos preencheram os critérios de análise do estudo. Os resultados indicam que, apesar do aumento das produções acadêmicas sobre a EPT, há uma lacuna no que se refere à constituição docente. Poucos textos discutem especificamente como ocorre a formação do professor na EPT, e as dificuldades que surgem nesse campo.
A relevância desse estudo se dá pela crescente demanda por docentes qualificados na área de EPT, o que indica a necessidade de mais pesquisas focadas na formação de professores. A pesquisa destaca, também, a importância de uma formação contínua, considerando as constantes mudanças e inovações tecnológicas que impactam o campo educacional e o mercado de trabalho.
A principal conclusão do artigo é a necessidade de maior atenção e estudos direcionados à formação docente na EPT. Além disso, os autores enfatizam a importância de políticas públicas que promovam a capacitação pedagógica dos professores dessa modalidade. Sidney Soares Filho (discussão) 12h58min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 16: O ensino de Química e as TDIC: uma revisão sistemática de literatura e uma proposta de webquest para o ensino de Ligações Químicas
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Título: O ensino de Química e as TDIC: uma revisão sistemática de literatura e uma proposta de webquest para o ensino de Ligações Químicas
Autores: Beatriz Haas Delamuta, Natany Dayani de Souza Assai, Sidney Lopes Sanchez Júnior
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Research, Society and Development, v. 9, n. 9, e149996839, 2020
DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6839
O artigo intitulado "O ensino de Química e as TDIC: uma revisão sistemática de literatura e uma proposta de WebQuest para o ensino de Ligações Químicas", escrito por Beatriz Haas Delamuta, Natany Dayani de Souza Assai, e Sidney Lopes Sanchez Júnior, publicado na revista Research, Society and Development em 2020, tem como objetivo mapear as produções sobre o uso de Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) no ensino de Química, com foco em Ligações Químicas, e propor uma WebQuest para o ensino desse conteúdo.
A metodologia utilizada foi uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL), investigando produções de 2008 a 2018 em 56 periódicos nacionais com classificação Qualis A1, A2 e B1. A RSL permitiu mapear a utilização de recursos tecnológicos no ensino de Química, com ênfase em softwares, mídias e plataformas interativas. A pesquisa também identificou que, dentre os artigos analisados, dez abordavam a formação de professores, com sete focando na formação continuada. No entanto, apenas um artigo tratou diretamente do ensino de Ligações Químicas, evidenciando uma lacuna no tratamento desse conteúdo específico.
Os resultados mostram que os recursos mais mencionados foram softwares, seguidos de mídias e plataformas interativas. Embora os recursos tecnológicos ajudem a contextualizar conteúdos abstratos da Química, como as ligações químicas, ainda há uma escassez de artigos que abordem o uso dessas tecnologias de forma integrada ao ensino desse conteúdo específico. A proposta de WebQuest desenvolvida no artigo busca suprir essa lacuna, oferecendo um tutorial que orienta professores a utilizarem esse recurso pedagógico para mediar o ensino de Ligações Químicas.
Entre os principais desafios identificados na literatura está a falta de familiaridade dos professores com as tecnologias, o que limita sua integração nas aulas. Além disso, a pesquisa revela que a formação de professores, especialmente em relação às tecnologias digitais, precisa ser ampliada, com foco na formação continuada para que os professores estejam capacitados a usar ferramentas como a WebQuest de maneira eficaz.
Em conclusão, o estudo destaca a importância das TDIC para o ensino de conteúdos complexos como as Ligações Químicas e propõe a WebQuest como uma solução inovadora e interativa. No entanto, é necessário investir mais em pesquisas e formações que integrem essas tecnologias às práticas pedagógicas diárias dos professores, especialmente no que diz respeito à Química. Sidney Soares Filho (discussão) 12h59min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 17: Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), formação de professores e conteúdos de Zoologia: um mapeamento em publicações nacionais no âmbito do Ensino de Ciências
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Título: Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), formação de professores e conteúdos de Zoologia: um mapeamento em publicações nacionais no âmbito do Ensino de Ciências
Autores: Gisele Carvalho de Siqueira, Hilda Helena Sovierzoski, Lucken Bueno Lucas, João Coelho Neto
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Research, Society and Development, v. 9, n. 7, e617974496, 2020
DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4496
O artigo intitulado "Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), formação de professores e conteúdos de Zoologia: um mapeamento em publicações nacionais no âmbito do Ensino de Ciências", escrito por Gisele Carvalho de Siqueira, Hilda Helena Sovierzoski, Lucken Bueno Lucas e João Coelho Neto, e publicado na Research, Society and Development em 2020, tem como objetivo investigar a relação entre as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), o ensino de Zoologia e a formação de professores no Brasil. A pesquisa se concentra em mapear publicações nacionais que articulam esses três enfoques no contexto do ensino de Ciências.
A metodologia utilizada foi a Revisão Sistemática de Literatura (RSL), com a busca por artigos, teses, dissertações e trabalhos completos publicados em anais de eventos entre 2009 e 2019. Foram investigados 24.170 produções, das quais apenas 0,070% abordaram parcialmente os temas de interesse, e nenhuma articulação completa entre as três perspectivas. Os autores organizaram os resultados em quadros, categorizando as publicações conforme a relevância para os temas pesquisados.
Os resultados indicam que há uma carência significativa de estudos que integrem as TDIC ao ensino de Zoologia e à formação de professores. Os poucos trabalhos encontrados exploram o uso de ferramentas digitais no ensino de invertebrados marinhos e indicam a necessidade de desenvolver materiais didáticos e propostas formativas que promovam o uso eficaz das TDIC no ensino de Ciências, especialmente no campo da Zoologia.
Entre os principais desafios apontados no artigo estão a falta de recursos tecnológicos nas escolas, a dificuldade dos professores em integrar as TDIC às práticas pedagógicas e a necessidade de uma formação continuada que prepare melhor os docentes para o uso dessas tecnologias em sala de aula. Os autores destacam que as TDIC têm o potencial de aproximar conteúdos como Zoologia dos estudantes, especialmente em áreas distantes de regiões litorâneas, facilitando a compreensão de temas como invertebrados marinhos.
Em conclusão, o artigo ressalta a importância de fomentar mais pesquisas e investimentos no desenvolvimento de propostas pedagógicas que integrem as TDIC ao ensino de Ciências, com foco na formação de professores. O estudo sugere que políticas públicas e ações educacionais devem ser implementadas para garantir que os docentes tenham acesso a uma formação contínua e recursos tecnológicos adequados para promover o uso eficiente dessas ferramentas no ensino de Zoologia.
O trabalho também destaca a lacuna existente na literatura científica brasileira sobre a articulação completa entre TDIC, ensino de Zoologia e formação de professores, sugerindo que essa área constitui um campo fértil para futuras pesquisas e inovações no ensino de Ciências. Sidney Soares Filho (discussão) 13h00min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 18: Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental: uma revisão sistemática de literatura
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Título: Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental: uma revisão sistemática de literatura
Autores: Jaírla Bianca Aires Praciano, Raphael Alves Feitosa
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Research, Society and Development, v. 9, n. 6, e121963489, 2020
DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3489
O artigo intitulado "Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental: uma revisão sistemática de literatura", escrito por Jaírla Bianca Aires Praciano e Raphael Alves Feitosa, publicado na Revista Research, Society and Development em 2020, apresenta uma revisão sistemática sobre o ensino de Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental, com foco no 9º ano, e a formação de professores de Ciências. O estudo visa identificar as contribuições de pesquisas publicadas entre 2015 e 2019, com base em uma análise dos trabalhos disponíveis no Portal de Periódicos da CAPES.
A metodologia utilizada foi uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL), uma técnica que consiste em agrupar, analisar criticamente e sintetizar os resultados obtidos em diversos estudos primários. A busca pelos estudos foi realizada no Portal CAPES utilizando os descritores "Ciências no 9º ano", "Ensino de Ciências" e "Formação de professores de Ciências". Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 estudos para análise detalhada. A técnica de Análise de Conteúdo, conforme proposto por Silva e Fossá (2015), foi utilizada para interpretar e sintetizar os dados encontrados.
Os resultados mostraram uma ausência de pesquisas focadas no ensino de Ciências no 9º ano das séries finais, com apenas um trabalho encontrado, que foi excluído por não atender aos objetivos do estudo. O levantamento também revelou que a maioria dos trabalhos analisados se concentram no ensino de Ciências de maneira geral e na formação de professores de Ciências, com foco na implementação de metodologias pedagógicas inovadoras, como a Resolução de Problemas e o uso de atividades experimentais.
Um ponto importante discutido é a formação inicial e continuada dos professores de Ciências. A pesquisa revela uma lacuna significativa na formação específica para o ensino de Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental, com muitos professores tendo sua formação em disciplinas como Biologia, Química ou Física, sem uma formação integrada em Ciências Naturais. Além disso, foi identificado que a formação continuada, quando oferecida, contribui significativamente para a melhoria das práticas docentes, especialmente quando são utilizados métodos como a Resolução de Problemas.
Os desafios apontados incluem a falta de laboratórios de Ciências nas escolas e a carência de formação adequada para os professores, o que prejudica a implementação de atividades experimentais. Os autores também destacam a necessidade de maior valorização do professor de Ciências, com melhorias nas condições de trabalho e remuneração.
Em conclusão, o artigo reforça a necessidade de novas pesquisas focadas no ensino de Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental, especialmente no 9º ano, e sugere que a formação de professores de Ciências deve ser reestruturada para incluir uma abordagem mais integrada e contextualizada, capaz de preparar os docentes para lidar com os desafios da educação contemporânea. Sidney Soares Filho (discussão) 13h01min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 19: Formação de professores para a construção de Jogos Educacionais Digitais: uma revisão sistemática da literatura
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Título: Formação de professores para a construção de Jogos Educacionais Digitais: uma revisão sistemática da literatura
Autores: Thiago Moura Barbosa, Akynara Aglaé Rodrigues Santos da Silva Burlamaqui, Aquiles Medeiros Filgueira Burlamaqui
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Research, Society and Development, v. 10, n. 13, e519101321585, 2021
DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21585
O artigo intitulado "Formação de professores para a construção de Jogos Educacionais Digitais: uma revisão sistemática da literatura", publicado em 2021 na Research, Society and Development por Thiago Moura Barbosa, Akynara Aglaé Rodrigues Santos da Silva Burlamaqui e Aquiles Medeiros Filgueira Burlamaqui, aborda a formação de professores para a criação de Jogos Educacionais Digitais (JED). A pesquisa analisa publicações realizadas entre 2015 e 2021, com o objetivo de compreender como essa capacitação é oferecida e quais são os desafios enfrentados pelos professores na incorporação dessas ferramentas tecnológicas no processo de ensino-aprendizagem.
A metodologia adotada pelos autores foi uma revisão sistemática da literatura, utilizando o protocolo de Kitchenham e Charters (2007), que envolve etapas de planejamento, condução e elaboração de um relatório final. A busca foi realizada em bases de dados como ACM Digital Library, Google Scholar, Portal de Periódicos CAPES, REDIB e Scopus, utilizando termos como "jogos digitais", "curso", "formação", "capacitação", "professores" e "educadores". Após a triagem inicial, quatro estudos primários foram selecionados para análise, os quais abordavam diretamente a formação de professores para a criação de JED.
Os resultados revelaram que a oferta de formação docente focada no desenvolvimento de JED no Brasil ainda é limitada e concentrada em iniciativas pontuais, como cursos de extensão e oficinas promovidas por universidades públicas. Essas formações são geralmente ministradas por professores universitários ou estudantes de pós-graduação, com foco no uso de plataformas de desenvolvimento de jogos, como o Scratch. No entanto, as principais dificuldades enfrentadas pelos professores incluem a falta de familiaridade com linguagens de programação e a dificuldade em lidar com ferramentas digitais voltadas para a criação de jogos.
Apesar dessas dificuldades, os estudos mostraram que os professores que participaram das formações conseguiram produzir jogos funcionais e relevantes para o contexto educacional, demonstrando que, com o apoio adequado, é possível integrar JED às práticas pedagógicas. No entanto, foi constatado que o número de pesquisas sobre o tema ainda é reduzido, o que indica uma necessidade urgente de mais iniciativas e investimentos na formação continuada de professores nessa área.
O artigo conclui que há uma grande oportunidade para expandir a formação de professores voltada para a criação de jogos educacionais digitais no Brasil. As formações existentes, embora eficazes, ainda são insuficientes para atender à demanda. Os autores sugerem que políticas públicas mais robustas são necessárias para incentivar e facilitar o acesso dos professores a essas capacitações, de forma a promover uma integração mais ampla das tecnologias digitais nas escolas. Além disso, eles ressaltam que as plataformas de criação de JED, como o Scratch, devem ser mais exploradas nos cursos de formação docente, pois representam uma ferramenta acessível e poderosa para o desenvolvimento de habilidades tecnológicas e pedagógicas.
Entre as limitações do estudo, os autores apontam que a busca por artigos foi limitada a determinadas bases de dados, o que pode ter excluído pesquisas relevantes que não foram indexadas nessas plataformas. Além disso, o pequeno número de estudos encontrados reflete a escassez de publicações sobre a formação de professores para o desenvolvimento de jogos educacionais digitais, evidenciando a necessidade de mais investigações sobre o tema.
Em termos de relevância, o artigo destaca a importância dos Jogos Educacionais Digitais como ferramentas pedagógicas inovadoras e capazes de promover o engajamento dos alunos. No entanto, para que esses recursos possam ser amplamente utilizados no contexto educacional, é essencial que os professores recebam formação adequada e contínua, de forma que possam explorar todo o potencial dessas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. Sidney Soares Filho (discussão) 13h01min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 20: Formação de professores e tecnologias computacionais: uma revisão de literatura
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Título: Formação de professores e tecnologias computacionais: uma revisão de literatura
Autores: Rafael Garcia, Ana Paula Aporta, Fátima Elisabeth Denari
Ano de Publicação: 2019
Fonte: Revista Ambiente: Gestão e Desenvolvimento, v. 12, n. 3, p. 33-45, set./dez. 2019
DOI: Não informado
Observação: idêntico ao artigo 31. A Plataforma Capes repetiu o artigo.
O artigo intitulado "Formação de Professores e Tecnologias Computacionais: Uma Revisão de Literatura" discute a relação entre a formação de professores e o uso de tecnologias computacionais no Brasil. Publicado na Revista Ambiente: Gestão e Desenvolvimento em 2019, o estudo realiza uma revisão sistemática dos artigos brasileiros indexados na plataforma da CAPES até 2017, buscando compreender como as tecnologias computacionais são utilizadas no processo de formação de professores.
A metodologia adotada baseou-se em critérios de inclusão e exclusão bem definidos, analisando 20 artigos ao final do processo de triagem. Esses artigos foram classificados como de natureza básica e aplicada, com objetivos exploratórios e descritivos. O foco foi identificar os objetivos, procedimentos e resultados de pesquisas relacionadas ao uso de tecnologias computacionais na formação docente.
Os resultados apontaram que, embora as tecnologias computacionais sejam eficazes na formação de professores, há uma escassez de materiais publicados que detalhem os procedimentos didáticos adotados. Além disso, a maioria das pesquisas abordou a formação inicial de professores, com poucas voltadas para a formação continuada, revelando uma lacuna na continuidade do desenvolvimento profissional docente.
O artigo ressalta a importância da formação continuada e do uso de tecnologias digitais, como Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), para promover uma formação mais eficaz e alinhada às demandas contemporâneas. No entanto, um dos desafios identificados foi a falta de infraestrutura e tempo para que os professores possam integrar essas tecnologias de forma eficiente em suas práticas pedagógicas.
Os principais desafios destacados incluem a necessidade de melhorar a descrição metodológica nos estudos analisados, assim como ampliar o alcance dos descritores utilizados nas pesquisas, a fim de aumentar a visibilidade e o impacto das investigações na área.
Em conclusão, o artigo reforça que o uso de tecnologias computacionais na formação de professores é uma ferramenta valiosa, mas ainda há muito a ser feito para otimizar essa prática, especialmente no que diz respeito à formação continuada e à necessidade de uma maior articulação entre teoria e prática no uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs). Sidney Soares Filho (discussão) 13h02min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 21: Revisão Integrativa sobre a Formação de Professores na Revista Retratos da Escola
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Título: Revisão Integrativa sobre a Formação de Professores na Revista Retratos da Escola
Autores: Sandra Terezinha Urbanetz, Joana Paulin Romanowski, Simone Urnau
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Educação e Sociedade, v. 42, e240854, 2021
DOI: https://doi.org/10.1590/ES.240854
O artigo "Revisão Integrativa sobre a Formação de Professores na Revista Retratos da Escola", escrito por Sandra Terezinha Urbanetz, Joana Paulin Romanowski e Simone Urnau, oferece uma análise detalhada dos artigos publicados na revista Retratos da Escola, com foco específico na formação de professores no Brasil. A proposta principal do estudo é compreender, a partir de uma revisão integrativa, como as publicações nesse periódico têm discutido a formação inicial e continuada de professores, bem como o impacto das políticas públicas nesse processo. O trabalho é ancorado em três grandes eixos: formação inicial e continuada de professores, formação para atuação profissional e políticas públicas e seus impactos na formação docente.
A metodologia empregada foi uma revisão sistemática integrativa, que buscou identificar, selecionar e analisar artigos publicados entre os anos de 2007 e 2019. O critério de inclusão baseou-se em descritores como "formação de professores" e "formação docente", e a análise se concentrou em dossiês específicos da revista que tratam da temática da formação docente. A revista, vinculada à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), foca em publicar textos que defendem os interesses dos professores e a valorização da educação pública. A partir da leitura dos resumos, 33 artigos foram incluídos na revisão. A metodologia foi organizada com base nas recomendações da Campbell Collaboration (2017), além das orientações de análise de conteúdo propostas por Bardin (2011).
No que diz respeito à formação inicial e continuada de professores, os artigos analisados destacam as deficiências nos cursos de licenciatura e na formação continuada dos docentes. A formação inicial muitas vezes não consegue articular a teoria com a prática pedagógica, resultando em um preparo técnico, mas insuficiente para lidar com as complexidades do ensino. A formação continuada, apesar de ser apontada como fundamental para o desenvolvimento profissional, é realizada de forma pontual e atinge apenas uma parcela dos docentes. Pesquisadores como Leda Scheibe (2008) e Carlos Roberto Jamil Cury (2009) exploram a precarização dos cursos normais e de licenciatura, bem como a mercantilização da formação docente, que enfraquece o caráter crítico e reflexivo dos professores, limitando sua capacidade de atuação como agentes transformadores na educação.
No eixo relacionado à formação para atuação profissional, os artigos abordam a importância de preparar os professores para os desafios cotidianos da educação básica e da educação superior. Trabalhos como o de Coelho e Souza (2011) e de Ivone Garcia Barbosa (2011) discutem a formação de professores para a educação infantil, ressaltando a necessidade de políticas mais eficazes para capacitar esses profissionais. Além disso, os estudos indicam que a formação para a atuação profissional deve levar em consideração as especificidades do contexto educacional e as demandas sociais, como a diversidade sexual (discutida por Santos, 2015), a educação inclusiva e o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TICs).
Em relação ao impacto das políticas públicas na formação de professores, o estudo revela que, embora existam diversas políticas e programas voltados para melhorar a formação docente, como o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), muitos deles enfrentam dificuldades de implementação e sofrem com descontinuidade. Os artigos indicam que o cenário político atual, marcado por cortes de recursos e privatizações, tem agravado a precarização da formação docente e a desvalorização do magistério. Aguiar e Scheibe (2010), por exemplo, destacam a necessidade de uma política nacional que integre a formação inicial e continuada e ofereça melhores condições de trabalho para os professores.
Uma das principais limitações do estudo está no fato de que a análise se restringe à revista Retratos da Escola, o que limita a abrangência dos resultados. Embora a revista tenha um papel significativo na publicação de textos que tratam da formação de professores, os resultados encontrados podem não refletir totalmente o cenário da formação docente em outros periódicos ou contextos. Além disso, o estudo se concentra em artigos publicados até 2019, o que não considera possíveis mudanças e avanços ocorridos após esse período.
Quanto à relevância, o artigo faz uma importante contribuição ao campo da educação ao evidenciar as lacunas existentes nos processos de formação inicial e continuada de professores no Brasil. Ele reforça a urgência de políticas públicas eficazes que garantam a valorização do magistério e a melhoria das condições de trabalho, com vistas a uma formação mais sólida e coerente. A análise integrativa dos artigos publicados na Retratos da Escola também destaca a importância de que a formação docente seja vista como um processo contínuo, alinhado às necessidades do contexto social e às transformações no campo da educação.
Sidney Soares Filho (discussão) 13h02min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 22: Formação de professores e o manejo de situações de bullying na escola: o que as pesquisas têm indicado?
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Título: Formação de professores e o manejo de situações de bullying na escola: o que as pesquisas têm indicado?
Autores: Mônica Tessaro, Maria Teresa Ceron Trevisol
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Revista Prâksis, Novo Hamburgo, v. 17, n. 3, p. 44-67, set./dez. 2020
DOI: https://doi.org/10.25112/rpr.v3i0.2112
O artigo analisado é intitulado "Formação de Professores e o Manejo de Situações de Bullying na Escola: O que as pesquisas têm indicado?", de Mônica Tessaro e Maria Teresa Ceron Trevisol, publicado na Revista Prâksis. O estudo tem como objetivo analisar as contribuições das pesquisas sobre a formação de professores e o impacto dessa formação no manejo de situações de bullying no ambiente escolar.
A metodologia empregada foi uma revisão sistemática de literatura. Os dados foram extraídos de três bases de dados: Scielo, Portal de Periódicos CAPES e Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, abrangendo o período de 2009 a 2019. A busca utilizou descritores como "formação de professores", "bullying", "violência escolar" e "desenvolvimento moral". Foram selecionadas 28 publicações após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, com base em sua relevância para o tema e a disponibilidade dos textos completos.
Os resultados principais indicam que a formação de professores ainda é deficitária em relação ao preparo para lidar com situações de bullying. As pesquisas mostram que muitos professores não se sentem suficientemente capacitados para identificar ou intervir em casos de bullying, destacando a importância de integrar essa temática tanto na formação inicial quanto na continuada. O estudo identificou três categorias centrais nas pesquisas analisadas: i) Práxis pedagógica, que enfatiza a importância de ações reflexivas e coletivas no manejo de situações de conflito; ii) Políticas públicas e educação escolar, que discute a necessidade de políticas que promovam a formação adequada dos professores; e iii) Práticas construtivistas na formação de professores, que aponta para a importância de práticas pedagógicas que promovam a empatia e a ação coletiva no enfrentamento do bullying.
O estudo também destaca que, embora existam leis e políticas públicas sobre bullying, sua implementação nas escolas ainda é limitada, e a formação de professores para lidar com essas questões não é suficiente. Os autores sugerem que a formação docente deveria valorizar mais as experiências práticas dos professores, promovendo a troca de saberes e a construção de uma cultura de paz no ambiente escolar.
As limitações do estudo incluem a restrição das buscas a apenas três bases de dados, o que pode não refletir todas as pesquisas realizadas sobre o tema. Além disso, as análises focam principalmente no contexto brasileiro, limitando a generalização dos resultados para outros países.
Em termos de relevância, o artigo fornece uma contribuição importante para o campo da educação, destacando a necessidade urgente de melhorar a formação de professores em relação ao manejo de situações de bullying. Ele sugere que uma formação mais prática e colaborativa pode ser a chave para lidar de forma mais eficaz com os desafios do bullying nas escolas. Sidney Soares Filho (discussão) 13h03min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 23: Literacia Digital: conceituação e frameworks no contexto de formação de professores
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Título: Literacia Digital: conceituação e frameworks no contexto de formação de professores
Autores: Joane Vilela Pinto, Clodis Boscarioli, Claudia Cappelli
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 14, n. 1, p. 1-20, jan./abr. 2021
DOI: http://doi.org/10.3895/rbect.v14n1.8944
O artigo intitulado "Literacia digital: conceituação e frameworks no contexto de formação de professores", de Joane Vilela Pinto, Clodis Boscarioli e Claudia Cappelli, publicado na Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, tem como objetivo realizar um estudo sobre literacia digital e verificar a existência de frameworks e trabalhos que enfoquem essa temática em cursos de formação de professores.
A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática de literatura (RSL), com a seleção de 38 estudos encontrados em diferentes sites de busca para responder às questões de pesquisa sobre a conceituação de literacia digital e sua aplicação em cursos de formação continuada de professores. Foram incluídos critérios PICO para guiar a seleção dos estudos, abrangendo os temas: população (processos de ensino e aprendizagem, modelos conceituais, frameworks), intervenção (conceitos de literacia digital), comparação (artigos, teses e dissertações) e resultado (visão aprofundada sobre o conceito de literacia digital).
Os resultados principais indicam que a literacia digital pode ser utilizada em encontros de formação continuada, sendo considerada uma habilidade essencial para a atuação em ambientes digitais, envolvendo competências como o uso crítico e seguro das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). Os dados mostram que ainda há uma escassez de cursos que abordam a literacia digital de maneira eficaz na formação de professores. A maioria dos estudos analisados concentrou-se na definição de literacia digital e na implementação de frameworks voltados para a avaliação dessas competências.
Entre os frameworks destacados no estudo, estão o FACIL (Framework de Avaliação Contextualizada de Information Literacy) de Silva (2012), que avalia competências como reconhecimento, busca e recuperação de informações, avaliação e uso, e comunicação, além do framework proposto por Eshet-Alkalai (2004), que categoriza cinco habilidades essenciais para atuação em ambientes digitais: foto-visual, socioemocional, hipermídia, informação e reprodução.
As limitações da pesquisa incluem o foco exclusivo em bases de dados específicas, o que pode não abranger a totalidade dos estudos sobre literacia digital e formação docente. Além disso, o estudo se concentrou apenas em publicações em língua portuguesa e inglesa, o que pode restringir a aplicabilidade dos resultados em outros contextos linguísticos.
O artigo conclui que a relevância da literacia digital na formação de professores é evidente, uma vez que essas competências são essenciais para a prática pedagógica contemporânea. O estudo sugere a necessidade de mais pesquisas sobre a implementação de frameworks e programas formativos que abordem de forma eficaz a literacia digital em cursos de formação de professores, propondo que essas habilidades sejam incorporadas ao currículo de maneira contínua e prática. Sidney Soares Filho (discussão) 13h03min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 24: Prevenção ao Uso de Drogas na Educação de Jovens e Adultos: Diálogo com o Campo de Pesquisa
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Título: Prevenção ao Uso de Drogas na Educação de Jovens e Adultos: Diálogo com o Campo de Pesquisa
Autores: Maria da Glória Carvalho Moura, Belisa Maria da Silva Melo
Ano de Publicação: 2018
Fonte: Revista Práxis Educacional, Vitória da Conquista - Bahia - Brasil, v. 14, n. 29, p. 106-125, jul./set. 2018
DOI: https://doi.org/10.22481/praxis.v14i29.4101
O artigo intitulado "Prevenção ao uso de drogas na Educação de Jovens e Adultos: Diálogo com o campo de pesquisa", de Maria da Glória Carvalho Moura e Belisa Maria da Silva Melo, publicado na Revista Práxis Educacional, aborda a temática da prevenção ao uso de drogas no contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O objetivo principal do estudo é analisar as estratégias de prevenção ao uso de drogas em escolas de jovens e adultos, com ênfase na prática pedagógica e nos desafios enfrentados pelos educadores ao tratar dessa questão no ambiente escolar.
A metodologia utilizada no artigo foi uma revisão sistemática de literatura, com a coleta de dados a partir de descritores como "prevenção ao uso de drogas", "prevenção ao abuso de drogas", "formação de professores" e "prática pedagógica". O levantamento foi realizado no Banco de Dissertações e Teses da CAPES, em fevereiro de 2017, visando identificar estudos relevantes para a pesquisa. O estudo identificou uma deficiência no desenvolvimento de pesquisas voltadas para a prevenção de drogas em escolas, especialmente no contexto da EJA, onde práticas pedagógicas inovadoras são necessárias para enfrentar essa questão.
Os resultados indicam que as abordagens tradicionais, como as ações curativas e proibicionistas, não têm surtido o efeito desejado no combate ao uso de drogas. O estudo aponta para a necessidade de se adotar práticas pedagógicas que ofereçam mais oportunidades para o desenvolvimento intelectual e profissional dos estudantes. Além disso, as políticas públicas de educação devem se articular com outras áreas, como a saúde, para implementar estratégias de prevenção mais eficazes, como o Programa Saúde na Escola (PSE).
As limitações do estudo incluem a restrição a trabalhos disponíveis no banco de dissertações e teses da CAPES, o que pode não refletir toda a produção científica existente sobre o tema. O artigo também destaca a escassez de estudos voltados para práticas pedagógicas inovadoras no contexto da prevenção de drogas, o que aponta para a necessidade de mais pesquisas nessa área.
Em termos de relevância, o artigo contribui significativamente para a compreensão das lacunas existentes nas práticas pedagógicas voltadas para a prevenção de drogas na educação de jovens e adultos. Ele reforça a importância de ações educativas que estejam alinhadas às demandas reais dos estudantes, enfatizando a necessidade de maior integração entre os setores de saúde e educação para enfrentar a problemática do uso de drogas nas escolas. Sidney Soares Filho (discussão) 13h05min de 19 de outubro de 2024 (UTC)
Artigo 25: A Presença das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação na Formação de Professores de Química: um Recorte dos Trabalhos Publicados no ENPEC no Período de 2007 a 2017
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Título: A Presença das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação na Formação de Professores de Química: um Recorte dos Trabalhos Publicados no ENPEC no Período de 2007 a 2017
Autores: Beatriz Haas Delamuta, Thaís Andressa Lopes de Oliveira, Marcelo Pimentel da Silveira, Neide Maria Michellan Kiouranis
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Revista Valore, Volta Redonda, v. 6, Edição Especial, p. 251-262, 2021
DOI: Não informado
O artigo intitulado "A presença das tecnologias digitais de informação e comunicação na formação de professores de Química: um recorte dos trabalhos publicados no ENPEC no período de 2007 a 2017", escrito por Beatriz Haas Delamuta, Thaís Andressa Lopes de Oliveira, Marcelo Pimentel da Silveira, e Neide Maria Michellan Kiouranis, tem como objetivo investigar o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) na formação de professores de Química no Brasil, com foco nas publicações apresentadas no Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC).
A metodologia adotada foi uma revisão sistemática de literatura (RSL), com base nos trabalhos apresentados nas seis edições do ENPEC, abrangendo os anos de 2007 a 2017. Ao todo, foram mapeados 2.899 trabalhos, dos quais apenas 10 abordaram diretamente o uso das TDIC na formação de professores de Química. O levantamento considerou descritores como "Tecnologias Digitais", "Formação de Professores", "TDIC" e outros correlatos.
Os principais resultados mostram que, embora a presença das TDIC seja crescente no cenário educacional, a quantidade de trabalhos que tratam do tema na formação de professores de Química ainda é limitada. Os 10 estudos analisados concentraram-se no uso de aplicativos, softwares educacionais e ambientes virtuais de aprendizagem, destacando que a adoção dessas tecnologias na prática docente ainda enfrenta desafios. Os dados apontam para uma lacuna no ensino de Química quanto ao uso eficaz dessas ferramentas e a necessidade de formação docente mais direcionada ao uso das TDIC.
As limitações do estudo incluem o foco exclusivo em trabalhos apresentados no ENPEC, o que pode restringir a visão geral sobre o tema em outros eventos ou publicações científicas fora desse escopo. Além disso, a baixa quantidade de trabalhos encontrados reflete uma carência de investigações mais aprofundadas sobre o tema no ensino de Química.
A relevância do artigo está no fato de ele trazer uma visão panorâmica e detalhada sobre o estado atual da pesquisa sobre TDIC na formação de professores de Química no Brasil. O estudo serve como um alerta para a necessidade de maior investimento em pesquisas e na formação contínua de docentes, a fim de preparar os professores para as demandas do ensino contemporâneo e as novas tecnologias.
Em suas considerações finais, os autores destacam a importância de criar mais oportunidades de formação continuada que envolvam o uso das TDIC, tanto na formação inicial quanto na formação em exercício, e a necessidade de mais investigações que explorem a interseção entre tecnologia e ensino de Química. Sidney Soares Filho (discussão) 19h55min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 26: Docência universitária e letramento digital: desafios da formação de professores
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Título: Docência universitária e letramento digital: desafios da formação de professores
Autores: Maria Paulina de Assis, Elis Regina da Costa, Wender Faleiro
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 21, n. 68, p. 127-154, jan./mar. 2021
DOI: http://doi.org/10.7213/1981-416X.21.068.DS06
O artigo intitulado "Docência universitária e letramento digital: desafios da formação de professores" foi publicado na Revista Diálogo Educacional e tem como objetivo investigar como o letramento digital é abordado na docência universitária em publicações científicas. O estudo concentra-se na análise de trabalhos acadêmicos sobre o letramento digital de professores universitários e a necessidade de capacitação para o uso eficiente de tecnologias digitais no ensino superior.
A metodologia empregada é uma revisão sistemática, onde os autores realizaram buscas no Google Acadêmico, utilizando critérios de inclusão como: publicações de 2010 a 2019, em língua portuguesa, revisadas por pares, que tratassem de "letramento digital" no título. Foram selecionados 22 artigos para análise.
Os resultados indicam que a maioria das pesquisas analisadas adota uma abordagem qualitativa e revela que, embora haja um reconhecimento da importância do letramento digital, os professores enfrentam desafios significativos na aquisição dessas competências. As soluções sugeridas envolvem tanto a formação inicial quanto a formação continuada, com ênfase no trabalho colaborativo entre professores e no suporte institucional para o desenvolvimento de competências digitais.
Entre as limitações do estudo, destaca-se a concentração nas publicações em língua portuguesa, o que pode limitar a aplicabilidade dos resultados em contextos internacionais. Além disso, a revisão restringiu-se ao Google Acadêmico, excluindo outras bases de dados mais abrangentes.
Em termos de relevância, o artigo contribui para a compreensão dos desafios enfrentados pelos professores universitários em relação à adoção de tecnologias digitais, ao mesmo tempo em que reforça a necessidade de mais pesquisas e iniciativas de formação focadas no desenvolvimento dessas competências no contexto da educação superior. Sidney Soares Filho (discussão) 19h55min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 27: Mapeamento dos Estudos sobre a Formação de Professores no Âmbito do Processo de Bolonha em Portugal
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Título: Mapeamento dos Estudos sobre a Formação de Professores no Âmbito do Processo de Bolonha em Portugal
Autores: Elaine Jesus Alves, Bento Duarte da Silva, Raiane da Silveira da Silva
Ano de Publicação: 2017
Fonte: Revista Observatório, Palmas, v. 3, n. 6, p. 248-273, out.-dez. 2017
DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p248
o artigo "Mapeamento dos Estudos sobre a Formação de Professores no Âmbito do Processo de Bolonha em Portugal" aborda o impacto do Processo de Bolonha na formação de professores em Portugal. Publicado na Revista Observatório, o estudo foi realizado por Elaine Jesus Alves, Bento Duarte da Silva e Raiane da Silveira da Silva.
O objetivo principal do estudo é mapear as pesquisas realizadas em Portugal sobre a formação de professores no contexto do Processo de Bolonha (PB), a fim de compreender as implicações dessa reforma no ensino superior sobre o trabalho docente. O artigo investiga como o PB afetou a estrutura curricular e o desenvolvimento profissional dos professores.
A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática, com dados extraídos de repositórios científicos de acesso aberto em Portugal, especificamente o RCAAP. Foram analisados 505 documentos, dos quais 318 foram identificados como relevantes para o tema, incluindo teses, dissertações e artigos. Após uma triagem, o estudo se concentrou em 19 documentos, sendo 7 teses de doutorado, 1 dissertação e 11 artigos. A análise de conteúdo foi utilizada para interpretar os dados.
Os resultados principais indicam que, embora o PB tenha trazido mudanças significativas na formação de professores em Portugal, os estudos sobre seu impacto são ainda incipientes. As pesquisas analisadas destacam que os desafios incluem a reestruturação curricular, a integração de novas competências, e a adaptação dos professores às demandas de internacionalização e mobilidade acadêmica. Muitos cursos sofreram mudanças significativas em seus currículos, porém, os resultados práticos dessas mudanças ainda carecem de mais investigações.
O estudo também sugere que mais pesquisas são necessárias para avaliar os efeitos de longo prazo do PB na qualidade da formação docente e no desenvolvimento profissional dos professores em diferentes níveis de ensino.
As limitações do estudo incluem o foco exclusivo em pesquisas realizadas em Portugal, o que restringe a generalização dos resultados para outros países. Além disso, a pesquisa se concentrou apenas em materiais de acesso aberto, podendo haver mais informações em fontes não acessadas.
Em termos de relevância, o artigo oferece uma visão detalhada sobre o impacto do Processo de Bolonha na formação docente em Portugal, contribuindo para a compreensão das implicações dessa reforma e indicando áreas que ainda necessitam de mais estudo e análise. A pesquisa serve como base para futuras investigações sobre a adaptação dos sistemas educacionais europeus a essa nova realidade.
O estudo conclui que, embora o PB tenha sido uma tentativa de unificação e modernização do ensino superior na Europa, seu impacto sobre a formação de professores, em particular, requer mais atenção, especialmente em termos de adaptação curricular e desenvolvimento profissional contínuo. Sidney Soares Filho (discussão) 19h56min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 28: Recursos didáticos no ensino de genética para pessoa com deficiência visual: uma revisão sistemática de literatura
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Título: Recursos didáticos no ensino de genética para pessoa com deficiência visual: uma revisão sistemática de literatura
Autores: Jessica Correia Boese, João Paulo Stadler, Antônio Soares Junior da Silva, Mariana da Silva Azevedo
Ano de Publicação: 2022
Fonte: ACTIO, Curitiba, v. 7, n. 3, p. 1-18, set./dez. 2022
DOI: 10.3895/actio.v7n3.3527
O artigo intitulado "Recursos Didáticos no Ensino de Genética para Pessoas com Deficiência Visual: Uma Revisão Sistemática de Literatura", de Jessica Correia Boese, João Paulo Stadler, Antônio Soares Junior da Silva, e Mariana da Silva Azevedo, busca discutir a inclusão de alunos com deficiência visual no ensino de genética. O objetivo do estudo é caracterizar adaptações feitas no processo de ensino-aprendizagem de estudantes com deficiência visual no contexto geral do ensino de biologia, com foco especial no conteúdo de genética.
A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática de literatura, com a análise de dez artigos apresentados em eventos acadêmicos relevantes. A seleção dos artigos foi feita considerando publicações a partir de 2014. O critério principal para a inclusão dos artigos foi a abordagem sobre a adaptação de recursos didáticos para o ensino de genética para alunos com deficiência visual. Os eventos analisados incluem o Encontro Nacional de Ensino de Biologia (ENEBIO) e o Congresso Internacional de Educação Inclusiva (CINTEDI).
Os resultados principais mostram que os materiais mais utilizados para a confecção de recursos didáticos adaptados incluem E.V.A., massa de biscuit, papel vegetal, e o sistema Braille, com foco na via tátil para facilitar a aprendizagem. Contudo, os autores observam que existe uma escassez de estudos voltados para o ensino de genética para pessoas com deficiência visual. A maioria dos trabalhos analisados utilizou materiais de baixo custo e acessíveis, facilitando a replicação em diferentes contextos escolares.
Em termos de metodologia adotada, os artigos revisados utilizam diferentes abordagens para a adaptação dos recursos didáticos. Alguns focaram em modelos tridimensionais, enquanto outros usaram o sistema Braille e texturas para representar conceitos abstratos de genética, como o sistema ABO e as Leis de Mendel. A aplicação dos recursos nas salas de aula, em muitos casos, envolveu a participação de alunos com deficiência visual e outros com venda nos olhos, para experimentar a inclusão a partir de diferentes perspectivas.
As limitações do estudo incluem a restrição da pesquisa a artigos publicados em eventos específicos, o que pode não refletir todas as adaptações existentes para o ensino de genética a deficientes visuais. Além disso, a pesquisa se limita ao contexto educacional brasileiro e ao período delimitado entre 2014 e 2020.
O artigo conclui que, apesar dos avanços no uso de tecnologias assistivas e recursos didáticos adaptados, ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir a inclusão plena de alunos com deficiência visual no ensino de genética. A importância da formação continuada de professores é destacada como essencial para a efetiva implementação de práticas inclusivas. Sidney Soares Filho (discussão) 19h56min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 29: Uma revisão sistemática sobre investigações narrativas
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Título: Uma revisão sistemática sobre investigações narrativas no ensino de ciências nos últimos cinco anos na América Latina (2016-2020)
Autor: Raphael Alves Feitosa
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Revista de Ciências do Estado, Belo Horizonte, v. 6, n. 1, e26440
DOI: Não informado
O artigo intitulado "Uma Revisão Sistemática sobre Investigações Narrativas no Ensino de Ciências nos Últimos Cinco Anos na América Latina (2016-2020)", escrito por Raphael Alves Feitosa, tem como objetivo descrever e analisar investigações narrativas publicadas no período entre 2016 e 2020, focadas na interface com o ensino de ciências. Através de uma revisão sistemática da literatura realizada no Portal de Periódicos CAPES, o estudo buscou identificar materiais relevantes que utilizam o método de pesquisa narrativa no ensino de ciências.
A questão de pesquisa centra-se em como a pesquisa narrativa tem sido utilizada para investigar o ensino de ciências na América Latina e quais os principais resultados encontrados ao longo dos últimos cinco anos. A metodologia envolveu o uso de descritores predefinidos e operadores booleanos para selecionar os estudos mais relevantes, resultando em 11 materiais, incluindo nove artigos publicados em periódicos revisados por pares, uma dissertação de mestrado e um trabalho apresentado em um evento nacional.
Os resultados principais indicam uma tendência de crescimento na aplicação da metodologia narrativa no ensino de ciências em diferentes contextos, que vão desde a educação básica até o ensino superior. A pesquisa destaca, em especial, o uso de narrativas na formação de professores, com resultados positivos tanto na área de ciências quanto no desenvolvimento humano dos alunos e professores. Entre os estudos analisados, foi observada uma ênfase na formação docente e no uso de narrativas para refletir sobre práticas pedagógicas e científicas.
No que se refere às ferramentas utilizadas, o estudo utilizou o software de revisão sistemática Parsifal para organizar os dados e as buscas realizadas no portal. As limitações da pesquisa incluem a delimitação temporal (2016-2020) e o foco geográfico na América Latina, o que pode restringir a aplicação dos resultados a outros contextos educacionais.
Em termos de relevância, o artigo contribui significativamente para o campo educacional ao destacar a importância das narrativas como metodologia de ensino e pesquisa em ciências, incentivando uma prática mais reflexiva e crítica no ensino dessas disciplinas. Além disso, o artigo ressalta que, apesar do crescimento das investigações narrativas, ainda há necessidade de mais pesquisas que integrem essa metodologia em diferentes níveis de ensino.
Esses elementos completam a análise sistemática das investigações narrativas no ensino de ciências na América Latina, sugerindo que essa abordagem é uma ferramenta poderosa para enriquecer o ensino e a formação de professores, promovendo uma educação mais conectada às experiências e vivências dos alunos e docentes. Sidney Soares Filho (discussão) 19h57min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 30: O processo de inserção profissional de professores da educação básica: revisão sistemática
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Título: O processo de inserção profissional de professores da educação básica: revisão sistemática
Autores: Ana Paula Gestoso de Souza, Janailza Moura de Sousa Barros
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Revista Triângulo, v. 14, n. 1, jan./abr. 2021
DOI: https://doi.org/10.18554/rt.v14i1.5198
O artigo intitulado "O processo de inserção profissional de professores da educação básica: revisão sistemática", publicado na Revista Triângulo (v.14, n.1, 2021), tem como objetivo investigar como o processo de inserção profissional dos professores da educação básica tem sido abordado nas produções científicas. A revisão sistemática busca mapear as principais pesquisas e apontar os desafios e aprendizagens dos docentes iniciantes nessa fase crítica da carreira.
A metodologia utilizada foi qualitativa, com base na revisão sistemática de estudos apresentados no IV Congresso Nacional de Formação de Professores e XIV Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores, realizado em 2018. Foram analisadas cinco comunicações de pesquisa que discutem o processo de indução à docência, tendo como foco principal o professor iniciante da educação básica. A coleta de dados incluiu a análise de documentos, observações e entrevistas com docentes e coordenadores pedagógicos.
Os resultados destacam que o professor iniciante enfrenta dificuldades relacionadas à gestão de sala de aula, à prática docente, ao planejamento de aulas, às demandas burocráticas e à indisciplina dos alunos. Essas dificuldades são exacerbadas pela falta de apoio institucional e pela ausência de políticas públicas eficazes que facilitem o processo de inserção profissional. O estudo também evidenciou a escassez de trabalhos voltados especificamente para o professor iniciante na educação básica, apesar do reconhecimento de que essa fase é essencial para o desenvolvimento profissional.
As conclusões indicam que a indução profissional de professores iniciantes ainda é uma área que carece de mais atenção, tanto em termos de políticas públicas quanto de apoio dentro das escolas. A criação de programas de mentoria e o acompanhamento por professores mais experientes são apontados como soluções viáveis para amenizar os desafios enfrentados pelos iniciantes. No entanto, o estudo destaca que essas iniciativas são raras no contexto educacional brasileiro, o que pode prejudicar a qualidade do ensino e o desenvolvimento profissional dos docentes.
As limitações do estudo incluem a análise de um número limitado de comunicações de pesquisa e a concentração em um único evento acadêmico. Além disso, a falta de clareza e coerência em algumas políticas públicas voltadas para o acompanhamento de professores iniciantes foi identificada como um obstáculo à melhoria da formação docente.
A relevância do estudo reside em sua contribuição para a compreensão dos desafios enfrentados pelos professores no início da carreira e a necessidade de políticas públicas e programas de apoio mais consistentes. Ele também reforça a importância de iniciativas que promovam o desenvolvimento profissional contínuo, especialmente durante os primeiros anos da docência, quando os professores ainda estão se adaptando às exigências da profissão. Sidney Soares Filho (discussão) 19h57min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 31: Formação de professores e tecnologias computacionais: uma revisão de literatura
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Título: Formação de professores e tecnologias computacionais: uma revisão de literatura
Autores: Rafael Garcia, Ana Paula Aporta, Fátima Elisabeth Denari
Ano de Publicação: 2019
Fonte: Revista Ambiente: Gestão e Desenvolvimento, v. 12, n. 3, p. 33-45, set./dez. 2019
DOI: Não informado
Observação: idêntico ao artigo 20. A Plataforma Capes repetiu o artigo.
O artigo intitulado "Formação de Professores e Tecnologias Computacionais: Uma Revisão de Literatura" discute a relação entre a formação de professores e o uso de tecnologias computacionais no Brasil. Publicado na Revista Ambiente: Gestão e Desenvolvimento em 2019, o estudo realiza uma revisão sistemática dos artigos brasileiros indexados na plataforma da CAPES até 2017, buscando compreender como as tecnologias computacionais são utilizadas no processo de formação de professores.
A metodologia adotada baseou-se em critérios de inclusão e exclusão bem definidos, analisando 20 artigos ao final do processo de triagem. Esses artigos foram classificados como de natureza básica e aplicada, com objetivos exploratórios e descritivos. O foco foi identificar os objetivos, procedimentos e resultados de pesquisas relacionadas ao uso de tecnologias computacionais na formação docente.
Os resultados apontaram que, embora as tecnologias computacionais sejam eficazes na formação de professores, há uma escassez de materiais publicados que detalhem os procedimentos didáticos adotados. Além disso, a maioria das pesquisas abordou a formação inicial de professores, com poucas voltadas para a formação continuada, revelando uma lacuna na continuidade do desenvolvimento profissional docente.
O artigo ressalta a importância da formação continuada e do uso de tecnologias digitais, como Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), para promover uma formação mais eficaz e alinhada às demandas contemporâneas. No entanto, um dos desafios identificados foi a falta de infraestrutura e tempo para que os professores possam integrar essas tecnologias de forma eficiente em suas práticas pedagógicas.
Os principais desafios destacados incluem a necessidade de melhorar a descrição metodológica nos estudos analisados, assim como ampliar o alcance dos descritores utilizados nas pesquisas, a fim de aumentar a visibilidade e o impacto das investigações na área.
Em conclusão, o artigo reforça que o uso de tecnologias computacionais na formação de professores é uma ferramenta valiosa, mas ainda há muito a ser feito para otimizar essa prática, especialmente no que diz respeito à formação continuada e à necessidade de uma maior articulação entre teoria e prática no uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs). Sidney Soares Filho (discussão) 19h57min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 32: Estudo sobre a tríade Educação Ambiental, Ensino de Biologia e Formação de Professores: uma revisão sistemática de literatura
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Título: Estudo sobre a tríade Educação Ambiental, Ensino de Biologia e Formação de Professores: uma revisão sistemática de literatura
Autores: Marcos Venicius Nunes, Raphael Alves Feitosa
Ano de Publicação: 2022
Fonte: Educitec - Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico, v. 8, e173422, 2022
DOI: Não informado
O artigo intitulado "Estudo sobre a tríade Educação Ambiental, Ensino de Biologia e Formação de Professores: uma revisão sistemática de literatura", de autoria de Marcos Venicius Nunes e Raphael Alves Feitosa, publicado na revista Educitec em 2022, analisa as intersecções entre três grandes áreas: Educação Ambiental (EA), Ensino de Biologia e Formação de Professores, por meio de uma revisão sistemática da literatura. O objetivo principal da pesquisa é mapear as publicações relacionadas à inserção da Educação Ambiental na formação de professores de Biologia e compreender como essa temática vem sendo abordada nas últimas décadas.
A metodologia do estudo é baseada na Revisão Sistemática de Literatura (RSL), um método rigoroso que visa sintetizar as evidências científicas sobre um tema específico. Foram analisados artigos acadêmicos disponíveis no Portal de Periódicos da CAPES, publicados entre 2010 e 2020, a fim de identificar as abordagens metodológicas, os resultados e as lacunas nas pesquisas sobre a tríade investigada. Ao todo, foram selecionados 10 artigos que abordavam diretamente a questão, os quais foram lidos integralmente e discutidos no artigo.
Os resultados obtidos indicam que a temática da Educação Ambiental tem sido abordada, embora de maneira pontual, durante a formação de professores de Biologia. Os autores ressaltam que, embora algumas universidades ofereçam disciplinas optativas ou atividades de extensão voltadas para a Educação Ambiental, essa temática ainda é tratada de forma fragmentada e descontextualizada. A maior parte dos estudos revisados indica que a Educação Ambiental é inserida por meio de disciplinas isoladas, muitas vezes sem articulação com o currículo principal dos cursos de Licenciatura em Biologia. Isso leva a uma abordagem limitada, com pouca integração entre a teoria e a prática docente.
Outro ponto importante discutido no artigo é a importância da interdisciplinaridade no ensino de Educação Ambiental. Embora os estudos revisados apontem para a necessidade de uma abordagem interdisciplinar, que conecte as diversas áreas do conhecimento com a temática ambiental, essa integração ainda é escassa nas práticas de formação de professores. A maioria das disciplinas focadas em Educação Ambiental está concentrada nas áreas de Ecologia e Ciências Biológicas, enquanto outras disciplinas, como Física, Química e Geografia, tendem a abordar o tema de forma superficial.
Em termos de limitações, o estudo destaca que a maioria das publicações revisadas não traz uma discussão profunda sobre a inserção da Educação Ambiental na formação continuada de professores. A formação inicial é o foco predominante, o que deixa uma lacuna importante em relação à formação continuada e ao desenvolvimento profissional ao longo da carreira docente.
O artigo conclui que, embora a Educação Ambiental tenha ganhado espaço nos currículos de formação de professores de Biologia, ainda há muito a ser feito para garantir que essa formação seja realmente eficaz e integrada. É necessária uma maior articulação entre a teoria e a prática, bem como uma abordagem mais interdisciplinar que envolva diferentes áreas do conhecimento. Os autores sugerem que futuras pesquisas devem se concentrar em desenvolver estratégias para a inserção mais efetiva da Educação Ambiental no currículo de formação de professores, além de promover uma maior integração entre as disciplinas e atividades práticas.
Essa pesquisa contribui para a área de Educação Ambiental ao fornecer uma visão crítica sobre como essa temática vem sendo tratada no contexto da formação de professores de Biologia, destacando a necessidade de avanços tanto na formação inicial quanto na continuada. Sidney Soares Filho (discussão) 19h58min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 33: Educação em Ciências e Matemática no Brasil: uma Revisão Sistemática de 25 Anos de Pesquisa (1994–2018)
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Título: Educação em Ciências e Matemática no Brasil: uma Revisão Sistemática de 25 Anos de Pesquisa (1994–2018)
Autores: Samuel Molina Schnorr, Maurício Pietrocola
Ano de Publicação: 2022
Fonte: Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 22, e37242, 2022
DOI: http://dx.doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2022u713742
O artigo intitulado "Educação em Ciências e Matemática no Brasil: uma Revisão Sistemática de 25 Anos de Pesquisa (1994-2018)", escrito por Samuel Molina Schnorr e Maurício Pietrocola, foi publicado na Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. A pesquisa foca em analisar a produção científica em educação científica e matemática no Brasil ao longo de 25 anos. A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática de literatura, com a análise de 10 periódicos nacionais de alto impacto. O artigo busca traçar um panorama abrangente da pesquisa nessa área e compreender as tendências de publicação.
Os resultados indicam que, entre 1994 e 2018, foram publicados 3.014 artigos de produção nacional e 584 de produção estrangeira, sendo que a maior parte das publicações nacionais está concentrada em universidades públicas do sudeste do Brasil. As áreas mais pesquisadas incluem formação de professores, ensino e aprendizagem, e livro didático, além de uma atenção significativa à educação ambiental. A pesquisa empírica foi o tipo de estudo mais comum, seguido por ensaios teóricos e relatos de experiência.
Uma das limitações do estudo foi a exclusão de periódicos de menor impacto e publicações que não abordavam diretamente a educação científica e matemática, o que pode ter limitado a abrangência das conclusões. No entanto, o artigo fornece uma contribuição valiosa ao mapear as áreas de maior produção e os desafios enfrentados na pesquisa em educação científica e matemática.
Em conclusão, o estudo aponta que a pesquisa nessa área no Brasil ainda é predominantemente conduzida por homens, com concentração em universidades públicas do sudeste, especialmente em São Paulo. Apesar do crescimento da produção científica, ainda há desafios relacionados à diversidade de temas e à inclusão de novas perspectivas e abordagens metodológicas. Sidney Soares Filho (discussão) 19h58min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 34: Estudos sobre Inglês como Língua Franca no Brasil (2005-2012): uma metassíntese qualitativa
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Título: Estudos sobre Inglês como Língua Franca no Brasil (2005-2012): uma metassíntese qualitativa
Autores: Marcella Bordini, Telma Gimenez
Ano de Publicação: 2014
Fonte: Signum: Estudos de Linguística, Londrina, v. 17, n. 1, p. 10-43, jun. 2014
DOI: http://dx.doi.org/10.5433/2237-4876.2014v17n1p10
O artigo que você forneceu, "Estudos sobre Inglês como Língua Franca no Brasil (2005-2012): uma metassíntese qualitativa", apresenta uma revisão sistemática da literatura sobre o uso do inglês como língua franca (ILF) no Brasil, entre os anos de 2005 e 2012. A pesquisa foca em 67 trabalhos, localizados por meio de buscas em bases de dados como o Banco de Teses da CAPES e o Google Acadêmico, além de alguns periódicos qualificados da área de Letras e Linguística Aplicada.
A metodologia adotada pelos autores foi uma metassíntese qualitativa, utilizando o modelo de Sarnighausen (2011). Os estudos foram selecionados a partir de termos como "inglês como língua franca", "inglês como língua global", e "inglês como língua internacional", e a análise se concentrou em entender o ILF como uma ferramenta de comunicação entre falantes não nativos de inglês, com foco em contextos pedagógicos. Os resultados demonstram que o conceito de ILF é compreendido predominantemente como um contexto de uso entre falantes de inglês não nativos, o que tem implicações diretas para o ensino de inglês no Brasil.
Entre os resultados, o artigo destaca a lacuna de pesquisas empíricas sobre interações de ILF que incluam brasileiros, o que faz com que a formação de professores se baseie em grande parte em literatura internacional, de natureza predominantemente ensaística. Os autores sugerem que essa lacuna limita a adaptação do ILF às realidades brasileiras, evidenciando a necessidade de mais estudos que incorporem o contexto local. O artigo também menciona que o interesse por ILF pode aumentar em função de eventos internacionais, como os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.
Um dos principais desafios destacados foi a falta de reflexões brasileiras que considerem o inglês no contexto do Círculo em Expansão (países onde o inglês é aprendido como língua estrangeira), o que sugere uma dependência de pesquisas realizadas fora do Brasil. Além disso, o estudo conclui que o ILF deve ser encarado como uma prática social, mais do que uma variedade codificada de inglês, refletindo as diversas formas de uso linguístico em diferentes contextos.
Em termos de limitações, o estudo reconhece a ausência de dados empíricos envolvendo falantes brasileiros e sugere que isso limita a criação de um corpo mais robusto de conhecimento sobre o ILF no Brasil. No entanto, o artigo fornece uma contribuição significativa ao mapear as produções acadêmicas e propor caminhos para futuros estudos, incluindo a necessidade de considerar o ILF em contextos educacionais brasileiros e a importância de formar professores com uma compreensão crítica do ILF.
Conclui-se que há um campo emergente de estudos sobre ILF no Brasil, mas que ainda carece de maior desenvolvimento, especialmente no que diz respeito às interações empíricas com falantes brasileiros e à adaptação do ILF às realidades educacionais locais. Sidney Soares Filho (discussão) 20h01min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 35: Currículo e Tecnologia: revisão sistemática de literatura no âmbito da revista científica e-Curriculum
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Título: Currículo e Tecnologia: revisão sistemática de literatura no âmbito da revista científica e-Curriculum
Autores: Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, Gerlane Romão Fonseca Perrier, Lina Maria Gonçalves, Cleide Maria dos Santos Muñoz
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 614-635, abr./jun. 2020
DOI: http://dx.doi.org/10.23925/1809-3876.2020v18i2p614-635
O artigo anexado com o título "Currículo e Tecnologia: Revisão Sistemática de Literatura no Âmbito da Revista Científica e-Curriculum", de autoria de Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, Gerlane Romão Fonseca Perrier, Lina Maria Gonçalves e Cleide Maria dos Santos Muñoz, é uma revisão sistemática que visa caracterizar a produção científica da Revista e-Curriculum sobre os temas de currículo e tecnologia. A pesquisa utiliza a técnica de análise de conteúdo para investigar como essas temáticas foram abordadas nos 141 artigos selecionados entre os 571 publicados ao longo dos 15 anos da revista.
A metodologia baseia-se em um protocolo de estudo bem estruturado que envolve etapas como planejamento, levantamento bibliográfico, metanálise dos resultados e análise crítica. Os artigos foram agrupados em quatro categorias principais: formação e prática docente com projeto, tecnologia e currículo no contexto escolar, cursos, atividades e recursos, e aprendizagem e construção do conhecimento. A análise evidenciou uma convergência significativa entre as temáticas de formação docente e o uso de tecnologias no currículo escolar, destacando o potencial das tecnologias digitais para a formação de professores.
Os resultados mostram que, nas publicações analisadas, há uma predominância de estudos que discutem a relação entre tecnologias digitais e práticas pedagógicas. A formação docente é um tema central, e a revista destaca a importância da capacitação contínua dos professores para o uso eficiente das tecnologias no ensino. Além disso, foi identificado que muitos dos cursos e atividades discutidos nas publicações são oferecidos no formato a distância ou híbrido, reforçando a tendência de integração das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na educação.
Um ponto essencial abordado nos artigos é a aprendizagem colaborativa, tanto entre professores quanto entre alunos, como elemento chave para a construção do conhecimento. A revista sugere que a formação de professores com foco em práticas investigativas e projetos de pesquisa é essencial para a criação de contextos favoráveis ao uso das TICs em sala de aula, promovendo, assim, uma maior autonomia e inovação nas práticas docentes.
As limitações do estudo incluem o fato de focar exclusivamente nas publicações da Revista e-Curriculum, o que pode deixar de fora outras contribuições importantes sobre o uso de tecnologias no currículo. No entanto, o estudo é relevante por mostrar como a revista tem contribuído para a discussão e disseminação de pesquisas acadêmicas que envolvem o uso de TICs na educação, promovendo a democratização do conhecimento.
Em conclusão, o artigo reafirma a importância de uma formação docente contínua e bem estruturada, que utilize as tecnologias digitais de forma crítica e reflexiva. As publicações analisadas apontam para a necessidade de uma maior integração entre as TICs e o currículo escolar, com ênfase na criação de ambientes que estimulem a aprendizagem ativa e colaborativa, tanto de alunos quanto de professores. Sidney Soares Filho (discussão) 20h01min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 36: Impacto das ações formativas no uso de tecnologias nas práticas docentes
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Título: Impacto das ações formativas no uso de tecnologias nas práticas docentes
Autores: Lucicleide Araújo de Sousa Alves, Benedito Rodrigues dos Santos, Lêda Gonçalves de Freitas
Ano de Publicação: 2017
Fonte: Revista Psicologia: Teoria e Prática, v. 19, n. 3, p. 316-334, set.-dez. 2017
DOI: http://dx.doi.org/10.5935/1980-6906/psicologia.v19n3p316-334
O artigo "Impacto das Ações Formativas no Uso de Tecnologias nas Práticas Docentes", escrito por Lucicleide Araújo de Sousa Alves, Benedito Rodrigues dos Santos e Lêda Gonçalves de Freitas, e publicado na Revista Psicologia: Teoria e Prática (2017), realiza uma revisão sistemática sobre o impacto das ações de formação no uso de tecnologias nas práticas docentes, além de analisar os principais efeitos e desafios envolvidos. O estudo foca na educação brasileira, particularmente no uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) por professores que atuam nas escolas públicas.
A metodologia do estudo se baseia em uma revisão sistemática de artigos científicos indexados na base SciELO entre 2003 e 2016. Foram aplicados filtros como "formação de professores" e "uso de tecnologias", resultando em 83 artigos iniciais, dos quais 28 foram analisados integralmente após a eliminação de duplicatas e exclusão de textos que não atendiam aos critérios de inclusão. Os artigos selecionados foram examinados através de uma análise de conteúdo temática, baseada no método de Bardin (2002), com o objetivo de identificar os principais efeitos das formações tecnológicas sobre as práticas pedagógicas dos professores.
Os resultados indicam que, embora as políticas públicas tenham promovido o uso de tecnologias nas práticas pedagógicas, a adoção efetiva dessas ferramentas pelos professores ainda enfrenta diversos desafios. As ações formativas, como o programa ProInfo, foram implementadas com a finalidade de capacitar os docentes para utilizarem as TDICs com foco pedagógico. Contudo, a revisão sistemática aponta que muitos professores não incorporaram plenamente essas tecnologias nas suas práticas cotidianas, frequentemente devido a falta de infraestrutura, formação insuficiente e resistência cultural. Além disso, os estudos indicam que a utilização de TDICs tem sido limitada ao planejamento e à comunicação, com pouco impacto no aprimoramento das práticas pedagógicas.
Um aspecto destacado foi a formação continuada como essencial para que os professores se apropriem das tecnologias de maneira mais efetiva e desenvolvam novas metodologias que promovam um ensino mais dinâmico e colaborativo. No entanto, o estudo ressalta que, apesar dos esforços formativos, os professores ainda enfrentam dificuldades em integrar as tecnologias de maneira reflexiva e crítica. A falta de tempo e o acesso limitado à internet e a equipamentos adequados foram mencionados como fatores inibidores do uso pleno das TDICs em sala de aula.
Os principais desafios observados incluem a ausência de uma cultura escolar que valorize o uso de tecnologias de forma colaborativa e inovadora, além da necessidade de repensar a formação docente para que a utilização das TDICs seja mais integrada aos processos pedagógicos. O artigo também sugere que o sucesso da integração das tecnologias depende não só da formação dos professores, mas também de investimentos em infraestrutura e suporte técnico nas escolas.
Em termos de relevância, o artigo contribui para o debate sobre a modernização das práticas educativas no Brasil e destaca a necessidade de uma formação docente mais sólida para que as TDICs possam ser utilizadas de forma eficaz. A revisão aponta para a importância de desenvolver políticas educacionais que ofereçam suporte contínuo aos professores e que promovam a utilização das tecnologias como ferramentas transformadoras da educação, além de simples instrumentos técnicos.
Em conclusão, o estudo ressalta que, apesar dos investimentos em políticas de formação e infraestrutura, ainda há um longo caminho a percorrer para que as tecnologias digitais sejam utilizadas plenamente no contexto educacional brasileiro. A integração efetiva das TDICs exige não apenas capacitação técnica, mas também uma mudança cultural nas práticas pedagógicas, com foco na formação contínua e no desenvolvimento de metodologias inovadoras que valorizem o papel ativo dos estudantes no processo de aprendizagem. Sidney Soares Filho (discussão) 20h02min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 37: Práticas investigativas envolvendo articulações entre história e ensino de matemática no PGECM/IFCE
[editar código-fonte]Identificação do Estudo (Artigo 37)
Título: Práticas investigativas envolvendo articulações entre história e ensino de matemática no PGECM/IFCE
Autores: Francisco Hemerson Brito da Silva, Ana Carolina Costa Pereira
Ano de Publicação: 2022
Fonte: REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, v. 10, n. 3, e22073, set./dez. 2022
DOI: http://dx.doi.org/10.26571/reamec.v10i3.13956
O artigo intitulado "Práticas investigativas envolvendo articulações entre história e ensino de matemática no PGECM/IFCE", escrito por Francisco Hemerson Brito da Silva e Ana Carolina Costa Pereira, foi publicado na Revista REAMEC em 2022. Ele aborda uma revisão sistemática de literatura (RSL) com o objetivo de mapear a produção científica que envolve a interface entre a história e o ensino de matemática, especificamente no contexto do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PGECM) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), entre 2015 e 2022.
A metodologia da pesquisa consiste na revisão de dissertações e teses produzidas no programa, buscando investigar como os recursos da história da matemática, como documentos históricos e instrumentos matemáticos antigos, foram utilizados em contextos de ensino. A revisão foi conduzida utilizando os métodos propostos por Kitchenham (2004), que orientam a estruturação de uma RSL. A análise se focou na mobilização desses recursos tanto para finalidades acadêmicas quanto práticas, e a pesquisa foi organizada em três momentos principais: fundamentação metodológica, síntese das pesquisas selecionadas, e análise dos resultados e reflexões.
Os resultados destacam que a maior parte das pesquisas analisadas utilizou instrumentos matemáticos antigos e documentos históricos como recurso para desenvolver atividades educativas, especialmente em cursos de extensão universitária para formação de professores. Por exemplo, instrumentos como a balhestilha e as barras de Napier foram estudados em cursos práticos, onde os participantes puderam explorar suas aplicações históricas e didáticas. Houve uma forte ênfase na formação de professores e na aplicação desses conhecimentos em sala de aula.
Além disso, a formação continuada de professores foi um tema recorrente, com as pesquisas evidenciando a importância de capacitar os docentes para utilizarem os recursos históricos como forma de enriquecer o ensino de matemática. A abordagem metodológica dos estudos incluiu atividades orientadas pelo ensino e práticas colaborativas, que ajudaram a demonstrar as potencialidades didáticas dos objetos de estudo.
Entre as limitações do estudo está o fato de se concentrar exclusivamente na produção do PGECM/IFCE, limitando a amplitude da revisão ao contexto local. No entanto, as contribuições do artigo são valiosas ao mostrar como a história da matemática pode ser incorporada ao ensino de forma a promover um maior engajamento dos alunos e a formação de professores mais preparados para lidar com a interdisciplinaridade.
O artigo conclui que o uso de recursos históricos para o ensino de matemática, quando bem estruturado, oferece novas possibilidades pedagógicas que vão além dos métodos tradicionais, incentivando uma prática educativa mais rica e conectada ao contexto histórico e cultural dos conceitos matemáticos. Sidney Soares Filho (discussão) 20h02min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 38: Perspectivas de modelos formativos com enfoques construtivistas para formação de professores de ciências segundo as concepções de Rafael Porlán e colaboradores
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Título: Perspectivas de modelos formativos com enfoques construtivistas para formação de professores de ciências segundo as concepções de Rafael Porlán e colaboradores
Autores: Francisco Otávio Cintra Ferrarini, Amadeu Moura Bego
Ano de Publicação: 2019
Fonte: Investigações em Ensino de Ciências, v. 24, n. 1, p. 22-44, 2019
DOI: http://dx.doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2019v24n1p22
O artigo intitulado "Perspectivas de Modelos Formativos com Enfoques Construtivistas para Formação de Professores de Ciências segundo as Concepções de Rafael Porlán e Colaboradores", escrito por Francisco Otávio Cintra Ferrarini e Amadeu Moura Bego, publicado na revista Investigações em Ensino de Ciências, tem como principal objetivo investigar e discutir os modelos formativos propostos por Rafael Porlán e colaboradores para a formação de professores de ciências, com base em uma revisão sistemática de periódicos relevantes na área.
A metodologia utilizada pelos autores inclui uma revisão sistemática de artigos publicados em periódicos de ensino de ciências entre 1997 e 2017, classificados nos estratos A1 e A2 do Qualis/CAPES. Foram considerados sete periódicos nacionais de referência na área de ensino, como Ciência e Educação e Investigações em Ensino de Ciências. A coleta de dados baseou-se em descritores como "formação de professores", "modelos construtivistas" e "saberes docentes", entre outros. Os artigos selecionados foram analisados em termos de sua abordagem sobre a formação de professores e a utilização das perspectivas teóricas de Rafael Porlán.
Os resultados do estudo indicam que os trabalhos de Porlán e colaboradores têm uma presença significativa, mas ainda limitada, nas publicações brasileiras sobre formação de professores de ciências. Apenas 5,3% dos artigos publicados nos periódicos analisados mencionam ou utilizam as concepções dos autores espanhóis. As principais contribuições de Porlán incluem a proposta de modelos formativos construtivistas e investigativos que integram saberes teóricos e práticos, com o objetivo de promover a reflexão crítica e a evolução dos professores em direção a um conhecimento profissional desejável.
As conclusões apontam para a relevância dos modelos formativos de Porlán na superação de abordagens tradicionais de formação de professores. Os autores destacam a importância de integrar a pesquisa sobre a prática docente no processo formativo, de modo a fomentar a autonomia e a capacidade crítica dos professores. As propostas de Porlán são vistas como uma alternativa eficaz para enfrentar os desafios da educação científica e promover inovações pedagógicas nas escolas.
Entre as limitações do estudo, os autores reconhecem que a revisão se restringiu a periódicos nacionais e que a inclusão de publicações internacionais poderia ampliar a compreensão sobre o impacto das teorias de Porlán. Além disso, a análise foi limitada a publicações específicas de uma área, o que pode não refletir plenamente a adoção dessas teorias em outras áreas educacionais.
A relevância do estudo reside em sua contribuição para o campo da formação de professores de ciências, ao destacar a importância de modelos construtivistas e investigativos na prática pedagógica. O artigo oferece uma base teórica sólida para futuras pesquisas e políticas educacionais voltadas à formação inicial e continuada de professores de ciências. Sidney Soares Filho (discussão) 20h03min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 39: Matemática na Educação de Jovens e Adultos: análise da produção científica do período 2004-2015
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Título: Matemática na Educação de Jovens e Adultos: análise da produção científica do período 2004-2015
Autores: Giane Correia Silva, Mary Ângela Teixeira Brandalise
Ano de Publicação: 2016
Fonte: Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 9, n. 1, p. 202-227, jan./abr. 2016
DOI: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect
O artigo "Matemática na Educação de Jovens e Adultos: análise da produção científica do período 2004-2015", de autoria de Giane Correia Silva e Mary Ângela Teixeira Brandalise, publicado na Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, busca mapear e analisar a produção acadêmica relacionada ao ensino de Matemática na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, ao longo de um período de 11 anos. A pesquisa apresenta uma visão abrangente dos desafios e avanços na área, destacando as principais temáticas, tendências e lacunas presentes nas pesquisas acadêmicas.
A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática de literatura, na qual os autores examinaram 68 produções acadêmicas, sendo 65 dissertações de mestrado e 3 teses de doutorado, defendidas em universidades brasileiras entre os anos de 2004 e 2015. A busca por esses trabalhos foi realizada com o auxílio de descritores como "Matemática" e "Educação de Jovens e Adultos", nas principais bases de dados acadêmicas do Brasil. A análise dos dados foi conduzida por meio do software IRAMUTEQ, que permitiu uma análise lexicográfica e de similitude, facilitando a organização dos estudos em cinco grandes eixos temáticos: Atuação e prática do professor de Matemática, Ensino-aprendizagem de Estatística, Ensino-aprendizagem de Matemática, Formação de professores de Matemática, e Currículo de Matemática.
No eixo Atuação e prática do professor de Matemática, a pesquisa revelou que muitos professores enfrentam dificuldades em adaptar sua prática pedagógica às necessidades dos alunos da EJA. A falta de formação específica para trabalhar com esse público, somada à diversidade de perfis dos estudantes, que variam entre jovens que não completaram o ensino regular e adultos que voltam à escola após longos períodos, complica o processo de ensino. Os professores, em geral, relataram que se sentem despreparados para lidar com os desafios da sala de aula da EJA, o que prejudica o desenvolvimento de práticas pedagógicas mais inclusivas e eficazes.
O eixo Ensino-aprendizagem de Matemática foi o tema mais frequente nas pesquisas analisadas, representando cerca de 67% dos estudos. As investigações nesta área destacam a dificuldade que os alunos da EJA têm com conteúdos básicos da Matemática, como operações fundamentais, frações, e resolução de problemas. O ensino tradicional, muitas vezes centrado em métodos expositivos e pouco dialógicos, não atende às necessidades dos alunos da EJA, que requerem abordagens mais contextualizadas e significativas. Os estudos sugerem que metodologias ativas, que valorizem a experiência de vida dos alunos e suas interações com a Matemática no dia a dia, são mais eficazes para engajar os estudantes e promover uma aprendizagem significativa.
O eixo Ensino-aprendizagem de Estatística recebeu menor atenção nas pesquisas analisadas, o que demonstra uma lacuna significativa no ensino dessa área no contexto da EJA. Embora a Estatística seja uma ferramenta importante para a compreensão de dados e informações no cotidiano, ela ainda não é amplamente explorada nas práticas pedagógicas da EJA. As poucas pesquisas que abordam o ensino de Estatística sugerem que é necessário integrar essa área de conhecimento ao currículo de maneira mais efetiva, promovendo o letramento estatístico dos alunos.
A formação de professores de Matemática foi outro eixo central das pesquisas. O estudo revelou que a maioria dos professores que atuam na EJA não recebe uma formação adequada para lidar com as especificidades desse público. Muitos educadores são formados para atuar no ensino regular e não possuem preparo para adaptar suas estratégias de ensino à realidade dos alunos da EJA, que frequentemente apresentam lacunas educacionais significativas e trazem experiências de vida que diferem das vivências dos alunos tradicionais. As pesquisas sugerem que a formação continuada é essencial para capacitar os professores a desenvolverem metodologias mais inclusivas e efetivas, que dialoguem com o contexto social e cultural dos alunos.
Por fim, o eixo Currículo de Matemática destaca que o currículo adotado na EJA muitas vezes não é adequado para as necessidades dos alunos. O currículo, em muitos casos, segue os moldes do ensino regular, o que pode tornar os conteúdos descontextualizados e pouco atrativos para os estudantes da EJA. Os estudos sugerem que o currículo de Matemática na EJA deve ser revisado e adaptado para incluir conteúdos que sejam mais significativos para o cotidiano dos alunos, valorizando suas experiências de vida e suas necessidades práticas.
As limitações do estudo incluem o fato de que a revisão se concentrou em fontes eletrônicas e na produção acadêmica disponível em bases de dados brasileiras, o que pode não refletir completamente o cenário de ensino de Matemática na EJA em outras regiões ou contextos. Além disso, a análise abrange apenas o período de 2004 a 2015, o que exclui pesquisas mais recentes que podem trazer novas perspectivas e abordagens para o ensino de Matemática na EJA.
Em termos de relevância, o artigo oferece uma contribuição importante para a compreensão dos desafios e avanços no ensino de Matemática para jovens e adultos no Brasil. Ao mapear as principais tendências e lacunas da produção científica, os autores fornecem um panorama abrangente das questões que permeiam o ensino de Matemática na EJA, destacando a necessidade de mais pesquisas voltadas para a formação de professores e a adaptação curricular. O estudo também aponta para a importância de políticas públicas que incentivem a formação continuada dos docentes e a implementação de metodologias de ensino que sejam mais inclusivas e dialoguem com as realidades dos alunos da EJA.
O artigo conclui que, embora tenha havido avanços na produção científica sobre o ensino de Matemática na EJA, ainda há muito a ser feito, especialmente no que diz respeito à formação docente e à adaptação do currículo. Para que a EJA possa cumprir seu papel de promover a inclusão social e educacional, é necessário que o ensino de Matemática seja repensado e reorganizado, de modo a atender às necessidades específicas desse público. Sidney Soares Filho (discussão) 20h03min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 40: Revisão Sistemática: Prevenções ao Uso Abusivo de Drogas no Contexto Escolar Brasileiro
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Título: Revisão Sistemática: Prevenções ao Uso Abusivo de Drogas no Contexto Escolar Brasileiro
Autores: Vilkiane Natercia Malherme Barbosa, Tadeu Lucas de Lavor Filho, James Ferreira Moura Júnior, Alexandro Rodrigues Pinto, Luciana Sepúlveda Köptcke
Ano de Publicação: 2022
Fonte: Id on Line Revista de Psicologia, v. 16, n. 61, p. 100-114, julho 2022
DOI: http://dx.doi.org/10.14295/idonline.v16i61.3490
O artigo intitulado "Revisão Sistemática: Prevenções ao Uso Abusivo de Drogas no Contexto Escolar Brasileiro", escrito por Vilkiane Natercia Malherme Barbosa, Tadeu Lucas de Lavor Filho, James Ferreira Moura Júnior, Alexandro Rodrigues Pinto, e Luciana Sepúlveda Köptcke, apresenta uma revisão sistemática sobre as concepções e estratégias desenvolvidas no Brasil para a prevenção do uso abusivo de álcool, crack e outras drogas no contexto escolar. A pesquisa é voltada principalmente para a atuação com adolescentes e os fatores de risco associados ao uso de drogas nesse público.
A metodologia utilizada no estudo foi uma revisão sistemática da literatura científica, com buscas realizadas em duas bases de dados, a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e o Periódico CAPES, abrangendo o período de 2006 a 2016. A pesquisa foi guiada por critérios de inclusão e exclusão, resultando na análise de 19 trabalhos selecionados. A seleção foi orientada pelo uso de descritores como "drogas", "educação em saúde", e "escola", utilizando operadores booleanos para combinar os termos e garantir a recuperação de estudos relevantes.
Os resultados indicam que a prevenção ao uso de drogas no contexto escolar está fortemente associada à Educação em Saúde, que busca promover a conscientização dos adolescentes sobre os riscos do uso abusivo de substâncias. Entre as abordagens mais discutidas nos estudos analisados estão as oficinas educativas, o uso de questionários para avaliar o conhecimento dos alunos e a formação de professores para atuar como agentes promotores de saúde.
No que se refere aos fatores de risco, a pesquisa destaca que o uso precoce de drogas, como o álcool, está frequentemente relacionado à falta de informações adequadas e ao contexto familiar ou social dos adolescentes. O estudo também sugere que a formação de professores é fundamental para o sucesso das intervenções, mas aponta que muitos educadores ainda não se sentem preparados para lidar com o tema, o que pode resultar em abordagens superficiais ou equivocadas.
O artigo aponta para a necessidade de estratégias preventivas contínuas e integradas ao currículo escolar, que incluam o diálogo com os estudantes, pais, e outros profissionais da comunidade escolar. A abordagem multidisciplinar é destacada como uma das mais eficazes para a promoção da saúde no ambiente escolar.
Entre as limitações do estudo estão o foco exclusivo em publicações nacionais e o recorte temporal limitado até 2016, o que pode deixar de fora produções mais recentes sobre o tema. Além disso, a pesquisa não incluiu estudos teóricos ou revisões sistemáticas que poderiam oferecer uma visão mais abrangente sobre o campo.
Em termos de relevância, o artigo contribui para o campo da educação e saúde ao fornecer um panorama das principais estratégias utilizadas para a prevenção de drogas no contexto escolar brasileiro. Ele destaca a importância de uma educação em saúde contínua e de políticas públicas que priorizem a formação de professores e o desenvolvimento de programas preventivos mais abrangentes e inclusivos.
Por fim, o estudo conclui que, embora existam iniciativas promissoras na prevenção ao uso de drogas no contexto escolar, ainda há muito a ser feito, especialmente no que se refere à capacitação de professores e à implementação de abordagens preventivas mais sistemáticas e fundamentadas em dados científicos. Sidney Soares Filho (discussão) 20h04min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 41: A percepção dos professores sobre adolescentes com altas habilidades/superdotação na escola: uma revisão sistemática
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Título: A percepção dos professores sobre adolescentes com altas habilidades/superdotação na escola: uma revisão sistemática
Autores: Rafael Annunciato Neto, Denise Chrysostomo Suzuki, Maria Sylvia de Souza Vitalle
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Revista Educação, v. 15, n. 3, 2020
DOI: http://dx.doi.org/10.33947/1980-6469-V15N3-4320
O artigo intitulado "A percepção dos professores sobre adolescentes com altas habilidades/superdotação na escola – uma revisão sistemática", escrito por Rafael Annunciato Neto, Denise Chrysostomo Suzuki e Maria Sylvia de Souza Vitalle, apresenta uma análise sobre como os professores e as escolas percebem os adolescentes com altas habilidades e superdotação no ambiente escolar. A pesquisa baseia-se em uma revisão sistemática qualitativa, utilizando descritores como "criança, superdotação" e "sucesso acadêmico" nas bases de dados IBICT, MedLine/PubMed, BVS/Lilacs, e SciELO.
A metodologia adotada no artigo foi a revisão sistemática de literatura, com foco em estudos qualitativos que tratam da percepção de professores e coordenadores escolares sobre adolescentes com altas habilidades e superdotação. O critério de inclusão considerou artigos, teses e livros que envolvessem a escolarização desses alunos, enquanto documentos que não tivessem relação direta com esse tema foram excluídos. A pesquisa foi realizada em português, inglês e espanhol, e ao final, seis trabalhos atenderam às especificações da pesquisa.
Os resultados principais indicam que a percepção dos professores sobre os alunos com altas habilidades/superdotação é influenciada por vários fatores, incluindo mitos e preconceitos, processos de identificação e avaliação, invisibilidade desses alunos no contexto escolar, formação insuficiente dos professores, e vulnerabilidade socioemocional desses adolescentes. Os professores relataram dificuldades em identificar e trabalhar com esses alunos devido à falta de formação adequada e à invisibilidade desses estudantes no ambiente escolar, o que muitas vezes leva a um subaproveitamento do potencial desses jovens.
No que diz respeito à formação de professores, o estudo revela que, embora a legislação brasileira preveja o atendimento educacional especializado para alunos com altas habilidades, muitos professores não se sentem preparados para lidar com esses estudantes. A vulnerabilidade socioemocional é outro aspecto destacado, uma vez que os adolescentes superdotados podem enfrentar dificuldades emocionais e sociais que, se não forem identificadas e tratadas adequadamente, podem levar ao fracasso escolar.
As limitações do estudo incluem o fato de que a revisão sistemática se restringiu a publicações que envolviam adolescentes, o que excluiu estudos sobre outras faixas etárias. Além disso, o número reduzido de estudos encontrados reflete a escassez de pesquisas sobre altas habilidades no contexto escolar brasileiro, especialmente em relação à percepção dos professores.
O artigo é altamente relevante por trazer à tona a questão da invisibilidade dos alunos com altas habilidades e superdotação no ambiente escolar, uma problemática que, segundo os autores, precisa ser enfrentada por meio de políticas públicas eficazes, formação contínua dos docentes, e melhorias na identificação e avaliação desses estudantes. Ele também sugere a necessidade de maior articulação entre as áreas de educação e saúde, a fim de atender às necessidades emocionais desses adolescentes, proporcionando um ambiente escolar mais inclusivo e adequado às suas características.
Em conclusão, o artigo enfatiza a importância de ampliar o debate sobre altas habilidades/superdotação nas escolas brasileiras, com o objetivo de promover uma educação mais inclusiva e eficaz para esses estudantes, além de destacar a necessidade urgente de maior investimento na formação de professores e na criação de políticas públicas que garantam o atendimento especializado para esses alunos. Sidney Soares Filho (discussão) 20h04min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 42: Desenho Universal para a Aprendizagem na Promoção da Educação Inclusiva: uma Revisão Sistemática
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Título: Desenho Universal para a Aprendizagem na Promoção da Educação Inclusiva: uma Revisão Sistemática
Autores: Jacqueline Lidiane de Souza Prais, Jorama de Quadros Stein, Célia Regina Vitaliano
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Revista Exitus, Santarém/PA, v. 10, p. 01-25, e020091, 2020
DOI: http://dx.doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n1ID1268
O artigo "Desenho universal para a aprendizagem na promoção da educação inclusiva: uma revisão sistemática", de Jacqueline Lidiane de Souza Prais, Jorama de Quadros Stein, e Célia Regina Vitaliano, foi publicado na Revista Exitus em 2020. Ele trata da aplicação do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) no contexto da educação inclusiva, com o objetivo de favorecer a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE). A metodologia aplicada foi uma revisão sistemática, que se baseou na busca por produções acadêmicas em inglês, utilizando os termos "Universal Design for Learning" e "inclusion" nas bases de dados Portal de Periódicos da CAPES, ERIC, e SciELO.
A revisão sistemática identificou 31 produções acadêmicas, as quais foram organizadas em cinco categorias principais: 1) Contribuições teóricas e metodológicas do DUA para o ensino inclusivo; 2) Utilização de recursos tecnológicos subsidiados pelo DUA; 3) Formação de professores com base nos princípios do DUA; 4) Processo de inclusão de alunos com NEE a partir das proposições do DUA; e 5) Implementação do DUA na prática pedagógica e no ensino de conteúdos curriculares específicos.
Na categoria das contribuições teóricas e metodológicas, o DUA é descrito como uma proposta que amplia a acessibilidade ao currículo, ao permitir que as necessidades de diversos alunos sejam atendidas. Através da implementação de princípios flexíveis de ensino, os professores conseguem adaptar sua prática pedagógica para incluir alunos com diferentes perfis de aprendizagem.
Em relação à utilização de recursos tecnológicos, o artigo destaca que o DUA serve de suporte para a criação de ambientes de aprendizagem acessíveis, auxiliando na identificação de necessidades individuais e na organização de atividades que envolvem o uso de tecnologias assistivas.
A formação de professores é outro ponto de destaque. As pesquisas analisadas mostram que a formação inicial e continuada baseada nos princípios do DUA capacita os professores para planejar aulas mais inclusivas, promovendo a cooperação entre docentes de classes comuns e da educação especial.
O processo de inclusão de alunos com NEE com base no DUA demonstra como essa abordagem pedagógica contribui para identificar as necessidades específicas de cada aluno e garantir seu pleno acesso ao conteúdo educacional.
Por fim, a implementação do DUA no ensino de conteúdos curriculares específicos, como a Educação Física e a Música, evidencia que a aplicação dos princípios do DUA favorece o reconhecimento das limitações e potencialidades dos alunos, proporcionando um ambiente de aprendizado mais inclusivo e eficaz.
O estudo conclui que o DUA tem grande potencial para melhorar a prática pedagógica inclusiva, garantindo o acesso de todos os alunos à aprendizagem. Além disso, o artigo ressalta a importância de expandir a aplicação do DUA para que essa abordagem alcance um número ainda maior de alunos, promovendo a educação inclusiva de maneira efetiva e sustentável. Sidney Soares Filho (discussão) 20h07min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 43: A formação inicial de professores que ensinam matemática: desafios e possibilidades pelo caminho da extensão universitária
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Título: A formação inicial de professores que ensinam matemática: desafios e possibilidades pelo caminho da extensão universitária
Autores: Maria Celeste Souza de Castro
Ano de Publicação: 2022
Fonte: Revista de Educação Matemática (REMat), São Paulo (SP), v. 19, Edição Especial, pp. 1-26, e022010, 2022
DOI: http://dx.doi.org/10.37001/remat25269062v19id713
O artigo "A formação inicial de professores que ensinam matemática: desafios e possibilidades pelo caminho da extensão universitária", de Maria Celeste Souza de Castro, publicado na Revista de Educação Matemática (REMat), discute as potencialidades da extensão universitária na formação inicial de professores de matemática, destacando os desafios e possibilidades desse campo formativo.
A metodologia adotada foi uma combinação de pesquisa quantitativa e qualitativa, com uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL) baseada em teses, dissertações e artigos acadêmicos. O estudo focou em identificar as ações de extensão voltadas para a formação de professores de matemática e analisar seus impactos.
Os resultados principais revelam que a extensão universitária apresenta limites e potencialidades. Entre os limites, destaca-se o distanciamento entre as ações de extensão e as demandas da escola pública, além da realização dessas atividades de forma eventual, o que compromete sua continuidade e efetividade como prática educativa indissociável. Por outro lado, a extensão pode ser um campo de resistência contra políticas semiformativas, que tendem a homogenizar e instrumentalizar a formação docente, promovendo uma formação crítica dos professores de matemática.
Em relação às potencialidades, o artigo sugere que a extensão universitária pode promover um desenvolvimento formativo mais crítico, proporcionando um espaço de diálogo e colaboração entre universidade e escola. Isso possibilita a superação de uma abordagem pragmática e tecnicista da formação docente, permitindo uma articulação entre teoria e prática.
As limitações do estudo incluem a concentração de dados em algumas bases de pesquisa específicas, o que pode não refletir completamente o cenário geral da extensão universitária no Brasil. Além disso, a análise se restringe às produções científicas disponíveis até 2020.
O artigo oferece uma contribuição relevante para a discussão sobre a formação de professores, ao sugerir que a extensão universitária, se bem articulada com as demandas da educação básica, pode ser uma alternativa eficaz para promover uma formação mais humanística, crítica e emancipada.
Sidney Soares Filho (discussão) 20h08min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 44: Metodologias Ativas no Ensino de Ciências e Biologia: compreendendo as produções da última década
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Título: Metodologias Ativas no Ensino de Ciências e Biologia: compreendendo as produções da última década
Autores: Leoni Ventura Costa, Tiago Venturi
Ano de Publicação: 2021
Fonte: Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 17, n. 3, p. 417-436, 2021
DOI: Não informado
O artigo intitulado "Metodologias Ativas no Ensino de Ciências e Biologia: Compreendendo as Produções da Última Década", escrito por Leoni Ventura Costa e Tiago Venturi, tem como objetivo investigar e compreender as metodologias ativas aplicadas ao ensino de Ciências e Biologia nos últimos dez anos. Através de uma revisão sistemática de literatura, os autores analisam as tendências e abordagens acadêmicas relacionadas ao uso dessas metodologias, buscando identificar as contribuições e os desafios observados no contexto educacional.
A metodologia empregada consistiu em uma pesquisa bibliográfica, que abrangeu artigos publicados em periódicos científicos e atas de eventos relevantes na área de ensino de Ciências e Biologia. Foram selecionados e analisados estudos empíricos e teóricos com o intuito de mapear a evolução das metodologias ativas e suas aplicações no processo de ensino-aprendizagem. A abordagem foi qualitativa, visando interpretar os dados para obter uma visão ampla e crítica das tendências de pesquisa sobre o tema.
Os principais resultados indicam que, apesar da variedade de metodologias ativas disponíveis, poucas são efetivamente utilizadas e inseridas na prática escolar. A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) e o Ensino por Investigação destacam-se como as metodologias mais aplicadas no ensino de Ciências e Biologia, sendo responsáveis por promover a integração entre a teoria e a prática, além de estimular a autonomia e o pensamento crítico dos alunos. No entanto, o estudo também aponta para a falta de formação adequada de professores para a implementação dessas metodologias, o que dificulta sua adoção em larga escala.
Entre os benefícios destacados pelas metodologias ativas estão o aumento da motivação dos alunos, o rompimento com o ensino tradicional e o desenvolvimento de competências essenciais, como o pensamento crítico e a capacidade de resolução de problemas. Essas metodologias incentivam o protagonismo do aluno no processo de aprendizagem, tornando-o agente ativo na construção do conhecimento. Além disso, promovem uma alfabetização científica mais profunda, ao conectar os conteúdos escolares com a realidade dos estudantes.
Apesar dos avanços, as limitações do estudo incluem a restrição a artigos em língua portuguesa e a dificuldade de acesso a outras fontes de informação que poderiam ampliar a análise. A pesquisa também evidencia que, embora haja um crescimento no uso de metodologias ativas, ainda há uma demanda latente por estudos que investiguem novas abordagens e ferramentas de ensino que possam ser adaptadas ao contexto escolar.
O artigo é relevante por fornecer uma visão abrangente sobre o uso de metodologias ativas no ensino de Ciências e Biologia, ao mesmo tempo em que destaca os desafios enfrentados para a inserção dessas práticas nas escolas brasileiras. Ele sugere que a formação de professores deve ser um foco central nas políticas educacionais, de modo a capacitar os docentes para lidar com as demandas da sociedade do conhecimento e inovar suas práticas pedagógicas. Além disso, aponta para a necessidade de mais investigações que explorem o potencial das metodologias ativas em diferentes contextos educacionais, especialmente na educação básica.
Em conclusão, o artigo contribui significativamente para o campo da educação, destacando a importância das metodologias ativas como alternativas ao ensino tradicional, ao mesmo tempo em que propõe um maior investimento na formação docente e na pesquisa sobre novas abordagens pedagógicas que possam melhorar a qualidade do ensino de Ciências e Biologia.
Sidney Soares Filho (discussão) 20h08min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 45: Mapeamento teórico da Gamificação no Ensino Superior de Ciências Contábeis como tema de pesquisas nos programas de pós-graduação
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Título: Mapeamento teórico da Gamificação no Ensino Superior de Ciências Contábeis como tema de pesquisas nos programas de pós-graduação
Autores: Maria Aldinete de Almeida Reinaldi, Joana Paulin Romanowski, Rodrigo Otávio dos Santos
Ano de Publicação: 2022
Fonte: Research, Society and Development, v. 11, n. 11, e517111134055, 2022
DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i11.34055
O artigo intitulado "Mapeamento teórico da Gamificação no Ensino Superior de Ciências Contábeis como tema de pesquisas nos programas pós-graduação" foi publicado na revista Research, Society and Development. O objetivo principal do estudo é mapear e analisar a produção científica sobre gamificação no ensino de Ciências Contábeis no Brasil, focando nas teses e dissertações publicadas nos últimos cinco anos nos programas de pós-graduação.
A metodologia adotada foi uma revisão sistemática, com uma busca no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, utilizando o descritor "Gamificação". O estudo foi estruturado com base na Análise de Conteúdo (AC) de Bardin (2011), a fim de identificar padrões e temas emergentes nas pesquisas. Inicialmente, foram encontrados 723 estudos, que foram reduzidos para 132 após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão.
Os resultados apontaram que, embora a gamificação seja amplamente discutida em outras áreas da educação, o uso dessa abordagem no ensino de Ciências Contábeis ainda é incipiente. Das cinco categorias de análise construídas pelos autores — Educação Básica, Educação Profissional Tecnológica, Formação de Professores, Educação Corporativa, e Ensino Superior —, não houve pesquisas diretamente aplicadas à área de Ciências Contábeis. Isso sugere que há uma lacuna significativa no uso da gamificação como ferramenta pedagógica no ensino dessa disciplina.
Na categoria Educação Básica, as pesquisas focam no uso da gamificação como estratégia para aumentar o engajamento e a participação dos alunos. O estudo demonstra que a gamificação é usada para tornar o aprendizado mais interativo e envolvente, sendo aplicada com frequência em disciplinas como Matemática, Ciências e Educação Física.
Na Educação Profissional Tecnológica, as pesquisas se concentram no uso da gamificação como forma de melhorar a aprendizagem prática e técnica, com ênfase em áreas como Química, Engenharia e Informática. Essas pesquisas sugerem que a gamificação pode ajudar os alunos a aplicar o conhecimento teórico em situações práticas, promovendo o desenvolvimento de competências técnicas.
A Formação de Professores foi uma das categorias mais exploradas, destacando-se o uso da gamificação como ferramenta de apoio na capacitação e formação contínua de docentes. O estudo aponta que as estratégias gamificadas têm sido implementadas em programas de formação de professores como forma de incentivar o uso de metodologias ativas em sala de aula.
A Educação Corporativa é outra área em que a gamificação tem se mostrado promissora. As pesquisas nessa categoria destacam o uso de elementos de jogos para capacitar profissionais em empresas e organizações, com foco no desenvolvimento de habilidades específicas e na promoção de um ambiente de trabalho mais colaborativo.
Por fim, na categoria Ensino Superior, embora não tenham sido encontrados estudos específicos sobre gamificação no ensino de Ciências Contábeis, o mapeamento revela que essa estratégia tem sido aplicada em cursos de Administração, Pedagogia, Tecnologia da Informação e áreas correlatas. Os resultados indicam que a gamificação no ensino superior pode melhorar o envolvimento dos alunos, facilitar a compreensão de conceitos complexos e promover um aprendizado mais dinâmico.
Em termos de limitações, o artigo destaca a ausência de pesquisas específicas sobre a gamificação no ensino de Ciências Contábeis, além da concentração das pesquisas nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Essa distribuição desigual pode refletir a maior concentração de programas de pós-graduação nessas regiões, limitando a representatividade dos resultados em nível nacional.
A relevância do estudo está em seu pioneirismo ao mapear as pesquisas sobre gamificação no contexto educacional brasileiro, fornecendo um panorama detalhado das áreas em que essa abordagem tem sido aplicada e apontando para a necessidade de estudos mais aprofundados em áreas específicas, como o ensino de Ciências Contábeis.
O artigo conclui que, embora a gamificação seja amplamente reconhecida como uma estratégia eficaz para aumentar o engajamento e a motivação dos alunos, ainda há uma carência de pesquisas que explorem seu uso em áreas específicas do ensino superior, como Ciências Contábeis. O estudo sugere que futuras pesquisas devem investigar mais profundamente como a gamificação pode ser implementada nessa área, considerando suas particularidades e desafios pedagógicos. Sidney Soares Filho (discussão) 20h09min de 13 de novembro de 2024 (UTC)
Artigo 46: História(s) do Ensino Secundário no Paraná (1942-1961): um estado da arte
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Título: História(s) do Ensino Secundário no Paraná (1942-1961): um estado da arte
Autores: K. L. Oliveira, S. R. Chaves Junior
Ano de Publicação: 2020
Fonte: Holos, Ano 36, v. 3, e9689, 2020
DOI: http://dx.doi.org/10.15628/holos.2020.9689
O artigo intitulado "História(s) do Ensino Secundário no Paraná (1942-1961): Um Estado da Arte", de K. L. Oliveira e S. R. Chaves Junior, publicado na revista HOLOS, tem como objetivo realizar uma revisão sistemática integrativa de literatura para identificar e analisar a produção acadêmica sobre o ensino secundário no estado do Paraná, entre os anos de 1942 e 1961. O estudo busca mapear as principais pesquisas realizadas nessa área, utilizando como fontes teses e dissertações disponíveis nas bases de dados da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e do Banco de Teses e Dissertações da CAPES (BTD).
A metodologia adotada foi uma revisão sistemática integrativa de literatura, que permitiu a identificação de 1.027 estudos inicialmente. Após um processo rigoroso de seleção e análise de títulos, resumos e palavras-chave, o número foi reduzido a 40 trabalhos, incluindo tanto teses quanto dissertações. A técnica de Análise Temática de Conteúdo, baseada em Bardin (2011), foi utilizada para categorizar as informações e resultados dos estudos selecionados.
Os resultados principais indicam que o volume de investigações sobre o ensino secundário e normal foi significativamente maior em comparação com outras modalidades de ensino médio, como o industrial, comercial e agrícola. Além disso, houve uma predominância de estudos sobre instituições públicas de ensino, em contraste com as instituições confessionais ou privadas. As análises resultaram na criação de quatro categorias temáticas: História das instituições escolares, Formação de professores, Disciplinas escolares e Arquitetura escolar.
A categoria História das instituições escolares destacou a importância do Colégio Estadual do Paraná (CEP) como objeto de diversas investigações. As pesquisas se concentraram na análise da trajetória histórica das instituições de ensino, levando em consideração a influência das políticas educacionais e as reformas estruturantes, como a Reforma Capanema (1942-1946), que reorganizou o ensino secundário no Brasil. Outro ponto relevante foi a discussão sobre o desenvolvimento do ensino normal e o impacto das políticas públicas no fortalecimento dessa modalidade de ensino.
No que tange à formação de professores, os trabalhos analisaram a trajetória histórica das escolas normais e a evolução das práticas pedagógicas voltadas à formação de docentes. Os estudos nessa categoria enfatizaram a importância de uma formação mais ampla e contextualizada, com foco nas especificidades regionais e nas demandas do mercado de trabalho.
A categoria de disciplinas escolares focou em matérias como Matemática, Educação Física, Canto Orfeônico e História, e como essas disciplinas foram estruturadas e ensinadas no ensino secundário paranaense durante o período analisado. Estudos como o de Aksenen (2013) abordaram os exames admissionais como barreiras de acesso ao ensino secundário, refletindo sobre o impacto social dessas práticas.
A Arquitetura escolar, outra categoria explorada no artigo, tratou das influências arquitetônicas e espaciais nas escolas do Paraná, discutindo como as construções escolares foram planejadas e executadas em função das necessidades educacionais e das políticas públicas da época. Esse aspecto é importante, pois a arquitetura das escolas também refletia a visão educacional e política do período.
As limitações do estudo incluem o foco exclusivo nas teses e dissertações defendidas até 2019, o que pode excluir estudos mais recentes e relevantes. Além disso, a ênfase nas produções acadêmicas nacionais limita a abrangência dos resultados em um contexto internacional.
Em termos de relevância, o artigo oferece uma contribuição importante ao traçar um panorama abrangente das pesquisas sobre o ensino secundário no Paraná, destacando as principais instituições, políticas e práticas educacionais do período. O estudo serve como um ponto de partida para futuras pesquisas, apontando áreas que ainda carecem de maior investigação, como a análise de escolas confessionais e privadas, além de uma maior integração entre os estudos sobre a formação de professores e o impacto das políticas educacionais.
O artigo conclui que, embora existam muitos estudos sobre o ensino secundário paranaense, ainda há uma lacuna significativa na investigação de certas áreas, como o ensino técnico e comercial. As pesquisas futuras devem considerar essas modalidades e aprofundar a compreensão sobre a evolução das práticas pedagógicas e das políticas educacionais no estado do Paraná durante o período analisado. Sidney Soares Filho (discussão) 20h11min de 13 de novembro de 2024 (UTC)