Introdução ao Jornalismo Científico/Metodologia e Filosofia da Ciência/Atividade/Priscila Araújo Cardoso dos Santos

Nome da atividade

Esta seção apresenta a tarefa principal do Módulo 1 do curso de "Introdução ao Jornalismo Científico". A realização da tarefa é indispensável para o reconhecimento de participação no curso. Seu trabalho estará acessível, publicado no ambiente wiki, e será anexado ao certificado de realização do curso, quando finalizar todas as atividades. Tome cuidado de estar logado na Wikiversidade. Se não estiver logado, não será possível verificar o trabalho.

Descrição da atividade

Atuar no jornalismo científico é às vezes comparado ao de ser um tradutor, no jargão da área da comunicação um 'tradutor intersemiótico', que passa a linguagem de um campo para o de outro campo. Nesta atividade, vamos observar e analisar como isso foi feito em uma das principais publicações acadêmicas brasileiras, a Pesquisa FAPESP.

Você deverá selecionar um artigo na revista Pesquisa FAPESP. Estão acessíveis na página principal da publicação. Escolha um artigo sobre um tema de pesquisa - ou seja, que seja baseado em uma ou mais de uma publicação científica - e leia-o com cuidado. Responda às perguntas que seguem.

As respostas deverão ser publicadas nesta página individual. Apenas altere os campos indicados.

Nome de usuário(a)

Priscila Araújo Cardoso dos Santos

Link para a matéria selecionada

https://revistapesquisa.fapesp.br/um-homem-na-estrada/

• Título de matéria:Um homem na estrada
• Autoria de matéria: Christina Queiroz
• Link de matéria: https://revistapesquisa.fapesp.br/um-homem-na-estrada/

Resumo da matéria

O psicólogo José Sterza Justo pesquisa a população andarilha no estado de São Paulo há mais de 30 anos. Após superar seu primeiro desafio, conquistar a confiança dos andarilhos, o psicólogo pode conhecer as razões que fazem alguém se tornar andarilho, além das estratégias de sobrevivência..

O psicólogo José Sterza Justo pesquisa a população andarilha no estado de São Paulo há mais de 30 anos. Após superar seu primeiro desafio, conquistar a confiança dos andarilhos, o psicólogo pode conhecer as razões que fazem alguém se tornar andarilho, além das estratégias de sobrevivência.

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Análise da matéria

O artigo é bastante objetivo e fiel ao método utilizado pelo autor para a realização da pesquisa. No item referente a metodologia da pesquisa original, o autor revela que para abordagem dos sujeitos, optou-se por determinados métodos, sendo eles a imprevisibilidade, movimentação e instantaneidade, estratégias que no artigo apresentado foi descrito como desafios para a conquista da confiança dos sujeitos, até que pudesse enfim realizar as entrevistas.

As entrevistas foram a estratégia utilizada para a construção de metodologia de história de vida, que aparece de forma bastante resumida no artigo, apenas com o ponto de vista do autor, no entanto na pesquisa são transcritos trechos de depoimentos, o que nos leva a entender que as conclusões expostas pelo pesquisador no artigo foram alcançadas a partir da análise dessas entrevistas.

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Análise da

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Metáfora científica

No artigo primeiramente o autor utiliza o termo andarilho para se referir de forma objetiva ao público estudado, que mais a frente ele descreverá de forma detalhada como pessoas que vivem caminhando pelos acostamentos, levando consigo seus parcos pertences em sacos ou mochilas surradas, ou então acomodados, por exemplo, em carrinhos de mão.  A palavra “interagir” também aparece em substituição a estratégia metodológica utilizada para realizar o levantamento das histórias de vidas dos entrevistados. Interessante observar que no artigo o autor descreve que o uso de palavras como “achaques” ou “mangueios” para se identificarem, em detrimento do termo “mendigo”. Explica, que embora o termo “mendigo” seja mais usual, ele está carregado de uma cultura de depreciação daqueles que assim são identificados.  A matéria publicada enfatiza o trato cultural dos andarilhos, que assumem uma abordagem que consideram expressar certa “arte” quando pedem auxílio á outras pessoas.

Por se tratar de uma pesquisa que lida com um público em situação de evidente vulnerabilidade e dada a intensão do pesquisador em entender o perfil dessas pessoas, os motivos que as levaram a se tornar andarilhas e as dificuldades que enfrentam, o autor, embora construindo um artigo com base em pesquisa cientifica, opta pela utilização de recursos de linguagem que humanize sua experiência, prezando pela postura ética. É interessante observar que ao expor seu estudo em forma de artigo, ele também opta por expor sua trajetória, fazendo uso de uma metodologia etnográfica

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Filosofia da ciência

O conteúdo da aula sobre “Ciência e Filosofia” aponta que muitos pesquisadores pensam a ciência como uma linguagem cuja construção é socialmente negociada, e afirma que o aprendizado da ciência seria, então, desenvolver a habilidade de observar a natureza utilizando essa linguagem.

Nesse sentido, o artigo selecionado se relaciona com o exposto na aula, pois o pesquisador ao informar sobre como se deu o surgimento de seu interesse pelo assunto estudado, aponta a observação constante que fazia dos andarilhos em seus deslocamentos para o trabalho e também para a capital paulista, onde fazia seu mestrado, como é possível observar no trecho estraído:

“Naquela época, comecei a prestar atenção nos andarilhos que circulavam pela rodovia Rachid Rayes, que liga Assis a Marília. São pessoas que vivem caminhando pelos acostamentos, levando consigo seus parcos pertences em sacos ou mochilas surradas, ou então acomodados, por exemplo, em carrinhos de mão. A imensa maioria é homem. Passei a sair mais cedo de casa para poder parar na estrada e conversar com eles, antes de chegar à universidade para lecionar. Tinha então 27 anos.

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