Wikinativa/Cariri

Fonte: Wikiversidade

No sertão do Nordeste brasileiro, o termo Cariri(plural: Cariris) é a designação dada a principal família de línguas indígenas pertencentes a essa região. São vinculados vários grupos locais ou etnias como pertencentes ou relacionados a essa família. Entretanto, existe uma ampla discussão sobre os pertencimentos dos grupos indígenas do sertão a essa ou outras famílias. Tais grupos são denominados genericamente como tapuias e podem ser vinculados ao macro-jê.

Localização[editar | editar código-fonte]

As tribos Carirís ocupavam o interior paraibano, ao longo dos rios:

  1. Chocós e Paratiós, em Monteiro e Teixeira, fronteira com Pernambuco.
  2. Carnoiós (Curinaiós), em Boqueirão e Cabaceiras.
  3. Bodopitás ou Fagundes, perto de Campina Grande.
  4. Bultrins, Cariris de Pilar e Alagoa Nova.
  5. Icós, do Rio do Peixe, Sousa e Conceição.
  6. Coremas, do rio Piancó.

História[editar | editar código-fonte]

A região denominada atualmente como Cariri no sertão nordestino, tem esse nome graças ao índios Quiriri. Esses índios também são conhecidos como tapuias, nome esse dado aos povos nômades que geralmente não tinham ligações com as ramificações linguísticas dos tupis.

A principal ramificação linguística do sertão nordestino, foi a Cariri. As tribos dessa ramificação linguística habitavam as margens do Rio São Francisco e viviam em processos migratórios que incluíam a atual região do Cariri paraibano, o sertão da Paraíba e do Rio Grande do Norte e o Cariri cearense. Muitas das tribos cariris foram exterminadas durante as conquistas dos sertões, dessa forma levando diversas tribos cariris a migrar para regiões montanhosas para enxergar a chegada do inimigo português. Após a conquista do Cariri paraibano, seguindo as margens do rio Piranhas (PB) e do rio Jaguaribe (CE), foram encontrados novos locais onde viviam índios cariris. Assim, essa região passou a ser chamada primordialmente de Cariris Velhos em diferenciação aos Cariris Novos do Ceará.

Língua[editar | editar código-fonte]

Mesmo sendo comprovado a presença em todo o semi-árido nordestino, somente quatro das línguas cariri são descritas, todas elas da região ao sul do rio São Francisco:

  • Dzubukuá – grupos do arco do submédio São Francisco
  • Kipea – índios conhecidos como Kiriris na bacia do Itapicuru (BA)
  • Camuru e Sapuiá – duas aldeias próximas na região de Pedra Branca
  • Cosmologia e Religiosidade[editar | editar código-fonte]

    Os Cariris adoravam diversos deuses de acordo com as culturas que a terra produzia, além de ter um deus para caça e outros para pescaria. Faziam festas e danças onde realizavam rituais e sacrifícios. Era comum o adultério entre eles, pois era normalizado perante as festas.

    Aspectos Culturais[editar | editar código-fonte]

    (não foi possível adquirir informações sobre o tópico)

    Medicina tradicional[editar | editar código-fonte]

    A medicina tradicional que os Cariris utilizavam, eram ervas e plantas retiradas da natureza e sempre com algum tipo de ritual que pedia a Mãe natureza a cura para quem estava doente.

    Situação territorial[editar | editar código-fonte]

    Atualmente existem na região do atual Cariri Paraibano, ondem convivem diversas tribos separados pelo território, além de outras espalhadas em outras áreas da região Nordeste.

    Ligações externas[editar | editar código-fonte]

    Vitrine do Cariri

    Referências