Introdução ao Jornalismo Científico/Metodologia e Filosofia da Ciência/Atividade/Guicelest

Fonte: Wikiversidade

Nome da atividade[editar | editar código-fonte]

Esta seção apresenta a tarefa principal do Módulo 1 do curso de "Introdução ao Jornalismo Científico". A realização da tarefa é indispensável para o reconhecimento de participação no curso. Seu trabalho estará acessível, publicado no ambiente wiki, e será anexado ao certificado de realização do curso, quando finalizar todas as atividades. Tome cuidado de estar logado na Wikiversidade. Se não estiver logado, não será possível verificar o trabalho.

Descrição da atividade[editar | editar código-fonte]

Atuar no jornalismo científico é às vezes comparado ao de ser um tradutor, no jargão da área da comunicação um 'tradutor intersemiótico', que passa a linguagem de um campo para o de outro campo. Nesta atividade, vamos observar e analisar como isso foi feito em uma das principais publicações acadêmicas brasileiras, a Pesquisa FAPESP.

Você deverá selecionar um artigo na revista Pesquisa FAPESP. Estão acessíveis na página principal da publicação. Escolha um artigo sobre um tema de pesquisa - ou seja, que seja baseado em uma ou mais de uma publicação científica - e leia-o com cuidado. Responda às perguntas que seguem.

As respostas deverão ser publicadas nesta página individual. Apenas altere os campos indicados.

Nome de usuário(a)[editar | editar código-fonte]

Guicelest

Link para a matéria selecionada[editar | editar código-fonte]

Nesta seção, você deverá colocar os links da matéria selecionada. Esteja logado.

  • Título de matéria: Caça farta nos rios dos primeiros amazônidas
  • Autoria de matéria: Maria Guimarães - 15 Março 2024
  • Link de matéria: https://revistapesquisa.fapesp.br/caca-farta-nos-rios-dos-primeiros-amazonidas/

Resumo da matéria[editar | editar código-fonte]

Para esta etapa, resuma a matéria em até 300 caracteres. Esteja logado.

Há cerca de 40 mil a 9 mil anos atrás, durante o período inicial da ocupação humana na Amazônia, uma espécie de tartaruga gigante, possivelmente extinta devido à atividade de caça, foi identificada através de uma mandíbula fossilizada descoberta em 2010 na região de Porto Velho, Rondônia. Publicado recentemente na revista Biology Letters, o achado foi liderado por Gabriel Ferreira, da Universidade de Tübingen, Alemanha, com a colaboração do paleontólogo Max Langer, da Universidade de São Paulo.O animal, denominado Peltocephalus maturin, possuía uma carapaça de aproximadamente 1,80 metro de comprimento, sendo uma das cinco maiores tartarugas já descritas. Embora relacionada à tartaruga amazônica atual P. dumerilianus, que alcança apenas 1 metro de comprimento, a nova espécie se destaca por seu tamanho significativamente maior. Acredita-se que era uma tartaruga onívora. O nome "maturin" é uma homenagem ao personagem Maturin, criado pelo escritor Stephen King. Max Langer observa que a datação precisa do fóssil ainda está pendente, pois as rochas onde foi encontrado estão abaixo das que deveriam conter os fósseis. No entanto, acredita-se que a existência da espécie possa ser mais recente, coincidindo com o período de ocupação humana na região. Isso é crucial para avaliar se a atividade humana contribuiu para a extinção da megafauna, um fenômeno frequentemente associado a mamíferos. O fóssil foi descoberto por um garimpeiro no garimpo Taquaras, enquanto buscava ouro. Essa descoberta é considerada de grande importância pelos paleontólogos, pois fornece insights valiosos sobre a fauna pré-histórica da região e a interação entre os seres humanos e a megafauna amazônica. No entanto, são necessárias mais pesquisas para confirmar e expandir nosso entendimento sobre essa espécie extinta e seu papel no ecossistema amazônico pré-histórico.

Análise da matéria[editar | editar código-fonte]

Para esta etapa, identifique e analise com base na matéria: o objeto e a metodologia (observação, hipótese, experimentação, análise e publicação) da pesquisa. Esteja logado.

Objeto: Mandibula, parcialmente preservada de tartaruga gigante de 1,80 m encontrada no garimpo Taquaras, na região de Porto Velho. Pela metodologia, os cientistas observaram o achado, e, devido a sua similaridade com o fossil de uma outra tartaruga grande (1 m) ainda existente na Amazonia, julgaram pertencer ao mesmo gênero e, por isso, como aconteceu com outros animais da megafauna, desenvolveram a hipótese de que a existência dela seja concomitante à presença humana na região tendo sido esta a causa de sua existência.

Análise da pesquisa[editar | editar código-fonte]

Para esta etapa, acesse a(s) pesquisa(s) de origem, de base para o artigo na Pesquisa FAPESP, identifique e analise a seção metodológica. Em especial, explique em que medida o processo de pesquisa foi bem documentado no artigo que você selecionou. Esteja logado.

A seção metodológica é a 2, na qual os autores explicam que o holótipo MERO.PV.H 007 foi escaneado usando um scanner portátil Artec Spider, enquanto as mandíbulas de várias espécies de tartarugas foram escaneadas com um Nikon XT H 320 µCT no Laboratório de Imagens 3D da Universidade de Tübingen, na Alemanha. Os modelos resultantes foram processados e visualizados em programas como Amira e Blender. Os autores realizaram uma análise morfométrica e adaptaram uma matriz de Pleurodira para comparar as características da nova espécie. Isso envolveu a medição de diferentes aspectos das mandíbulas de várias espécies de tartarugas, tanto atuais quanto extintas. Além disso, utilizaram regressões lineares para estimar o tamanho corporal da nova espécie, levando em conta medidas como comprimento da mandíbula, mandíbula inferior, distância do focinho ao côndilo mandibular e comprimento da carapaça. Por fim, apresentaram os resultados junto com suas incertezas e limitações para oferecer uma compreensão mais precisa da nova espécie de tartaruga e sua relação com outras espécies no contexto evolutivo das tartarugas. Ou seja, os autores documentaram todo processo de observação, experimentação e hipótese dentro da seção de metodologia e apresentaram uma pesquisa que possui embasamento teórico e rigor científico.

Metáfora científica[editar | editar código-fonte]

Para esta etapa, reveja o conteúdo da aula sobre "A metáfora científica". No artigo da Pesquisa FAPESP selecionado, identifique quais foram as metáforas científicas ou cientificamente inspiradas utilizadas e justifique esse uso a partir das indicações da aula. Analise em que medida contribuem ou dificultam o entendimento da ciência. Esteja logado.

Para exemplificar que as tartarugas são do mesmo gênero, a autora do artigo usou a seguinte metáfora: "Ela tem parentesco próximo com a tartaruga atual P. dumerilianus, que hoje habita os rios amazônicos, mas não passa de 1 m de comprimento" . O uso é justificado para transmitir ao público leitor a ideia de similaridade entre as duas espécies e facilitar a compreensão de como era a fisionomia da tartaruga maior

Filosofia da ciência[editar | editar código-fonte]

Para esta etapa, reveja o conteúdo da aula sobre "Ciência e Filosofia". Discorra sobre em que medida o artigo da Pesquisa FAPESP que você selecionou coloca questões filosóficas e apresente exemplos extraídos do texto. Esteja logado.


O artigo trata da questão da seleção natural por meio da atividade humana de caça que pode "ter contribuído para a extinção dessa espécie, promovendo uma seleção natural por tartarugas menores – e menos alimentícias", e comprovando que um componente exógeno, humano, influenciou por sua não seleção, a sobrevivência das tartarugas menores.


Referências

https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rsbl.2024.0010