Sociologia e Comunicação USCS/Interacionismo Simbólico
Estes são os temas desta aula.
- O "self" e o outro generalizado
- As três premissas da Ação Social
- Universos Simbólicos e os tipos de objetos
- Esquemas Tipificadores
O Interacionismo Simbólico |
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George Herbert Mead (1863 –1931), era um dos pesquisadores da primeira geração da Universidade de Chicago (Escola de Chicago) e estava ligado, diretamente, ao chamado pragmatismo do qual John Dewey e Charles S. Pierce também faziam parte. Vários pesquisadores podem ser considerados membros dessa "Escola" como Robert E. Park, William I. Thomas(1863 – 1947), Florian Znaniecki , Everett Hughes, Erving Goffman e Charles H. Cooley (1864 – 1929), entre outros., Este último foi um dos primeiros a destacar a importância da comunicação na nossa existência como seres humanos. As pesquisas de Mead estavam voltadas à Psicologia Social, Filosofia e Educação. No entanto, seus cursos eram frequentados por sociólogos. Ele observou que alguns animais são capazes de desenvolver processos comunicacionais baseados em uma conversação de gestos (sinais que coordenam suas ações). No entanto, a comunicação de outros animais, como os seres humanos, depende da sua capacidade de produzir uma comunicação baseada em símbolos que, para serem efetivos, precisam ser compartilhados e interpretados. Eles não existem previamente na natureza, mas são inventados. Eles são construções sociais. |
As três Premissas do Interacionismo |
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Em seu texto clássico sobre o Interacionismo Simbólico, Herbert Blumer, desenvolve o que chamou de três premissas que nos permitem entender a ação humana. Primeira premissa Os seres humanos só conseguem agir no mundo a partir do significado que este mesmo mundo lhes dá. Sem significado não há ação simbólica. (ver meme) Segunda premissa Esse significado não é dado pela natureza e nem é instintivo. Ele é construído socialmente por meio da interação com outros indivíduos. O significado do mundo é construído na interação com o outro. Terceira premissa A ação não é mecânica, ou seja, o significado de alguma coisa não aparece automaticamente. O significado é produzido por meio de processos interpretativos. Vivemos em um mundo que depende de interpretação.(ver meme) |
O self e o outro generalizado |
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A linguagem simbólica é fundamental na capacidade de comunicação humana. Os seres humanos só existem por esse processo social de comunicação. Nós nos formamos nas experiências sociais mediadas pela comunicação. A capacidade que temos de criar símbolos significantes, faz com que sejamos capazes de ouvir, por exemplo, a nós mesmos – o que nos dá uma sensação de termos um self. pode ser traduzido como a percepção, a experiência e a noção que tenho de mim mesmo. Eu sou capaz de agir, mas, ao mesmo tempo, sou capaz de me ver agindo, de me lembrar dessa ação e avaliá-la. Esse meu senso de identidade é construído na relação com os outros, pois sou capaz de me reconhecer e reconhecer os outros com os quais eu falo ou aos quais faço uma referência. Para Mead esta é a nossa capacidade de reconhecer “o outro generalizado”. (ver meme) Eu consigo me ver a partir da capacidade que tenho de entender como os outros me veem.Nesse processo de socialização a criança passa da brincadeira – em que ela copia os papéis do seu pai, de sua mãe e de seus amigos próximos de forma gratuita – para o jogo – e sua capacidade de reconhecer papéis genéricos como pai, mãe, professor, brasileiro etc. |
Esquemas Tipificadores |
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O Interacionismo simbólico observa que usamos, constantemente, esquemas tipificadores para reconhecer as pessoas e as situações que nos cercam. Assim, tenho esquemas tipificadores de ‘homem’, ‘europeu’, ‘comprador’, ‘jovem’, ‘brasileiro’ etc. (Berger & Luckmann,1985 p. 50) (ver meme) O outro também me apreende de uma maneira tipificada e esses esquemas tipificadores são usados em contínua ‘negociação’ na situação face a face. William I. Thomas e Dorothy S. Thomas nos falava da "definição de situação". A partir de suas experiências sociais, os indivíduos desenvolvem esquemas gerais de interpretação da situação que estão vivendo. Erving Goffman, observa, também, que trabalhamos com quadros de referência para entender as situações em que nos encontramos. Sem esses quadros não conseguimos entender o sentido de uma ação.
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Universos Simbólicos |
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Universos Simbólicos O Interacionismo simbólico defende a ideia de que os “universos simbólicos” acessíveis aos seres humanos e seus grupos compõem-se de “objetos”, e que estes são o produto da interação simbólica (ver: meme). Entende-se por objeto tudo que for passível de ser indicado, evidenciado ou referido — uma nuvem, um livro, uma legislatura, um banqueiro, uma doutrina religiosa, um fantasma, etc. Para nossa maior conveniência, podemos classificar os objetos em três categorias:
O significado dos objetos é, basicamente, gerado a partir do nosso convívio social. Ele surge a partir de um processo de indicações recíprocas que fazemos uns aos outros. Mas, um mesmo objeto (um terreno) pode ser percebido de modo diferente por um biólogo, um corretor, um sociólogo ou um vizinho Os objetos oferecem-nos um novo quadro do ambiente ou meio em que os seres humanos convivem. Curiosamente, os seres humanos podem coexistir lado a lado e, contudo, habitarem diferentes universos. Por isso, para compreender os atos humanos é preciso identificar seu universo de objetos em meio aos quais se vêem. Os objetos (quanto a seu significado) devem ser considerados, portanto, como criações sociais — como elementos formados originados do processo de definição e interpretação, à medida que este ocorre na interação humana. Eles estão envolvidos no que chamamos de "negociação" de significados. |
Referências |
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On Artificial Intelligence, Symbolic Interactionism, and Whether Robots Will Take over the World- Sociological Cinema, 7/11/2016 |