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Wikinativa/Taurepangue

Fonte: Wikiversidade

Gustavo Machado de Paiva

Os Taurepangue são um povo indígena que se localiza majoritariamente na Venezuela na região da Gran Sabana, no Brasil encontram-se no norte de Roraima, principalmente a área da Raposa Serra do Sol. A origem de seu nome é desconhecida e tem como lingua o karib. [1] [2] [3][4]

Taurepangue
População total

532 pessoas

Regiões com população significativa
Línguas
karib
Religiões

Localização e população

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Os Taurepang se localizam tanto na Venezuela quanto no Brasil, os que se localizam na parte brasileira se encontram na região norte de Roraima, área que é fronteiriça com outras nações (Venezuela e Guiana). Tendo como tribos vizinhas os Akawaio e os Makuxi( no Brasil são comummente denominados como Ingarikó). Os que se localizam na Venezuela, que se reconhecem como pemom, vivem na Gran Sabana, na bacia do rio Caroni e em seus afluentes. [1] [2][3][4]

No Brasil, notadamente se encontram na Raposa Serra do Sol, entretanto seu território vai alem desse local, há aldeias estão no interior da terra indígena São Marcos. A extensão da ocupação do Território indígena como um todo representa uma faixa de terras com uma extensão total de 654.110 hectares limitada à oeste pelo rio Parimé e à leste pelos rios Surumu e Miang; no sentido norte-sul, inicia-se a partir da junção dos rios Tacutu e Uraricoera, onde se forma o rio Branco, estendendo-se até a fronteira Brasil/Venezuela. Ao redor deste extenso território habitam outras tribos, que já foram nomeadas acima (makuxi e Akawaio), juntamente com outras etnias, como os Wapixana. [1] [2][3][4]

O território indigena que se localiza em São Marcos é cortada por uma rodovia federal asfaltada, a BR-174, que liga Manaus a Boa Vista e essa cidade até a fronteira da Venezuela. Ao longo da BR, estão implantadas torres metálicas e fios de alta tensão para transmissão de energia, na porção norte é onde se concentram os Taurepangue, que é Próximo ao ponto fronteiriço com a Venezuela.[1][3] e muito sequisu

Coordenadas: 4.321667, -60.2675

Mapa Interativo

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4.321667° ' S 60.2675º ' W

Os Taurepangue concentram-se na região norte, como foi dito, são cercados por outras tribos tornando o contato quase que inevitável o que eventualmente resulta na união entre as tribos. As aldeias em questão são os Makuxi, Taurepangue e os Waxpiana que se interelacionam com frequencias diferentes, sendo o os intercasamentos recorrentes entre os Waxpiana e os Makuxi e os mais raros entre os Taurepang e os Makuxi, devido a uma serie de fatores, sendo o preponderante a distribuição geografica que impossibilita uma maior interação/integração.[1]

De acordo com registros escritos do século XIX os Taurepangue eram reconhecidos pelo nome "Arekuna" ou "Jarecuna". Seu território era vasto, ocupavam parte da savana Venezuelana, de um ponto fronteiriço entre Venezuela, Brasil e Guiana Inglesa, até o rio Amajari. Devido ao fato de sua região ser fronteiriça suas história é marcada por diversas frentes de expansão, ou seja, por varias invasões e expropriações de seu território. O primeiro contato com esse povo ocorreu no final do século XVIII onde as capitanias hereditárias eram a forma de divisão do território nacional, obviamente neste período o Brasil ainda era uma colonia, essas capitanias se expandiam constantemente entrando em atrito com poluções indígenas, com os Taurepangue não foi diferente, em 1790 surge uma série de revoltas que não surtem efeito e o Governador da Capitania de São José expande seu território nas terras indígenas através do gado. Em 1840 a região do Rio branco é disputada com a Guina Inglesa para garantir a questão das fazendas nacionais, um fato interessante é que o limite dos latifúndios coincide com o território atual dos indígenas em São Marcos. A partir de 1880 colonos se fixam na região devido a consolidação de pecuária extensiva, o que afetou diretamente os Taurepang e os povos que viviam nas proximidades como os Waxpiana e os Macuxi, visto que eles passam a ser a mão-de-obra dos pecuaristas, resultando na consolidação da ocupação do território indígena. O conhecimento desses povos foi utilizado pelos proprietários para o transporte e comunicação ao longo do Rio Branco. Isto provocou uma migração para os países vizinhos. Na atualidade o maior problema desses indígenas é manter seu território, que é constantemente ameaçado por latifundiários (posseiros) e até mesmo obras publicas, como foi o caso da BR-174, para defende-los existem órgãos como o FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e o SPI (Serviço de Proteção aos Índios).[1][5]

Nome e lingua

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O nome Taurepangue não tem uma origem certa, entretanto o Frade Cesáreo de Armellada propõe que é uma junção dos termos tauron, “falar”, pung, “errado”, uma designação provavelmente dada por um tribo rival. É notório que os Taurepangues se autodenominam pemon, “povo” ou “gente” assim como outras tribos, principalmente as pertencentes na savana venezuelana, a língua falada por eles é língua karib. A. B. Colson. [1][3]

Para os Taurepang os mitos acontecem em um tempo diferente, um tempo de origem chamado Pia Daktai, em que as pessoas, os animais e o mundo já possuem a forma que se resguarda até os dias atuais. Há um termo que se remete ao tempo presente, como as narrativas que os pais contas sobre suas vidas, que é o Sereware, obviamente um tempo mais recente que o Pia Daktai. Os Taurepang se referem a Makunaima um heroi criador que vive grandiosas aventuras, pode ser referido como um só ser ou como irmãos. O termo Upatá é bem forte na concepção desta tribo, tem relação com a ideia de pertencimento social, significa lar. Outro termo que aparenta denotar o mesmo significado, contudo tem um sentido mais literal é o termo Patasek que significa casa. Nesta tribo há xamanismo, seus rituais magicos são conhecidos como Taren que geralmente são feitos para entidades ocultas, que aparentemente surgiram no Pia Daktai.[1][5]

Atividades produtivas

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As atividades produtivas são basicamente agricultura, pecuária e artesanato.[1]

Referências externas

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Video com o povo Taurepang http://www.youtube.com/watch?v=RvzNULB2j6Q

Referências