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Wikinativa/Cantaruré

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Descendente dos Pankararu, o povo kantaruré tomou forma há pouco mais de um século, quando a índia pankararu conhecida como Rosa Baleia deixou sua aldeia no Brejo dos Padres para se unir a Balduíno, morador da localidade de Olho d´Água dos Coelhos, situada junto à Serra Grande.

População total

Cerca de 340

Regiões com população significativa
BA
Línguas
Português
Religiões


Localização

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Aldeia Batida e Aldeia Baixa das Pedras, na comunidade indígena Kantaruré, no município de Glória/BA. [1]

Mapa Interativo

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Os Kantaruré são descendentes da população indígena que originalmente habitava o trecho do rio São Francisco entre a cachoeira de Paulo Afonso, a embocadura do rio Pajeú e as caatingas, brejos e serras adjacentes. Aparecem nas fontes históricas dos séculos XVII e XVIII, designados como "Pancararu", "Brancararu", "Pancaru" ou "Caruru". Eles foram aldeados a partir do final do séc. XVII à margem do São Francisco por missionários jesuítas, franciscanos e capuchinhos. Dentre as missões fundadas à época, se destacam as de Sorobabé, Caruru e, em especial, Curral dos Bois, origem da atual cidade de Glória. Foram extintas em meados do século seguinte e a população indígena remanescente se tornou alvo de pressões coloniais, sobretudo de pecuaristas interessados nas terras mais férteis à margem do rio, de onde foi forçada a migrar, buscando locais de refúgio e resistência nos brejos e altos de serras dispersos na caatinga adjacente, que eram parte de sua antiga área de dispersão e perambulação.

O núcleo da Batida

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A história oral kantaruré refere Rosa Baleia, uma índia pankararu, originária de Brejo dos Padres/Tacaratu/PE, como "tronco" velho do povo kantaruré. Quando ainda muito jovem, Rosa Baleia, em uma viagem de peregrinação à Bahia, travou conhecimento com o "posseiro" Balduíno - habitante do povoado Olho D'Água dos Coelhos, município de Glória/BA - tendo com ele constituído família e jamais retornado ao local de origem. O casal se fixou em uma localidade próxima ao povoado de Balduíno, a Batida, onde criou seus 13 filhos e estabeleceu raízes. Toda a população da Batida descende diretamente de Rosa Baleia e Balduíno, através de quatro dos seus filhos: Cícero Pequeno, Rosendo, Honório e Constantina.

O núcleo das Pedras

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Algumas gerações após a instalação de Balduíno e Rosa Baleia na Batida, dois irmãos kantaruré, Arcelino e Bregídio, ali residentes, se casaram com duas irmãs, Santina e Maria de Virgílio, originárias do povoado Baixa das Pedras de Cima, distante 3 Km em linha reta da Batida, vindo a fundar um segundo núcleo de ocupação kantaruré, em localidade contígua ao povoado, conhecida hoje como "Pedras".



Atualmente os Kantaruré falam o Português e as perdas culturais impossibilitam hoje sua identificação lingüística.[2]

Cosmologia e Religiosidade

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Aspectos Culturais

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Conforme os Pankararu , a quem os Kantaruré atribuem sua "origem", o termo kantaruré designa uma figura mítica do universo mágico-religioso daquele povo indígena que geralmente aparece durante a realização de rituais: "Caboclo Brabo", "Pai do terreiro". De acordo com o depoimento de um ancião kantaruré, esse etnônimo foi sugerido por um índio pankararé, em contraposição ao até então adotado pelo grupo, "caboclos da Batida", quando do processo de reconhecimento oficial.[3]


Medicina tradicional

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Não há registros específicos sobre a medicina tradicional da tribo.


Situação territorial

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Ligações externas

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http://www.youtube.com/watch?v=mhrqeEDq2m0

Referências

Sheila Brasileiro - Instituto Socioambiental (ISA)- http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kantarure/359