Utilizadora:MCeci/Design Instrucional da Formação de Lideranças Juvenis

Fonte: Wikiversidade

Projeto: Design instrucional de curso na modalidade EaD - "Formação de Lideranças Juvenis"[editar | editar código-fonte]

Área Temática 7: Desenvolvimento de curso com foco no aluno

Colaboradores:[editar | editar código-fonte]

Cursista da Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão de Educação à Distância (PIGEAD/LANTE/UFF-UAB-pólo Osasco).

Maria Cecilia Dias de Miranda - Cientista Social (FFLCH-USP), Professora concursada na disciplina de Sociologia (ensino médio). Foi aluna do Programa de Aprimoramento Profissional em Saúde Coletiva (FUNDAP/Instituto de Saúde /SES-SP). É Especialista em Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT-Fiocruz-RJ), Especialista no Ensino de Sociologia (Redefor-FE-USP/SEE-SP).

JUSTIFICATIVA[editar | editar código-fonte]

A "Formação de Lideranças Juvenis" é uma proposta de curso em Educação a Distância (EaD), que adota a perspectiva de considerar o aluno como centro do processo de ensino e aprendizagem. Tem como meta a formação de jovens com consciência de sua cidadania, englobando direitos e deveres. O público alvo do curso são alunos do ensino médio da rede pública do Estado de São Paulo.

Educação em Direitos Humanos no cotidiano da Escola[editar | editar código-fonte]

O eixo estruturador da proposta pedagógica é a Educação em Direitos Humanos (EDH) e responde à necessidade de efetivação de uma cultura em Direitos Humanos no ambiente escolar, tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática e de respeito à diversidade.

Segundo a Resolução do Conselho Nacional de Educação Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (EDH)(BRASIL, 2012)

Art. 3º A Educação em Direitos Humanos, com a finalidade de promover a educação para a mudança e a transformação social, fundamenta-se nos seguintes princípios: I - dignidade humana; II - igualdade de direitos; III - reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades; IV - laicidade do Estado; V - democracia na educação; VI - transversalidade, vivência e globalidade; e VII - sustentabilidade socioambiental.

O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos afirma: -É dever dos governos democráticos garantir a educação de pessoas com necessidades especiais, a profissionalização de jovens e adultos, a erradicação do analfabetismo e a valorização dos(as)educadores(as) da educação, da qualidade da formação inicial e continua-da, tendo como eixos estruturantes o conhecimento e a consolidação dos direitos humanos. O documento entende o espaço escolar como um lugar privilegiado para o desenvolvimento mais efetivo da cultura em Direitos Humanos uma vez que na Escola ocorre a "estruturação de concepções de mundo e de consciência social, de circulação e de consolidação de valores, de promoção da diversidade cultural, da formação para a cidadania, de constituição de sujeitos sociais e de desenvolvimento de práticas pedagógicas” (BRASIL, 2009).[1]


O design instrucional consiste em um conjunto de saberes e práticas que possibilita planejar, desenvolver e implementar projetos educacionais. Esses projetos devem ter um alinhamento em seus objetivos e uma estrutura estratégica que vincule a didática, a metodologia bem como o uso de tecnologias disponíveis. A expectativa desse trabalho, e de suas autoras, consiste no reconhecimento de práticas mais adequadas na gestão dos cursos em EaD, com maior ênfase em cursos com foco no aluno.

Do ponto de vista da didática o design instrucional proposto nesse projeto adota a pedagogia das competências, dessa forma está centrado no sujeito que aprende, desloca o foco do trabalho educacional do ensinar para o aprender. Promove situações de aprendizagem ações desencadeadas por desafios, problemas e projetos. Preocupa-se em formar alunos com autonomia, capazes de solucionar problemas, realizar autoavaliação e por consequência, conduzir sua autoformação. (SENAI,2009)

A educação a distância pode ser definida como processos de ensino-aprendizagem mediado por tecnologias,de forma que professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a internet, flexibilizando tempos, espaços e formas de ensinar e aprender.

O número de cursos na modalidade a distância (EaD) tem aumentado muito no Brasil e no mundo. Apesar do aumento de EaD existe um pequeno número de estudos sobre planejamento de cursos em EaD (CASTRO e LADEIRA,2009). Esse projeto pretende colaborar com as iniciativas de produção de conhecimento referente ao desenvolvimento, implementação e gestão de cursos em EaD.

A "Formação de Lideranças Juvenis" será compartilhado na Plataforma Wikiversidade <pt.wikiversity.org/> - projeto da Wikimedia Foundation que tem como meta ser um ambiente de livre acesso para a compartimentação de cursos nos diversos níveis. A edição de conteúdos em sistemas wiki não apresenta grandes dificuldades em sua realização, requer pouco investimento tanto em hardware como em software e treinamento. Possibilita o desenvolvimento de trabalhos coletivos, e a produção interdisciplinar do conhecimento como a abordagem por temas transversais . A iniciativa wiki tem como principal objetivo democratizar o acesso a conteúdos educacionais, servindo como repositório de aulas, artigos, boas práticas e experiências (ABEGG, 2010). O uso de uma plataforma colaborativa possibilita a dinamização do processo de aprendizagem. Os benefícios da colaboração podem ser verificados na redução de custos, evita a duplicação de tarefas, favorece a competência de autoria.

Com o advento da internet e das novas tecnologias da informação e comunicação (TICs) na segunda metade da década de 1990, mudanças culturais, econômicas e sociais contribuíram para transformar os padrões de comunicação científico.Considerando a Escola como uma das pontas na cadeia produtiva do conhecimento científico é necessário implementar propostas educativas que favoreçam a implementação de ações em educação tecnológica.

Nossa proposta de "Formação de Lideranças Juvenis" - curso modalidade EaD para alunos do Ensino Médio, pretende mobilizar competências e habilidades informacionais que possibilitem ao aluno desenvolver a autoria, espírito de produção colaborativa e boas práticas na gestão do conhecimento escolar. Entende-se por competência informacional o conjunto das competências relacionadas ao perfil de um profissional da informação ou de uma atividade baseada intensivamente em informação. É uma competência que perpassa processos de negócio, processos gerenciais e processos técnicos diversos. A articulação de competências informacionais mobilizam saberes e práticas requeridos pelo mundo do trabalho e também fundamentais para a continuidade dos estudos em níveis mais avançado. (MIRANDA, 2004)

Na sociedade em rede, aprender caracteriza-se por uma apropriação de conhecimento que se dá numa realidade concreta, isto é, parte da situação real vivida pelo educando apoiado na presença mediadora e gestora do professor compromissado com seus alunos e com a construção de conhecimentos, procurando responder ao princípio da aprendizagem significativa, que pressupõe o oferecimento ao educando de informações relevantes, que possam ser relacionadas aos conceitos pré-existentes em sua estrutura cognitiva e que acabam por influenciar na aprendizagem e no significado atribuído aos novos conceitos aprendidos (CASTELLS, 1999).

Considerando o aluno como centro do processo de ensino e aprendizagem, ao final da "Formação em Lideranças Juvenis" ele deverá ter a capacidade de:

  • Aprimorar competências de comunicação, negociação e delegação.
  • Desenvolver habilidades para liderar pessoas, equipes e empresas.
  • Mobilizar competências e habilidades informacionais.
  • Aumentar sua eficácia e seus recursos internos para superar desafios.
  • Elevar sua capacidade de influenciar e de liderar pelo exemplo.
  • Otimizar a tomada de decisão, a administração do tempo e outros processos fundamentais.


Referências

  1. BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2009. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=2191&Itemid

Bibliografia citada na Justificativa

ABEGG, Ilse. ; MÜLLER, Felipe Martins ; Franco, Sérgio Roberto Kieling . Wikis na educação: potencial de criação e limites para produção colaborativa em atividades no moodle. Inter-ação (UFG. Online), v. 35, p. 373-386, 2010. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/interacao/article/view/13127> Acesso em 13 nov. 2011.

BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2009. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=2191&Itemid>. Acesso em: 20 abr 2014.

BRASIL. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 30 DE MAIO DE 2012. Estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (anexo o Parecer CNE/CP nº 8/2012). Disponível em: <https://escoladeconselhos.faccat.br/sites/default/files/diretrizes_nedh.pdf>. Acesso em:18 mai.2014

CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: economia, sociedade e cultura, vol. 3. São Paulo: Paz e terra, 1999.

MIRANDA, Silvânia Vieira. Identificando competências informacionais. Ci. Inf., Brasília , v. 33, n. 2, ago. 2004 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19652004000200012&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 21 abr 2014.

SENAI. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Departamento Nacional. Metodologias SENAI para formação profissional com base em competências: norteador da prática pedagógica / SENAI/DN. – 3. ed. – Brasília, 2009.


<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=2191&Itemid> BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2009.

OBJETIVO PRINCIPAL:[editar | editar código-fonte]

Desenvolver o design instrucional da “Formação de Lideranças Juvenis” - curso modalidade EaD para alunos do Ensino Médio.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS[editar | editar código-fonte]

  1. Realizar a revisão da literatura relativa ao planejamento, implementação e gestão de cursos em EAD[Magda]
  2. Realizar a revisão da literatura relativa ao desenvolvimento de curso com foco no aluno [Maria] + [Magda]+ [Noemia]
  3. Descrever as competências e habilidades que se pretende mobilizar na "Formação em Lideranças Juvenis" [Maria]
  4. Desenvolver o material impresso do "Módulo 1 - Educação e Direitos Humanos" [Maria] + [Magda]
  5. Compartilhar os conteúdos do curso na Plataforma Wikiversidade [Maria] + [Magda]
  6. Desenvolver instrumentos para a avaliação e testagem da proposta de curso "Formação de Lideranças Juvenis" [Noemia]
  7. Identificar avanços e possíveis limitações do uso da tecnologia wiki no contexto educacional.[Noemia]

METODOLOGIA[editar | editar código-fonte]

Tipo de Estudo: Projeto de desenvolvimento, implementação e avaliação de experimento educacional na forma de aplicativos computacionais para ser utilizado em cursos a distância.


'(i) Parte teórica com revisão da literatura relativa ao planejamento, implementação e gestão da EAD'

Revisão da literatura relativa ao planejamento, implementação e gestão de cursos em EAD

(ii) Parte teórica com revisão da literatura relativa aos fundamentos de EAD 

Revisão da literatura relativa ao desenvolvimento de curso com foco no aluno

(iii) Proposta prática de implementação numa unidade escolar de alguns dos tópicos abordados nas partes teóricas.

Desenvolver Conteúdos do "Módulo 1 - Educação e Direitos Humanos" Descrever as competências e habilidades da "Formação em Lideranças Juvenis" Compartilhar os conteúdos do curso na Plataforma Wikiversidade

(iii) Avaliação de alguma técnica ou ferramenta discutida nas partes teóricas do trabalho

Identificar avanços e possíveis limitações do uso da tecnologia wiki no contexto educacional Desenvolver instrumentos para a avaliação e testagem da proposta de curso


information

Revisão da Literatura: Planejamento, Implementação e Gestão de EAD[editar | editar código-fonte]

Revisão da literatura: Planejamento, implementação e gestão de cursos em EAD


Revisão da literatura - planejamento, implementação e gestão da EAD

Metodologia - Etapa 1- Desenvolvimento de curso com foco no aluno[editar | editar código-fonte]

Nessa Etapa da Metodologia o enfoque desloca-se para a abordagem pedagógica. Nesse momento estamos selecionando as práticas de ensino aprendizagem centradas no aluno. Selecionamos alguns conceitos operacionais para viabilizar nosso design instrucional com foco no aluno, são eles: contextualização, aprendizagem significativa, a pedagogia pela resolução de problemas, produção colaborativa do conhecimento, pedagogia das competências, educação tecnológica, educação em direitos humanos.

“A educação em direitos humanos é uma diretriz curricular proposta pelo Ministério da Educação (MEC) requer a construção de concepções e práticas que compõem os direitos humanos e seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana, ela destina-se a formar crianças, jovens, adultos(as), idosos(as) para participarem ativamente da vida democrática, exercitando seus direitos e responsabilidades na sociedade, bem como respeitando e promovendo os direitos das demais pessoas. É uma educação integral que visa o respeito mútuo pelo outro e pelas diferentes culturas e tradições.” (Cartinha Educação Popular em Direitos Humanos)


No processo de aprendizagem escolar a competência é considerada um conjunto de ações que envolvem o domínio dos quatro pilares que fundamentam a educação, quais sejam:

1. Aprender a Conhecer – desenvolvimento de competência para construir conhecimento, exercitar pensamentos, atenção e percepção para contextualizar informações e para saber se comunicar;

2. Aprender a Fazer – por em prática os conhecimentos significativos em trabalhos futuros, enfatizando a educação profissional, descobrindo o valor construtivo do trabalho, sua importância, e transformando o progresso do conhecimento em novos empreendimentos e em novos empregos;

3. Aprender a Ser – a educação deve preparar o aluno de forma integral: física, intelectual e moral – para que ele saiba agir em diferentes situações e condições, por si mesmo.

4. Aprender a Conviver – é saber conviver com os outros, respeitando as diferenças, vivendo junto para desenvolver projetos solidários e cooperativos, em busca de objetivos comuns, por meio da solidariedade e da compreensão.



Aprendizagem significativa e a resolução de problemas[editar | editar código-fonte]

A aprendizagem é um processo interativo, ao mesmo tempo individualizador e socializador do cursista, que se realiza com a mediação de outros sujeitos, de modo que a formação deve enfatizar a interação e o trabalho coletivo (TORNAGHI, 2010, p.16). A produção do conhecimento colaborativo em ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) podem se tornar instrumentos capazes de garantir a aprendizagem significativa(MESSA, 2010).

De acordo com Ausubel (1986), a aprendizagem - para ser significativa - deve ocorrer na cooperação entre alunos e professores, partindo do conhecimento prévio dos alunos e estabelecendo ligações com os conteúdos a serem trabalhados, iniciando por conceitos mais gerais para, em seguida, inserir os mais específicos. (AUSUBEL et al., 1986); MOREIRA; BUCHWEITZ, 1993). Na aprendizagem significativa o aprendiz integra um novo conteúdo com sua estrutura cognitiva e nesse processo esse conteúdo adquire significado psicológico. Entretanto, pode não ocorrer essa incorporação ou acontecer em um numero menor de interações. Isso significa que o material instrucional deve ser potencialmente significativo, organizado de forma lógica e interativa. (Moreira, 1983)(MOREIRA, 1999;

O trabalho de Monteiro (2006) tem como objetivo apresentar a teoria da aprendizagem significativa como suporte teórico à ferramenta tecnológica denominada objeto digital de aprendizagem. É apresentada uma estrutura básica de criação dos objetos através de textos, mapas e animações interativas. Portanto, a interatividade é apresentada como elemento fundamental do objeto de aprendizagem, tornando-o atraente, lúdico, dinâmico e eficiente para uso em aulas presenciais ou à distância.

Uma situação de aprendizagem que pode potencializar um aprendizado que seja mais significativo para o aluno é o trabalho por meio de projetos. No projeto, o aluno pode aprender conceitos de forma contextualizada, e isso favorece a atribuição de sentido para aquilo que aprende. Para que essa forma contextualizada de aprender se concretize, é importante que o professor instigue o aluno a estabelecer relações entre os aspectos presentes na vida pessoal, social, política e cultural; a mobilizar as competências cognitivas, sociais e emocionais já adquiridas, para novas possibilidades de reconstrução do conhecimento.

No curso “Formação de Lideranças Juvenis” a prática é valorizada como momento de construção de conhecimento por meio de reflexão, análise, problematização e investigação. O uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) serão inserido para favorecer a gestão da informação em situações contextualizadas e concretas. As experiências prévias dos cursistas serão consideradas e valorizadas. Nesse sentido a pedagogia pela resolução de problemas responde a necessidade de transformar o processo educativo, rompendo com a postura de mera transmissão de informações, na qual os estudantes assumem o papel de receptáculos passivos, preocupados apenas em memorizar conteúdos e recuperá-los quando solicitados, por ocasião de uma prova.


Organização de currículos por competências[editar | editar código-fonte]

A Pedagogias das Competências teve sua origem no mundo do trabalho. A formação de competências substitui uma lógica do ensino por uma lógica do treinamento (coaching) - constroem-se as competências exercitando-se em situações complexas (PERRENOUD, 1999, p. 54). A qualificação profissional passou a enfatizar a aquisição de conhecimentos e habilidades cognitivas e comportamentais.

A noção de competência refere-se à capacidade de compreender uma determinada situação e reagir adequadamente a ela. Competência é também a capacidade de mobilizar um conjunto de recursos, com o objetivo de realizar uma atividade. Nessa perspectiva o conhecimento (saber) constitui-se em um conjunto de informações que a pessoa armazena e lança mão quando precisa. Os processos de decisão, planejamento, organização, comunicação, controle de resultados, negociação e administração de conflitos, dentre outros, são afetados pelo nível de conhecimentos essenciais – aqueles que fazem parte do rol que todo profissional deve saber para desempenhar com eficiência e eficácia suas funções. (SARGIS,2002,p.6). (ver)

As habilidades (saber fazer) está relacionada à aplicação produtiva do conhecimento, ou seja, à capacidade da pessoa de instaurar conhecimentos armazenados em sua memória e utilizá-los em uma ação. Habilidade, pode ser entendida como modos de ação e técnicas generalizadas para tratar com situações e problemas.

As habilidades cognitivas formam a estrutura fundamental do que se poderia chamar de competência cognitiva da pessoa humana permitindo discriminar entre objetos, fatos ou estímulos, identificar e classificar conceitos, construir problemas, aplicar regras e resolver problemas. O desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais tem como base os processos de aprendizagem que provocam mudanças nos comportamentos e ações das pessoas. FLEURY (2001) (UNESCO_LABORATORIO LATINOAMERICANO DE EVALUACIÓN DE LACALIDAD DE LA EDUCACIÓN - MARCO CONCEPTUAL)

As habilidades atitudinais, refere-se a aspectos sociais e afetivos. Diz respeito a um sentimento ou à predisposição da pessoa, que determina a sua conduta em relação ao trabalho ou a situações.

A operacionalização das estruturas mentais se objetiva em habilidades, as quais são classificadas em três tipos:

	Habilidades Básicas – aquelas essenciais para as pessoas decodificarem textos, símbolos, expressar suas idéias, 
                             saber comunicar-se verbalmente e por escrito;
	Habilidades Específicas – aquelas relacionadas aos conhecimentos técnicos e cujas competências são demandadas por 
                                 profissões, por atividades do mundo do trabalho;
	Habilidades de Gestão – relativas ao aprender a trabalhar em equipe, tomar decisões em conjunto, superar conflitos, 
                               planejar em   grupo, enfim, habilidades vinculadas à organização do trabalho. (UNESCO, 2002).

Referências Organização de Currículos por Competências PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

Mapeamento de Competências[editar | editar código-fonte]

“Entendemos por competências, os esquemas mentais, ou seja, as ações e operações mentais de caráter cognitivo, sócioafetivo ou psicomotor, que mobilizadas e associadas a saberes teóricos ou experienciais geram habilidades, ou seja, um saber fazer...”delas nos utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer”.

Um interessante estudo de Brandão (2005) tem como objetivo apresentar métodos, técnicas e instrumentos que podem ser utilizados para mapeamento de competências em organizações públicas e privadas, são levantadas implicações da gestão por competências para o setor público e são apresentadas recomendações práticas.

O artigo de KELLEN & BEHAR (2012) apresenta um mapeamento de competências necessárias aos alunos da Educação a Distância (EAD). O estudo mapeou conhecimentos, habilidades e atitudes mobilizados na modalidade de ensino a distância. Foram identificadas doze competências na prática de aprendizagem em EAD:

 fluência digital, autonomia, organização, planejamento, administração do tempo,  comunicação, reflexão, 
 presencialidade virtual, autoavaliação, auto-motivação, flexibilidade e trabalho em equipe.sse projeto de design instrucional irá considerar na proposição dos conteúdos a mobilização dessas 12 competências necessárias para o aluno da EAD.

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) propõe algumas competências que serão consideradas nesse design instrucional. Considerando a perspectiva da Educação em Direitos Humanos optamos por abordar a Competência de área 3 – compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. Nessa área as habilidades relacionam-se à:

identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço; 
analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades; 
analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram      
para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.

Perfil de saída[editar | editar código-fonte]

Objetivos do curso relacionados ao desenvolvimento de competências

Esperamos, primeiramente, que o aluno da "Formação de Lideranças Juvenis" seja capaz de perceber o papel das tecnologias de informação e comunicação na gestão do conhecimento escolar. Considerando o aluno como centro do processo de ensino e aprendizagem, ao final da "Formação em Lideranças Juvenis" ele deverá ter a capacidade de:

- Aprimorar competências de comunicação, negociação e delegação.

- Desenvolver habilidades para liderar pessoas, equipes e empresas.

- Mobilizar competências e habilidades informacionais.

- Aumentar sua eficácia e seus recursos internos para superar desafios.

- Elevar sua capacidade de influenciar e de liderar pelo exemplo.

- Otimizar a tomada de decisão, a administração do tempo e outros processos fundamentais.

Referências Bibliográficas - Desenvolvimento de curso com foco no aluno

Metodologia ETAPA 2- Implementação do curso na Plataforma Wikiversidade[editar | editar código-fonte]

Chiodini wiki

O curso em EAD "Formação de Lideranças Juvenis" será compartilhado na Plataforma Wikiversidade. A Wikiversidade é um projeto da Wikimedia Foudation destinado a criação e uso de materiais de aprendizagem de forma livre. O artigo de ABEG (2010) define a wiki é uma tecnologia de servidor colaborativo, "open source", que possibilita aos seus usuários acessar, procurar e editar páginas de hipertexto em um ambiente de tempo real. A wiki corresponde a um site da Web que contém páginas que podem ser editadas por qualquer visitante, a depender da sua configuração. A edição de conteúdos em sistemas wiki não apresenta grandes dificuldades em sua realização, requer pouco investimento tanto em hardware como em software e treinamento, possibilita o desenvolvimento de trabalhos coletivos e para o trabalho com os temas transversais e a produção interdisciplinar do conhecimento. A iniciativa wiki tem como principal objetivo democratizar o acesso a conteúdos educacionais, servindo como repositório de aulas, artigos, boas práticas e experiências. (ABEGG, 2010).

Plataformas colaborativas como wikis, acrescentam outras perspectivas ao processo de ensino-aprendizagem, proporcionando novas maneiras de realizar as atividades de estudo, agregando dimensões como planejamento colaborativo de projetos com aplicações e funcionalidades específicas, nos quais professores e alunos podem trabalhar em rede, colaborativamente, sobre um tema.(ABEGG,2010)

No processo de implantação da Formação Lideranças Juvenis na Plataforma Wikiversidade serão considerados algumas estratégias para a organização de cursos em EAD (TORNAGUI,2010)

  1. Utilizar diferentes mídias digitais como computador, CD-Rom, DVD, internet e materiais impressos
  2. Realizar encontros presenciais regulares, sob a orientação de um Professor da série
  3. Possibilitar ao cursista grande flexibilidade na realização de suas atividades (tempo, espaço, tipo de atividade)
  4. Propiciar a integração entre o currículo e as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs)
  5. Oferecer um sistema Tutoria a distância, utilizando diversos canais de comunicação (Facebook, Fórum Dúvidas)


Organização por Módulos e Temas

Organização em Módulos Perspectiva Temas Tecnologias
Módulo 1- Educação em Direitos Humanos Aprender a Conviver Mediação de Conflito Wiki, Mapa Conceitual, Blog
Módulo 2- Educação Tecnológica Aprender a Fazer Uso das TICs na sala de aula Webquest, Google Drive, Podcats
Módulo 3- Alfabetização Científica Aprender a Aprender Organização de Pesquisa de Opinião EpiInfo, OpenStreetMaps, Movie Maker
Módulo 4- Educação Profissional Aprender a Ser Agente Comunitário de Lazer e Desenvolvimento Social Gestão de Projetos em AVA



ABEGG, Ilse; BASTOS, Fábio da Purificação de; MULLER, Felipe Martins. Ensino-aprendizagem colaborativa mediado pelo Wiki do Moodle. Educ. rev., Curitiba, n. 38, Dec. 2010 . Disponível em:  <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602010000300014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20 abr. 2014.
TORNAGHI, Alberto José da Costa; PRADO, Maria Elisabete Brisola Brito; BIANCOCINI, Maria Elizabeth de Almeida.Tecnologias na educação : ensinando e aprendendo com as TIC :guia do cursista. 2. ed. – Brasília : Secretaria de Educação a Distância, 2010.120 p.

Metodologia ETAPA 3- Testagem[editar | editar código-fonte]

  1. Desenvolver instrumentos para a avaliação da proposta de curso "Formação de Lideranças Juvenis"
  2. Identificar avanços e possíveis limitações do uso da tecnologia wiki no contexto educacional.
  3. Estabelecer as principais diferenças e/ou semelhanças de estudos em ambientes fechados, como o Moodle, e as ferramentas acessíveis da WEB 2.0.



LINK para o MÓDULO_1[editar | editar código-fonte]

Módulo 1 Educação em Direitos Humanos

Instrumentos para Avaliação de Cursos em EAD[editar | editar código-fonte]

CRONOGRAMA[editar | editar código-fonte]

Substituir Cronograma


MAIO/JUNHO - MÓDULO 1[editar | editar código-fonte]

Planejamento e Implementação de aulas em ambiente virtual

Módulo 1 Educação em Direitos Humanos

BIBLIOGRAFIA[editar | editar código-fonte]