Introdução ao Jornalismo Científico/Metodologia e Filosofia da Ciência/Atividade/Bruna Jeronimo
Nome da atividade
[editar | editar código-fonte]Esta seção apresenta a tarefa principal do Módulo 1 do curso de "Introdução ao Jornalismo Científico". A realização da tarefa é indispensável para o reconhecimento de participação no curso. Seu trabalho estará acessível, publicado no ambiente wiki, e será anexado ao certificado de realização do curso, quando finalizar todas as atividades. Tome cuidado de estar logado na Wikiversidade. Se não estiver logado, não será possível verificar o trabalho.
Descrição da atividade
[editar | editar código-fonte]Atuar no jornalismo científico é às vezes comparado ao de ser um tradutor, no jargão da área da comunicação um 'tradutor intersemiótico', que passa a linguagem de um campo para o de outro campo. Nesta atividade, vamos observar e analisar como isso foi feito em uma das principais publicações acadêmicas brasileiras, a Pesquisa FAPESP.
Você deverá selecionar um artigo na revista Pesquisa FAPESP. Estão acessíveis na página principal da publicação. Escolha um artigo sobre um tema de pesquisa - ou seja, que seja baseado em uma ou mais de uma publicação científica - e leia-o com cuidado. Responda às perguntas que seguem.
As respostas deverão ser publicadas nesta página individual. Apenas altere os campos indicados.
Nome de usuário(a)
[editar | editar código-fonte]Bruna Jeronimo
Link para a matéria selecionada
[editar | editar código-fonte]Nesta seção, você deverá colocar os links da matéria selecionada. Esteja logado.
- Título de matéria: Macacos-prego idosos apresentam lesões típicas da doença de Alzheimer
- Autoria de matéria: Giselle Soares
- Link de matéria: https://revistapesquisa.fapesp.br/macacos-prego-idosos-apresentam-lesoes-tipicas-da-doenca-de-alzheimer/
Resumo da matéria
[editar | editar código-fonte]Para esta etapa, resuma a matéria em até 300 caracteres. Esteja logado.
Pesquisadores da USP e UnB encontraram lesões cerebrais típicas do Alzheimer em dois macacos-prego idosos, esta espécie de primata possui habilidades manuais sofisticadas e um quociente de encefalização elevado. Os resultados sugerem que o estudo desses animais pode proporcionar insights valiosos sobre a evolução e o tratamento do Alzheimer.
Análise da matéria
[editar | editar código-fonte]Para esta etapa, identifique e analise com base na matéria: o objeto e a metodologia (observação, hipótese, experimentação, análise e publicação) da pesquisa. Esteja logado.
1. Objetivo da pesquisa: O objeto da pesquisa foi a investigação das lesões cerebrais típicas da doença de Alzheimer em macacos-prego (Sapajus libidinosus) idosos, especificamente a presença de placas de peptídeo beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares de proteína tau no cérebro desses animais.
Metodologia:
- Seleção dos animais: Foram selecionados três macacos-prego, dois idosos (um de 29 e outro de 33 anos) e um jovem (9 anos).
- Espera pela morte natural: Os pesquisadores aguardaram a morte natural dos macacos-prego idosos antes de realizar a avaliação do tecido cerebral.
- Análise do tecido cerebral: Após a morte, os cérebros dos macacos foram analisados para detectar a presença de:
- Placas de peptídeo beta-amiloide ao redor dos neurônios.
- Emaranhados neurofibrilares de proteína tau dentro das células nervosas.
- Comparação dos resultados: As descobertas foram comparadas com o cérebro do macaco-prego jovem, que não apresentou essas lesões.
- Publicação dos resultados: Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports, sugerindo que os macacos-prego podem servir como modelo natural para estudar o Alzheimer.
Análise da pesquisa
[editar | editar código-fonte]Para esta etapa, acesse a(s) pesquisa(s) de origem, de base para o artigo na Pesquisa FAPESP, identifique e analise a seção metodológica. Em especial, explique em que medida o processo de pesquisa foi bem documentado no artigo que você selecionou. Esteja logado.
Apesar do baixo número amostral (três animais), a metodologia é descrita de maneira bem clara e objetiva. Os autores declaram que não houve nenhuma intervenção nos animais enquanto eles estavam vivos, os experimentos foram realizados após os animais morrerem de forma natural. Foi realizada uma avaliação neuropatológica dos três animais e uma ressonância magnética em um deles. Os cérebros dos animais foram extraídos, fixados, seccionados e corados. Também foram realizados estudos imunohistoquímicos para analisar a ligação de anticorpos a diferentes marcadores do Alzheimer.
O artigo inclui figuras bem explicativas, tornando a leitura de fácil entendimento até para pessoas que não são da área.
Metáfora científica
[editar | editar código-fonte]Para esta etapa, reveja o conteúdo da aula sobre "A metáfora científica". No artigo da Pesquisa FAPESP selecionado, identifique quais foram as metáforas científicas ou cientificamente inspiradas utilizadas e justifique esse uso a partir das indicações da aula. Analise em que medida contribuem ou dificultam o entendimento da ciência. Esteja logado.
O texto contém algumas metáforas científicas, elas estão listadas abaixo:
"Emaranhados neurofibrilares": Utiliza a ideia de "emaranhados" para descrever a complexidade e desorganização das fibras de proteína tau que se acumulam dentro dos neurônios.
"Abrir caminho": Metáfora usada para sugerir que os achados da pesquisa podem facilitar futuras investigações e avanços na compreensão e tratamento do Alzheimer, como se estivesse desbravando um novo percurso.
"Quociente de encefalização": Refere-se ao tamanho do cérebro em relação ao corpo, usado como um indicador de inteligência, comparando a proporção como se fosse uma fórmula matemática.
"Plasticidade comportamental": Sugere a capacidade de adaptação e mudança dos comportamentos dos macacos, como se fossem maleáveis e moldáveis.
"Declínio cognitivo": Descreve a deterioração das funções mentais com a idade, como se a capacidade cognitiva estivesse descendo uma ladeira.
"Recapitular a estrutura, a função e a diversidade celular específicas do cérebro humano": Usa a ideia de "recapitular" para indicar a tentativa de replicar fielmente a complexidade do cérebro humano em modelos experimentais.
As metáforas científicas ajudam a descrever conceitos complexos de maneira mais acessível, facilitando o entendimento de conceitos científicos de uma forma mais visual e compreensível para leitores não especializados.
Filosofia da ciência
[editar | editar código-fonte]Para esta etapa, reveja o conteúdo da aula sobre "Ciência e Filosofia". Discorra sobre em que medida o artigo da Pesquisa FAPESP que você selecionou coloca questões filosóficas e apresente exemplos extraídos do texto. Esteja logado.
A busca por um "modelo perfeito" para estudar o Alzheimer levanta questões sobre os limites do conhecimento científico e a precisão dos modelos animais em replicar doenças humanas. A ideia de que "Nenhum, porém, reproduz fiel e completamente o que ocorre no cérebro humano" toca em um dilema epistemológico sobre a representação e a compreensão da realidade. Exemplo: "Apesar do sucesso, os modelos bidimensionais de células e os modelos animais só conseguem capturar uma fração dos mecanismos da doença de Alzheimer, porque são incapazes de recapitular a estrutura, a função e a diversidade celular específicas do cérebro humano."
Próximos passos
[editar | editar código-fonte]Após concluir a atividade, clique no botão abaixo para ir para o próximo módulo do curso.